~ Nathaniel ~
Quando chegamos a Londres, o trânsito estava surpreendentemente leve para um fim de tarde de dezembro. Ainda que fosse vinte e seis de dezembro, a cidade costumava estar sempre lotada de turistas. Dirigi pelas ruas familiares da cidade, passando pelos prédios históricos que contrastavam com construções modernas, criando aquela mistura única que definia a capital inglesa. O sol invernal estava baixo no horizonte, pintando tudo com uma luz dourada suave que fazia até mesmo os edifícios mais simples parecerem cinematográficos.
Em vez de seguir a rota habitual para o apartamento de Anne, peguei a direção da minha casa. Anne só percebeu quando já estávamos praticamente na minha garagem.
— Você não vai me levar para casa? — perguntou, olhando ao redor com curiosidade.
— Pensei em passarmos mais um tempo juntos — respondi, estacionando e desligando o motor. — Um tempo a sós dessa vez, sem família, sem Alessandra, sem interrupções.
Me virei para encará-la no banco do passageiro, admirando como a luz dourada que filtrava através das janelas do carro iluminava seu rosto. Havia algo sobre esse momento - nós dois sozinhos após dias de tensão social - que me fazia querer memorizar cada detalhe.
— Além disso — acrescentei, me inclinando para mais perto —, senti falta de ter você só para mim.
A puxei para um beijo que começou suave, mas rapidamente se aprofundou conforme senti sua resposta. Suas mãos se entrelaçaram nos meus cabelos, e pude sentir toda a tensão dos últimos dias se dissolvendo naquele contato. Era como se finalmente pudéssemos respirar.
— Acho que essa é uma excelente ideia — sussurrou contra meus lábios quando nos separamos. — Mas eu preciso de um banho para relaxar antes. A viagem foi muito longa.
Sorri, traçando delicadamente a linha de sua mandíbula com os dedos.
— Você está tensa? — perguntei, descendo beijos pela curva do seu pescoço.
Senti-a estremecer ligeiramente sob meu toque, um pequeno suspiro escapando de seus lábios.
— Um pouco — admitiu, inclinando a cabeça para me dar melhor acesso.
— Hmm — murmurei contra sua pele, deixando um rastro de beijos desde a base de seu pescoço até o ponto sensível logo abaixo de sua orelha. — Acho que ainda sei como fazer você relaxar.
Anne riu, aquele som baixo e musical que sempre fazia meu pulso acelerar.
— Possivelmente — concordou, suas mãos brincando com a gola da minha camisa. — Mas a sua banheira é uma concorrente à altura.
Ri contra seu pescoço.
— Verdade — admiti, dando um último beijo suave na base de seu pescoço antes de me afastar. — Vou preparar alguma coisa para comermos enquanto isso.
— Pode ser algo bem simples — disse, saindo do carro e pegando sua bolsa. — Estou mais interessada na companhia do que na comida. E você deveria se juntar a mim na banheira depois — acrescentou com aquele sorriso maroto que sempre me desarma.
Meu estômago se contraiu numa mistura de curiosidade e terror. Ninguém mais tinha aquele número. Apenas Anne.
Com dedos que tremiam ligeiramente, peguei o aparelho e abri a conversa. A mensagem era recente - enviada durante nossa estadia em Bath, quando eu estava completamente focado na família e em lidar com Alessandra.
"Décima pergunta: seu nome é Nathaniel Carter?"
O mundo parou.
Senti como se todo o ar tivesse sido sugado dos meus pulmões. A pergunta estava ali, cristalina e direta, aguardando uma resposta há dias. Anne sabia. Ou pelo menos, suspeitava fortemente o suficiente para fazer a pergunta que mudaria tudo entre nós.
Minha mente correu, tentando processar as implicações. Quando ela havia descoberto? Como havia conectado os pontos? E mais importante - por que não havia me confrontado diretamente?
Do banheiro, pude ouvir o som suave da água e Anne cantarolando baixinho, completamente alheia ao fato de que eu estava segurando a bomba que poderia explodir nosso relacionamento.
Olhei fixamente para a mensagem, meu dedo pairando sobre o teclado. Meses de segredo resumidos numa pergunta simples. Meses de mentira por omissão esperando por uma resposta honesta.
E Anne estava a poucos metros de distância, relaxando na banheira, confiando em mim completamente, sem saber que eu estava prestes a tomar a decisão que definiria nosso futuro juntos.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...