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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 274

— Então... tem algo que eu preciso te contar — disse, mexendo nervosamente com a xícara de café entre as mãos. — Mas é segredo, ok?

Bianca imediatamente levantou uma sobrancelha, aquela expressão provocativa que sempre aparecia quando ela sabia que estava prestes a ouvir algo interessante. Inclinando-se ligeiramente sobre a mesa pequena do café, ela sorriu com cumplicidade.

— Você e o chefão, né?

Senti meu rosto esquentar imediatamente, mas não consegui evitar rir. Era impossível esconder qualquer coisa de Bianca por muito tempo - ela tinha uma capacidade quase sobrenatural de ler pessoas e situações.

— Sim — confirmei, sem conseguir esconder o sorriso que insistia em aparecer toda vez que pensava em Nate. — A gente está... tentando. Mas sem tornar isso público ainda. Principalmente porque ainda estou sob supervisão direta.

— E como está sendo? — ela perguntou, genuinamente curiosa, sem nenhum julgamento na voz.

— Melhor do que eu imaginava — admiti, lembrando do final de semana que havíamos passado juntos. — Ele é... diferente do que eu pensava. Mais gentil, mais engraçado. Menos controlador quando não está no modo executivo.

Bianca assentiu, como se já soubesse disso.

— Zoey já sabe de tudo, claro — comentei, rolando os olhos com aquele carinho que só irmãs despertam. — Disse que, se essa história não terminar com um “felizes para sempre” em algum lugar bucólico, ela vai se sentir pessoalmente enganada pelo roteiro.

— Justo — Bianca respondeu, mordendo a borda da xícara com um sorrisinho. — Depois de tudo, essa trama realmente merece um bom clímax.

— E ela falou “trama” mesmo — acrescentei, rindo. — Está convencida de que vivo dentro do livro favorito dela.

— Sinceramente? Parece que vocês duas vivem — retrucou Bianca, apontando o dedo para mim com humor. — Com um autor meio sádico... mas parece que resolveu colaborar agora.

— Um plot twist positivo — murmurei, sorrindo de canto.

Nós rimos, e então respirei fundo e me preparei para a parte que realmente queria compartilhar.

— Mas não é só isso — disse, mudando ligeiramente o tom para algo mais sério. — Ele me convidou para passar o Natal com a família dele.

Bianca fez um gesto exagerado de indignação brincalhona, colocando a mão no peito como se tivesse sido pessoalmente ofendida.

— Ei! Eu te convidei primeiro! — protestou, mas havia um brilho divertido em seus olhos.

— Mas ele tem um poder de convencimento com o qual nem você pode competir... — respondi, provocando, o que fez ambas rirem.

— Justo — ela admitiu, erguendo as mãos em rendição. — Não posso competir com charme britânico e olhos verdes.

— Especialmente na cama quando...

— Informação demais, Annelise, informação demais! — Ela fingiu tampar os ouvidos, enquanto riamos.

Ficamos alguns segundos em silêncio confortável, cada uma perdida em seus próprios pensamentos. Eu estava revivendo mentalmente o momento em que Nate havia feito o convite, a forma carinhosa como havia segurado meu rosto, a sinceridade em sua voz quando disse que já havíamos esperado tempo demais.

— O que foi? — perguntei, me inclinando para frente.

— Nada, é só... — ela hesitou novamente, passando a mão pelos cabelos. — Às vezes as respostas que procuramos estão mais perto do que imaginamos.

A forma vaga como ela disse isso me incomodou ainda mais. Era o tipo de comentário que parecia carregar significado oculto, como se ela estivesse tentando me dar uma pista sem realmente dizer nada concreto.

— Bianca, se você sabe de alguma coisa... — comecei, mas ela rapidamente mudou de assunto.

— Vocês já decidiram quando vão tornar tudo público? — perguntou, sua voz voltando ao tom casual de antes, mas seu olhar permanecendo firme, quase cauteloso.

A mudança abrupta de assunto me deixou frustrada, mas decidi não pressionar. Pelo menos não ali, não naquele momento.

— Ainda não — respondi, aceitando relutantemente a mudança de rumo. — Nate quer esperar até eu sair da supervisão. Diz que prefere que seja algo nosso enquanto ainda houver qualquer sombra sobre minha situação na empresa.

— Faz sentido — Bianca concordou, mas havia algo mecânico em sua resposta, como se ela estivesse apenas preenchendo o silêncio.

Terminamos nossos cafés conversando sobre coisas mais triviais. Mas durante toda a conversa, não consegui me livrar da sensação de que havia subtextos que eu não estava captando, pistas que estavam bem na minha frente mas que eu não conseguia decifrar.

Especialmente quando se tratava de Bianca e suas reações estranhas sempre que o nome Wanderer surgia na conversa.

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