Francesca Montero. O nome que Christian havia pronunciado naquela noite durante a tempestade, como uma cicatriz que ainda doía ao toque. A mulher que o havia traído da pior forma possível. E agora, ela estava ali, sua mão estendida para mim, um sorriso calculado nos lábios perfeitos.
— É um prazer conhecê-la — respondi, apertando sua mão com mais firmeza do que pretendia. — Zoey Aguilar.
— Zoey — ela repetiu, como se saboreasse meu nome, testando-o. — Que nome... único. Christian sempre teve um gosto peculiar.
Seu sotaque italiano dava às palavras um tom melodioso que contrastava com a sutileza cortante do comentário. Ao meu lado, Christian parecia uma estátua, rígido, quase irreconhecível comparado ao homem que me beijara minutos atrás.
— E como vocês se conheceram? — Francesca perguntou, seus olhos escuros estudando cada centímetro do meu rosto. — Christian raramente frequenta eventos que não sejam de negócios. Ou isso mudou?
— Amigos em comum — respondi automaticamente, repetindo nossa história combinada. — Nos vimos algumas vezes antes que algo... acontecesse.
— Fascinante. — Ela sorriu, mas o sorriso não alcançava seus olhos. — E você vende vestidos de noiva, correto? Uma coincidência adorável, considerando as circunstâncias.
— Não acredito em coincidências — Christian finalmente falou, sua voz tão fria que quase não reconheci. — Acredito em destino.
Francesca soltou uma risada leve, quase musical.
— Destino? — Ela inclinou a cabeça, observando-o com curiosidade. — Você? O homem que planejava cada minuto de sua vida? Que interessante.
— As pessoas mudam — ele respondeu sucintamente.
— Aparentemente. — Ela tomou um gole da taça que segurava. — Primeiro Londres, agora um noivado relâmpago. Seu avô deve estar encantado. Finalmente conseguindo o que queria.
A tensão entre eles era quase palpável, carregada de história e mágoas não resolvidas. E eu estava ali, no meio, tentando decifrar anos de relacionamento através de olhares e palavras cuidadosamente escolhidas.
— Giuseppe sempre foi perspicaz sobre o que realmente importa — Christian respondeu, seu braço envolvendo minha cintura em um gesto protetor que não parecia totalmente encenado.
— Sobre o que importa... — Francesca repetiu pensativamente. — Por falar nisso, soube que vocês estão tentando expandir para o mercado asiático. Curioso, considerando que a Montero acabou de fechar um acordo exclusivo com os maiores distribuidores de Tóquio.
Os dedos de Christian pressionaram levemente minha cintura, e percebi que isso não era apenas um encontro desconfortável com uma ex – era também um confronto de negócios.
— Existem outros mercados — ele respondeu com uma tranquilidade estudada.
— Certamente. Embora eu me pergunte... — Seus olhos se voltaram para mim. — Zoey sabe sobre seus outros... projetos? Aqueles que você mantém tão bem guardados?
Algo dentro de mim se agitou. Que projetos? O que mais Christian escondia?
— Francesca — a voz dele agora tinha um tom de advertência. — Este não é o momento.
— Nunca é, não é? — Ela sorriu, dando de ombros delicadamente. — Só estou curiosa em saber o quanto sua noiva realmente conhece sobre você. Sobre nós.
— Não existe "nós" — Christian retrucou, tenso.
— Talvez não agora. — Francesca deu um passo em nossa direção, baixando a voz. — Mas o passado tem um jeito interessante de se infiltrar no presente, não acha?
Antes que Christian pudesse responder, uma voz familiar interrompeu nosso pequeno círculo de tensão.
Ele sorriu, e por um momento, pareceu o Christian que conheci na tempestade, vulnerável e genuíno.
— Ele mais que gostou. Ele te aprovou completamente. O que, acredite, é raro.
— Ele parece ser um bom homem. Exigente, mas bom.
Christian assentiu, olhando para os vinhedos iluminados abaixo de nós.
— Ele é a única família real que tenho.
Ficamos em silêncio por um momento, apenas o som distante da música e conversas do evento chegando até nós. Havia tantas perguntas que eu queria fazer, tantas coisas que queria entender.
— O que Francesca quis dizer com seus "outros projetos"? — perguntei finalmente.
Christian suspirou.
— Negócios. Investimentos paralelos. Nada que valha a pena mencionar.
Mas havia algo em seu tom que me dizia que era mais que isso. Mais um segredo, mais uma camada de Christian Bellucci que eu não conhecia.
— E ela? — As palavras escaparam antes que eu pudesse contê-las, minha voz mais baixa, quase hesitante. — Você ainda sente alguma coisa por ela?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...