Assim que saímos da entrada da casa dos Carter e ganhamos a estrada principal, não consegui mais me conter. A risada que havia estado represada desde o momento em que Nate recusou dar carona para Alessandra finalmente escapou, começando como um riso abafado e crescendo até virar uma gargalhada genuína.
— Não acredito que você fez isso — disse entre risos, me virando para encará-lo no banco do motorista.
— Nem eu acredito que fiz isso — Nate admitiu, balançando a cabeça com um meio sorriso incrédulo. — Quero dizer, ela armou direitinho. Na frente dos meus pais para me obrigar a aceitar.
— Mas você não aceitou — apontei, ainda sorrindo largamente.
— Não — confirmou, passando a mão pelos cabelos. — Sempre fui criado para ser educado e cavalheiro, especialmente com mulheres. Minha mãe me mataria se soubesse que recusei dar carona para alguém em apuros. Mas Alessandra vem me tirando do sério ultimamente.
— Não foi falta de educação — disse com firmeza. — Quero dizer, você tem carta branca para não ser gentil quando a pessoa em questão é só uma estrategista baixa que usa situações constrangedoras para conseguir o que quer...
Nate riu, finalmente parecendo relaxar completamente.
— Você tem razão. E honestamente? Foi libertador. Cansei de fingir que não vejo os jogos dela.
Seguimos viagem em silêncio confortável por alguns quilômetros, observando a paisagem inglesa passar pela janela. O frio cortante do inverno deixava a paisagem com aquele ar melancólico característico de dezembro, com os campos dourados e as árvores sem folhas criando um cenário tipicamente britânico.
— Na verdade — disse eventualmente, quebrando o silêncio —, Alessandra disse algo que me deixou pensativa.
Senti Nate se tensionar ligeiramente ao volante.
— Não a deixa entrar na sua cabeça, Anne — disse rapidamente. — É exatamente isso que ela quer.
— Não é isso — respondi, ajeitando-me no banco para ficar mais confortável. — Mas talvez ela esteja certa em um ponto: talvez não devêssemos ir juntos na festa de Ano Novo da Bellucci.
Nate pareceu genuinamente chateado com minha observação. Pude ver sua expressão mudar no reflexo do para-brisa, uma mistura de frustração e tristeza.
— Anne...
— Escuta — disse suavemente, colocando a mão em seu braço. — Até antes de Alessandra aparecer ontem, você sabia que não poderíamos ir juntos, certo?
Ele suspirou profundamente.
— Sim — admitiu relutantemente. — Já que estamos mantendo o relacionamento em segredo até você estar completamente fora de suspeitas, faria sentido irmos separados. Ou, sei lá, não irmos e passarmos em outro lugar.
— Como COO, você sabe que isso seria notado negativamente! Mas agora que Alessandra sabe sobre nós — continuei —, não faria sentido irmos separados.
— Sim — Nate concordou, franzindo a testa. — Ela já que sabe e vai usar isso contra nós, não faz sentido fingirmos. O que faz com que eu não entenda por que você não quer ir comigo.
— Porque aparentemente ela também não quer que a gente vá junto.
— E você quer dar isso a ela?
— Não é ceder — expliquei cuidadosamente. — É manter nosso plano original de ficar em segredo por enquanto, até as coisas se acalmarem. E eu até entendo porque ela não quer que a gente vá junto.
— Por quê?
— Porque ela provavelmente vai se forçar a ser seu par na festa — disse. — Como sempre tenta fazer.
— Você gosta disso? — perguntou, claramente curioso.
— Gosto da sensação de termos um segredo — admiti. — De haver algo só nosso que ninguém mais sabia. É excitante.
— É mesmo — concordou, pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos. — Mesmo que seja frustrante não poder te tocar no escritório.
— Sempre vamos ter algum banheiro — sorri, lembrando no nosso encontro no avião e fazendo Nate gargalhar de volta.
— Vai ser uma tortura te ver linda numa festa e não poder demonstrar que você é minha.
— Vai ser uma tortura para mim também — admiti. — Especialmente se Alessandra tentar se grudar em você.
— Ela pode tentar — disse com determinação. — Mas vai ter que lidar com o fato de que eu vou estar constantemente procurando você na multidão.
— E eu vou estar te observando de longe — prometi. — Garantindo que ela não tenha nem um segundo de sucesso.
— É um plano — disse, levantando nossas mãos entrelaçadas para beijar meus dedos. — Uma noite de fingimento em público e beijos roubados em particular.
— Desde que terminemos juntos no final da noite — disse, apertando sua mão.
— Sempre — prometeu. — Não importa quantos jogos Alessandra tente, no final da noite você vai para casa comigo.
A certeza em sua voz me aqueceu por dentro de uma forma que nem o aquecedor do carro conseguia. Independentemente dos esquemas de Alessandra, das complicações do trabalho, ou da necessidade de manter segredos, eu era dele. E isso era tudo que importava.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Pelo amor de Deus, disponibiliza mais de 10 capítulos por vez. Que inferno ler 2/3 capítulos por dia apenas....
Poxa,que dificuldade pra liberar os capítulos. Vc perde até o interesse de ler 🤨...
Comprei os últimos capítulos e não consigo acessar....
Cansativo liberar somente 2 capítulos por noite.... Poderia liberar pelo menos 5, né?...
Bianca e Nico ... tão bons ou melhores que Christian e Zoeh!!! Tão lindos! Mas vamos garantir pelo menos 3 capitulos por noite para deixar as leitoras felizes?...
Quando terá novos capítulos? Ansiosa...
Já tem uns 3 dias que não disponibiliza os capítulos. Parou no capítulo 557. PS. Esse livro que não acaba.... 🤔...
Queria saber o que está acontecendo, que os capítulos não estão mais disponíveis....
Poxa vida, ja era ruim liberar 2 ou 3 capitulos por noite a conta gotas, agora falhar na liberacao diaria é pèssimo ... oq tem acontecidoncom frequencia. Desanimador....
Alguém sabe me dizer, quando sai mais capítulos?...