Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 185

A manhã da alta de Matteo começou muito antes do sol nascer. Havia acordado várias vezes durante a noite, verificando o relógio, contando as horas até o momento em que finalmente poderia levar meu filho para casa. Christian dormiu inquieto ao meu lado, igualmente ansioso, e quando o despertador finalmente tocou às seis da manhã, ambos já estávamos completamente acordados há pelo menos uma hora.

No hospital, os últimos procedimentos pareceram durar uma eternidade. Dr. Portella revisou meticulosamente todos os exames de Matteo, conferiu seu peso, testou seus reflexos, explicou novamente todos os cuidados que deveríamos ter em casa. Cada instrução era importante, mas meu coração batia tão forte de ansiedade que precisei pedir para ele repetir algumas orientações.

— Ele está perfeito — disse finalmente, sorrindo enquanto assinava os papéis da alta. — Um bebê saudável que só precisava de um pouco mais de tempo para se fortalecer.

Quando enfim colocaram Matteo em meus braços, vestido em sua primeira roupinha de casa - um macacãozinho azul-claro que Christian havia escolhido pessoalmente - senti lágrimas de felicidade escorrendo pelo meu rosto. Era real. Estava realmente levando meu filho para casa.

O trajeto de volta foi feito em velocidade de tartaruga, Christian dirigindo com um cuidado extremo, como se estivesse transportando o tesouro mais precioso do mundo. E era exatamente isso que estávamos fazendo. Matteo dormiu durante toda a viagem, completamente alheio à importância histórica daquele momento.

— Bem-vindo ao seu lar, meu amor — murmurei quando Christian estacionou em frente à nossa casa.

Giuseppe nos esperava na varanda, apoiado em sua bengala mas com um sorriso radiante iluminando seu rosto. Isabella estava ao seu lado, suas mãos entrelaçadas de forma quase nervosa, mas seus olhos brilhando de emoção. Carmen havia enfeitado a entrada com balões azuis e uma faixa discreta que dizia "Bem-vindo, Matteo".

— Deixe-me ver meu bisneto — disse Giuseppe com voz embargada quando nos aproximamos.

Coloquei Matteo cuidadosamente em seus braços trêmulos, observando como o rosto do patriarca se suavizava completamente. Era como se todos os problemas dos últimos meses simplesmente desaparecessem naquele momento de pura alegria familiar.

— Ele é perfeito — sussurrou Giuseppe, sua voz carregada de uma emoção profunda. — Absolutamente perfeito. Bem-vindo à família Bellucci, pequeno.

Isabella se aproximou hesitante, seus olhos fixos no neto.

— Posso? — perguntou timidamente.

— Claro — respondi, tocando seu braço gentilmente. — Ele é seu neto.

Quando Isabella segurou Matteo pela primeira vez, algo mágico aconteceu. Vi lágrimas escorrendo silenciosamente por seu rosto, uma transformação completa da mulher fria que eu havia conhecido. Era como se a chegada de Matteo tivesse despertado uma parte dela que havia ficado adormecida por anos.

— Obrigada — sussurrou, olhando para mim com uma gratidão genuína. —

Depois dos momentos familiares, Christian teve uma ideia que me tocou profundamente.

— Quer mostrar para ele tudo que um dia será dele? — perguntou, indicando a propriedade que se estendia ao nosso redor.

Caminhamos lentamente pela propriedade, Matteo em meus braços, protegido do sol por um guarda-chuvas, mas acordado e observando tudo com aqueles olhinhos azuis curiosos que havia herdado do pai. Christian apontava para diferentes áreas, explicando cada detalhe como se nosso filho de dois meses pudesse realmente entender.

— Aqueles são os vinhedos mais antigos da propriedade — disse Christian, sua voz carregada de orgulho. — Seu bisavô plantou essas videiras há mais de cinquenta anos. Um dia, você vai caminhar por essas fileiras como eu caminhei com meu avô.

Matteo pareceu fixar o olhar nas folhas verdes que balançavam suavemente na brisa, como se estivesse realmente prestando atenção à explicação paterna.

— E ali — Christian continuou, apontando para as instalações modernas — são as adegas onde produzimos nossos melhores vinhos. Giuseppe me ensinou tudo que sei naqueles galpões. Talvez um dia você queira aprender também, ou talvez prefira seguir um caminho completamente diferente. E estará tudo bem.

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