O banheiro era tão luxuoso quanto o resto da suíte. Uma banheira enorme ocupava um canto, o chuveiro era grande o suficiente para abrigar uma família inteira, e os produtos de banho alinhados na bancada pareciam vir diretamente de um spa cinco estrelas.
Tomei um banho rápido, deixando a água levar embora parte da tensão acumulada. Quando saí, vesti-me com cuidado: uma saia midi elegante e uma blusa leve, casual mas sofisticada o suficiente para um almoço em uma mansão.
Christian me esperava sentado em uma das poltronas, mexendo no celular. Ergueu os olhos quando saí do banheiro, e algo em seu olhar me fez sentir como se ele estivesse realmente me vendo.
— Pronta para o almoço? — perguntou, levantando-se.
Assenti, tentando controlar o nervosismo que crescia em meu estômago.
Descemos para um terraço coberto com vista para os jardins. A mesa estava posta para dois, com louça fina e taças de cristal. Um homem de uniforme permanecia discretamente a um canto, pronto para servir.
— Achei que seria melhor um almoço tranquilo hoje — Christian comentou enquanto puxava a cadeira para mim. — Para você se ambientar antes de conhecer todos.
"Todos" soava ameaçador, mas agradeci a consideração com um sorriso.
O almoço foi surpreendentemente agradável. A comida era deliciosa: uma entrada leve de salada com queijos locais, seguida por um risoto de cogumelos silvestres que praticamente derretia na boca. O vinho, claro, era espetacular – produzido ali mesmo, como Christian fez questão de me informar.
A conversa fluiu naturalmente. Christian me contou sobre a história da vinícola, como seu bisavô tinha comprado a propriedade quase um século atrás, transformando-a de uma pequena produção familiar em um dos nomes mais respeitados do vinho brasileiro.
— E agora é tudo seu? — perguntei, realmente interessada.
— Em breve — ele respondeu, tomando um gole de vinho. — Depois que... nos casarmos.
Houve uma pequena hesitação em sua voz, uma lembrança sutil de que tudo aquilo era uma farsa.
— Seu avô deve realmente acreditar em casamento — comentei.
Christian girou a taça entre os dedos, pensativo.
— Ele é de outra geração. Acredita que um homem só está completo quando tem uma família. — Ele me olhou nos olhos. — E acha que eu sou... instável demais para administrar o legado da família sozinho.
— Por isso contratou uma noiva falsa.
Algo em seu olhar escureceu.
— Por isso fiz um acordo mutuamente benéfico com alguém que precisava tanto de ajuda quanto eu.
Touché. Eu realmente precisava de ajuda.
— E quanto tempo vai durar esse acordo? — perguntei, a pergunta que estava me incomodando desde o início. — Quero dizer... Se nós decidirmos... renegociar.
— Depende.
— De quê?
— De quanto tempo precisarmos um do outro.
A forma como ele disse "precisarmos" fez algo estranho no meu estômago. Como se houvesse mais naquele acordo do que o combinado inicialmente.
— Não pense muito nisso agora — ele continuou, notando minha expressão. — Vamos resolver uma coisa de cada vez. Primeiro, o evento de amanhã.
Quase engasguei com o vinho.
— Evento? Que evento?
— A degustação anual. — Ele falou como se fosse óbvio. — Compradores, críticos, imprensa. É um dos eventos mais importantes do calendário da vinícola.
— E você não achou importante me avisar antes?
Ele deu de ombros.
— Achei que sabia. É a razão principal pela qual estamos aqui.
— Eu achei que estávamos aqui para conhecer seu avô!
— Não se faça de desentendido! — Minha voz subiu uma oitava. — Você contratou a empresa da Elise. Você provavelmente a conhecia.
— Zoey, eu...
— Foi uma coincidência? — interrompi, minha voz tremendo entre a raiva e a incerteza. — Aparecer no casamento, tudo isso... tinha algo por trás? É um joguinho de vocês?
Marco olhava de um para o outro, claramente desconfortável.
— Acho que vou... deixar vocês conversarem — ele murmurou, levantando-se e saindo rapidamente.
Christian se inclinou sobre a mesa, sua voz baixa e séria.
— Zoey, eu não faço ideia do que você está pensando. Sim, a vinícola contratou a Elite RP, mas foi Marco quem os contratou, não eu. Eu nem mesmo conhecia a Elise antes.
Quis acreditar nele. Uma parte de mim queria desesperadamente que fosse apenas uma coincidência. Mas a parte ferida, a parte que tinha sido traída antes, estava em alerta.
— Não minta para mim — sussurrei, odiando como minha voz tremeu. — Você é parte do plano da Elise para me humilhar, não é? Tudo isso... Alex, o casamento, você fingindo ser quem não era... Era tudo parte de algo maior que ela arquitetou?
A expressão dele endureceu.
— Não estou mentindo, Zoey. E se você acha que eu seria capaz de algo assim...
Ele não terminou a frase, mas o que ficou implícito era claro: se eu achava isso dele, então não o conhecia realmente. Mas isso era uma verdade. Eu não o conhecia.
— É só que... Parece estranho demais para ser só uma coincidência.
— Mas é exatamente o que isso é.
Assenti devagar, tentando deixar a paranoia de lado. Mas quando minha mente clareou, uma terrível compreensão me atingiu ao mesmo tempo.
— Elise vai estar no evento de amanhã, não vai? — perguntei, sentindo meu estômago afundar. — Com Alex.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...