~ANNELISE~
— Atenção senhores passageiros, por questões climáticas não recebemos autorização para pousar e precisaremos nos redirecionar para outro aeroporto. Pedimos que mantenham os cintos afivelados, pois enfrentaremos uma região de forte turbulência. Obrigado por escolher viajar conosco.
Eu odiava voar. Sempre imaginei que se pássaros ganharam asas e humanos não, havia um motivo para isso e ele claramente é que deveríamos manter nossos pés bem firmes no chão. E não me venham com essa de que aviões são superseguros, ok? A última pessoa que tentou me convencer que era mais fácil morrer em um acidente de elevador do que em um acidente de avião só conseguiu fazer com que eu também desenvolvesse pânico de elevador. Algo nada conveniente quando você está prestes a começar a trabalhar no último andar de um arranha-céu corporativo.
Fecho a janelinha do avião, tentando ignorar o caos lá fora enquanto tentava controlar a minha respiração. Inspirar pelo nariz, expirar pela boca. Inspirar pelo nariz, expirar pela boca. Sem pânico.
Nunca estive na Inglaterra antes, mas sempre ouvi falar que lá chovia o tempo todo. Se isso era verdade, eles já não deveriam ter inventado algum tipo de aeroporto que fosse... sei lá, à prova de chuva? Porque ou esses ingleses não viam problemas em terem seus voos atingidos por raios, ou eles achavam divertido ficar chacoalhando dentro de uma lata de sardinha.
Acho que deixei escapar um gritinho quando o avião balançou violentamente, me jogando para cima, ainda presa pelo cinto no meu assento. Mal me dei conta quando agarrei a mão do homem ao meu lado.
— Medo de voar? — Ele perguntou, exibindo um lindo sotaque britânico. Também conhecido como o sotaque mais sexy do mundo.
— Um pouco — Juro que tentei puxar minha mão de volta, mas eu havia congelado de medo. Meu olhar estava fixo na poltrona à minha frente e eu não conseguia mover um músculo.
— Parece bem mais do que um pouco — ele não conteve uma risada, e eu fui obrigada a minimamente virar o meu rosto para observá-lo.
Não que eu já não tivesse reparado antes, durante as onze horas de viagem que passamos lado a lado na classe executiva daquele avião (e sim, ao menos a Bellucci não era pão dura a ponto de me mandar de classe econômica). Ele era bonito. Muito bonito. Tinha cabelos castanho-escuros perfeitamente penteados, olhos verdes profundos e um sorriso que exibia dentes brancos perfeitamente enfileirados. Era bem alto, pelo menos uns quinze centímetros mais alto do que eu, que já sou alta, e seu corpo era claramente atlético sob o terno impecável que vestia. Não do tipo que possivelmente passava o dia inteiro na academia, mas os músculos de seus braços se salientavam por baixo da manga do blazer, e eu daria tudo para dar uma olhada no tanquinho que sua camisa social parecia estar encobrindo.
— Conversar pode te ajudar a se distrair — ele sugeriu.
— Eu acho... que não consigo falar no momento — pelo menos não se eu não quisesse vomitar. E eu não queria. Voltei a encarar o banco à minha frente.
— Vamos começar pelo básico: nome, idade, de onde você é?
Eu soltei uma risadinha nervosa. Enquanto estudava inglês, sempre ouvi que "o idioma falado não vai ser exatamente como nos livros", mas eu quase conseguia ver um balão de falas saindo da boca do gatinho ao meu lado.
— Annelise... Anne. Anne Aguilar, vinte e sete anos, Serra Gaúcha. Você?
— Obrigada, gosto do seu também. É sexy... — Parei por um segundo, me dando conta... — Eu disse isso em voz alta, né?
— É, você disse — ele abriu um sorriso e senti meu rosto corar.
O avião deu outro balanço, mais suave dessa vez, mas que ainda assim me fez apertar involuntariamente a mão dele que eu havia esquecido que ainda segurava.
— Desculpa — murmurei, finalmente soltando seus dedos, embora uma parte de mim não quisesse fazer isso.
— Não se desculpe — Nathaniel respondeu, seus olhos verdes me estudando com uma intensidade que fez meu coração acelerar por motivos que nada tinham a ver com o medo de voar. — Ainda estamos presos aqui em cima até conseguirmos pousar. E pela forma como essa tempestade está, acho que vamos precisar de todas as distrações possíveis.
Abri a janelinha novamente, vendo as luzes de Londres brilhando lá embaixo através das nuvens carregadas, e me perguntei se ele estava falando apenas sobre a tempestade.
Algo me dizia que minha chegada a Londres seria muito mais interessante do que eu havia imaginado.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...