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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 285

Descemos para a ceia já arrumados, eu com um vestido azul-marinho que havia trazido especialmente para a ocasião e Nate impecável em uma camisa social verde-escuro que realçava seus olhos. A sala de jantar estava absolutamente deslumbrante - Elizabeth havia superado todas as expectativas com a decoração natalina. A mesa estava posta com louça fina, cristais que refletiam a luz dourada das velas, e um arranjo central discreto mas elegante com ramos de pinheiro, velas vermelhas e pequenos ornamentos dourados.

O som do piano havia parado, e Richard já estava sentado à cabeceira da mesa, vestindo um blazer escuro que o fazia parecer ainda mais distinto. Elizabeth circulava pela sala fazendo os últimos ajustes, claramente nervosa mas satisfeita com o resultado de seus preparativos.

Foi quando ouvimos a porta da frente se abrindo, seguida de vozes animadas e... latidos?

— Oliver chegou — disse Nate, rindo quando o som inconfundível de patas correndo pelo chão de madeira ecoou pela casa.

Oliver apareceu na entrada da sala de jantar com uma mulher bonita de cabelos castanhos e sorriso caloroso ao seu lado, e atrás deles, uma golden retriever visivelmente grávida que imediatamente começou a farejar todos os cantos da sala.

— Desculpem o atraso — disse Oliver, claramente sem respiração. — E desculpem a Sarah canina também. Ela pode dar à luz a qualquer momento e prometi ao senhor Brown que ficaria de olho nela durante as festas.

A golden retriever, como se entendesse que estava sendo apresentada, se aproximou diretamente da mesa de jantar e começou a cheirar as pernas das cadeiras, sua cauda balançando freneticamente.

— Sarah — a mulher ao lado de Oliver disse, estendendo a mão para mim com um sorriso genuíno. — A humana. É um prazer conhecê-la, Anne. Oliver não para de falar sobre você.

— O prazer é meu — respondi, gostando imediatamente de sua energia calorosa. Havia algo nela que me lembrava de Zoey - aquela facilidade natural para fazer as pessoas se sentirem bem-vindas.

— E essa é Sarah, a Golden — Oliver continuou, apontando para a cadela que agora estava tentando alcançar algo na mesa. — Futura mamãe de cinco ou seis filhotes. Pode dar à luz a qualquer momento, então não podia deixá-la sozinha hoje.

Elizabeth balançou a cabeça com aquela expressão maternal que dizia claramente "meu filho e seus animais".

— Pelo menos coloque ela longe da mesa, Oliver — disse com resignação carinhosa. — Antes que ela decida que metade da ceia pertence a ela.

— Claro, mãe — disse Oliver. — Senhor Brown ficaria desesperado se soubesse que deixei ela sozinha no Natal. E eu prometei acompanhar o parto.

Tori, já sentada à mesa com uma taça de vinho na mão, observava toda a cena com aquela elegância impecável que parecia ser sua marca registrada. Estava usando um vestido vermelho-escuro que complementava perfeitamente sua pele clara, e seus cabelos estavam presos num coque baixo que gritava sofisticação.

— Pelo menos ela está bem comportada — comentou, tomando um gole de vinho.

Como se tivesse ouvido, Sarah (a golden) escolheu exatamente aquele momento para tentar roubar um guardanapo da mesa, derrubando um garfo no processo.

— Falou cedo demais — riu Sarah (a humana), se abaixando para pegar o garfo.

Nos acomodamos ao redor da mesa, eu ao lado de Nate, Sarah próxima a Oliver, e Tori elegantemente posicionada onde podia observar toda a dinâmica familiar. A golden retriever finalmente se deitou num cantinho da sala, claramente exausta pelos últimos minutos de exploração.

— Então — Elizabeth disse, servindo o primeiro prato —, como foi o passeio por Bath? Espero que vocês tenham aproveitado.

— Foi lindo — respondi sinceramente. — Bath é encantadora nesta época do ano. As luzes, a arquitetura, tudo parece saído de um conto de fadas.

— Só conversei com ele — Nate respondeu modestamente. — Descobri que ele era fã de história inglesa, então falamos sobre algumas conexões entre as monarquias.

— Vocês sempre gostaram muito de viajar então? — perguntei para a mesa em geral.

— Oliver e eu sim — Tori respondeu. — Mas Nate sempre foi mais aventureiro. Até saiu pela Europa inteira depois que se formou na escola.

— Antes da faculdade — Oliver acrescentou, claramente entrando no modo de contar histórias embaraçosas do irmão. — Ele tinha até um blog onde registrava tudo. Ficava escrevendo sobre cada cidade, cada experiência... Qual era mesmo o nome, Nate? Wanderer?

— Wanderlust — Nate disse mais rápido do parecia normal.

Engasguei com o vinho.

A palavra me atingiu como um soco no estômago. Wanderer. O mesmo apelido que o homem misterioso do aplicativo usava. Tossi algumas vezes, tentando disfarçar, mas meu coração estava disparado.

— Você está bem? — Sarah perguntou, preocupada.

— Sim, sim — consegui dizer, limpando a boca com o guardanapo. — O vinho desceu pelo caminho errado.

Era só uma coincidência. Tinha que ser. Wanderer era uma palavra comum, afinal. Muitas pessoas usariam esse nome, especialmente alguém que gostava de viajar. E, nem era esse o nome que Nate usava no tal blog, Oliver se confundiu com algo parecido. Não podia significar nada.

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