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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 326

A casa de Nate parecia um campo de batalha organizado, com caixas de papelão espalhadas pelo chão da sala e pilhas cuidadosamente separadas de roupas, livros e objetos pessoais cobrindo praticamente todas as superfícies disponíveis. Estava sentada no meio do caos, ajudando a organizar sua impressionante coleção de livros de negócios e biografias, quando percebi que o problema que havia estado evitando se tornou impossível de ignorar.

— Nate — chamei, olhando ao redor da sala espaçosa que havia se transformado num depósito temporário de mudança. — Acho que temos um probleminha aqui.

Ele emergiu do escritório carregando uma pilha de pastas e documentos importantes, seus cabelos ligeiramente bagunçados pelo esforço de organizar anos de vida profissional e pessoal, uma visão doméstica dele que me fez sorrir apesar da preocupação crescente com a logística da mudança.

— Que tipo de probleminha? — perguntou, depositando cuidadosamente os documentos numa caixa etiquetada como "Escritório".

— Do tipo que muita coisa não vai caber na casa nova — respondi, gesticulando para o volume absurdo de pertences que ele havia conseguido acumular ao longo dos anos. — Você vai ter que fazer algumas escolhas difíceis sobre o que levar e o que deixar para trás.

Nate parou o que estava fazendo e me olhou com um sorriso que imediatamente reconheci como sendo perigosamente charmoso. Ele caminhou até onde eu estava sentada no chão, se abaixou e me puxou suavemente para ficar de pé, suas mãos encontrando naturalmente a curva da minha cintura.

— Já fiz a melhor escolha — disse, me beijando com uma ternura que fez meu coração acelerar, seus lábios suaves contra os meus carregando toda a certeza e amor que eu podia desejar. Quando nos separamos, completou com um sorriso que me derreteu completamente: — Você.

— Eu também já fiz a minha melhor escolha — respondi, me erguendo nas pontas dos pés para beijá-lo de volta, sentindo a familiaridade reconfortante dos seus braços ao meu redor. Quando me afastei, não consegui resistir à tentação de provocá-lo: — A banheira da suíte master.

Nate explodiu numa gargalhada genuína que ecoou pela casa, seus olhos verdes brilhando com diversão enquanto balançava a cabeça como se devesse ter previsto exatamente essa resposta.

— Eu deveria ter imaginado que você escolheria a banheira no final das contas — disse, ainda rindo. — Pelo menos sei que minhas prioridades estão na ordem certa, mesmo que as suas sejam questionáveis.

— Minhas prioridades são perfeitamente organizadas, obrigada — rebati com falsa indignação, voltando para as pilhas de livros dele. — Primeiro a banheira, depois você, depois todo o resto. Viu? Ordem perfeita.

Continuamos empacotando durante as próximas horas, criando um sistema eficiente onde ele se encarregava dos documentos importantes e objetos do escritório, enquanto eu organizava sua coleção de livros e os itens pessoais que estavam espalhados pela casa. Havia algo reconfortante e íntimo sobre o processo - descobrir pequenos detalhes sobre sua vida através dos objetos que ele escolhia guardar, vendo nossa futura vida juntos se materializar através das caixas etiquetadas.

Foi enquanto organizava uma estante cheia de livros de economia e estratégia empresarial que me deparei com algumas surpresas que me fizeram pausar e sorrir.

— Olha só isso — disse, erguendo uma cópia bem conservada de "Dom Casmurro" do Machado de Assis. — Não sabia que você tinha interesse em literatura brasileira.

Nate olhou por cima do ombro e riu, suas mãos pausando no meio do processo de embalar alguns quadros da parede.

— Comprei esse depois que conheci você — admitiu com um sorriso ligeiramente envergonhado. — Queria entender melhor de onde você vinha, culturalmente falando. Tentei ler, mas confesso que o estilo do Machado é... desafiador para quem não cresceu com português.

— Provavelmente ela vai fazer muitos contatos e dar muitas festas se realmente conseguir passar naquela entrevista na Christie's — explicou Nate com um sorriso ligeiramente divertido. — Conhecendo minha irmã, ela vai transformar a casa numa espécie de centro social para impressionar pessoas da área dela.

A menção de contatos e festas me fez lembrar imediatamente das manipulações sociais de Alessandra, e senti uma pontada de preocupação pelo bem-estar de Tori, apesar de todos os seus defeitos evidentes.

— Espero que sejam bons contatos dessa vez — disse, minha voz carregando mais seriedade do que havia pretendido.

— Melhor do que Alessandra, com certeza — Nate concordou, seu tom ficando ligeiramente mais sombrio ao mencionar o nome que ainda causava tensão entre nós.

— Por falar em Bellucci... — comecei hesitantemente, sentindo meu estômago se contraindo com ansiedade. — Segunda-feira está chegando e...

Não consegui completar a frase, mas não precisei. Nate imediatamente parou o que estava fazendo e veio até onde eu estava, se agachando ao meu lado e entrelaçando seus dedos com os meus, seus olhos verdes me encarando com uma determinação que não deixava espaço para dúvidas ou medos.

— Vamos entrar pela porta da frente, de mãos dadas — disse com uma convicção absoluta que fez meu coração se acelerar de alívio e admiração. — E quem tiver qualquer problema comigo ou com você vai ter que se entender com o RH.

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