Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 265

~ Nathaniel ~

Parado no corredor em frente à sala do Conselho, com cinco minutos antes da reunião que decidiria o futuro de Anne — e possivelmente o meu —, peguei o celular. Meus dedos hesitaram sobre o teclado por alguns segundos antes de começar a digitar.

A sétima pergunta que havia planejado fazer era diferente das outras. E de alguma forma sentia que precisava da resposta dela antes de tomar qualquer decisão sobre a proposta de Marco.

"Se tivesse que escolher entre o que você quer… e o que seria melhor para a pessoa que você ama… o que escolheria?"

Olhei para a mensagem na tela, o dedo pairando sobre o botão de enviar. Era uma pergunta carregada demais, revelava muito sobre meu próprio estado mental. Mas talvez fosse exatamente isso que eu precisava — entender como Anne pensava sobre amor, sobre sacrifício, sobre fazer as escolhas difíceis.

Apertei "enviar" antes que pudesse me arrepender.

A porta da sala de reuniões se erguia diante de mim como um monumento à minha indecisão. Dentro de poucos minutos, estaria sentado naquela mesa oval, enfrentando Alessandra e seus jogos políticos, tentando salvar minha carreira e a de Anne. Mas a proposta de Marco ainda ecoava na minha cabeça: deixar que ele resolvesse tudo e em troca de Anne ir para Pequim.

O nó no meu estômago apertava a cada segundo que passava. Havia passado a última hora pesando prós e contras, tentando encontrar uma terceira opção que não existia. Marco tinha razão em muitos pontos. Mas a ideia de ver Anne partir, especialmente com Marco, era como uma faca sendo torcida no meu peito.

— Então... você se decidiu?

A voz de Marco me fez levantar o olhar. Ele estava se aproximando pelo corredor com aquela postura confiante que me irritava, mas agora havia algo diferente em sua expressão. Menos provocativo, mais... profissional. Como se ele também entendesse a gravidade da situação.

Antes que eu pudesse responder, meu celular vibrou. Anne havia respondido.

"Se é amor de verdade, às vezes a escolha certa é colocar a pessoa que você ama em primeiro lugar."

As palavras me atingiram como um soco no estômago. Havia uma sabedoria ali que me forçou a confrontar a verdade que eu havia estado evitando.

Se eu realmente amava Anne, se ela realmente importava mais para mim do que meu próprio ego ou meus desejos egoístas, então talvez a escolha certa fosse mesmo deixá-la ir.

Olhei para Marco, que estava esperando minha resposta com uma paciência incaracterística.

— Faça o que for melhor para a Anne — disse finalmente, sentindo como se estivesse arrancando as palavras do fundo do meu peito.

Estendi a pasta com o dossiê que havia preparado.

— Isso pode ser útil.

Marco pegou a pasta, folheou rapidamente o conteúdo e assentiu com aprovação.

— Trabalho sólido — comentou. — Vamos resolver tudo.

Entramos na sala de reuniões juntos, e a partir daquele momento, tudo se tornou um borrão controlado de tensão e estratégia política.

Alessandra estava sentada no seu lugar habitual, impecável em um blazer preto que contrastava com seus cabelos. Quando me viu entrar com Marco, seus olhos se estreitaram ligeiramente, como se ela pudesse sentir que algo havia mudado na dinâmica.

— Gentlemen — Vincenzo cumprimentou da cabeceira da mesa. — Vamos começar. Estamos aqui para resolver definitivamente a questão das alegações contra a Srta. Aguilar.