A mansão dos Bellucci nas serras gaúchas nunca me pareceu tão acolhedora quanto naquele momento. Mesmo depois de tantos meses morando em Londres, a visão da propriedade familiar aninhada entre as montanhas verdes e o vinhedo exuberante me encheu de uma saudade nostálgica que não sabia que estava carregando. O ar fresco e puro da serra me envolveu como um abraço quando saímos do carro, contrastando com a atmosfera urbana de Londres que havíamos deixado para trás.
Ginger estava absolutamente fascinada com os novos cheiros e sons ao seu redor. Seus olhinhos escuros se movimentavam rapidamente, tentando processar a cacofonia de pássaros cantando, folhas sussurrando na brisa suave e os aromas completamente diferentes da vegetação brasileira. Ela puxava a coleira gentilmente, ansiosa para explorar cada centímetro desse novo território que devia parecer um paraíso canino comparado aos parques urbanos de Londres.
— Mãe! Pai! — gritei assim que vi meus pais saindo da casa, meu coração se enchendo de alegria ao vê-los após tantos meses.
Soltei a coleira de Ginger momentaneamente (confiando que ela ficaria próxima) e corri em direção a eles, me jogando nos braços familiares que sempre conseguiam me fazer sentir completamente segura e amada. Mamãe me abraçou com aquela força maternal característica, sussurrando palavras carinhosas enquanto papai esperava sua vez de me apertar contra o peito.
— Nossa menina está cada vez mais linda — disse papai, me segurando pelos ombros e me observando com aquele olhar orgulhoso que sempre me emocionava. — Londres está te fazendo bem.
— Não é Londres — corrigi, olhando para trás onde Nate estava parado, segurando Ginger no colo e observando nossa reunião familiar com um sorriso terno. — É ele.
Nate caminhou até nós com aquela confiança natural que sempre demonstrava, mas pude perceber um leve nervosismo em seus olhos - a vulnerabilidade de alguém que queria desesperadamente causar uma boa primeira impressão nos sogros.
— Senhor e Senhora Aguilar — disse em português hesitante mas charmoso, estendendo a mão para papai antes de se inclinar respeitosamente para beijar a mão de mamãe. — É uma honra finalmente conhecê-los.
Mamãe imediatamente derreteu com o gesto galante e o esforço dele em falar nossa língua, suas bochechas corando ligeiramente enquanto sorria com aprovação óbvia.
— O prazer é todo nosso, Nathaniel — respondeu. — Anne nos conta tanto sobre você que já sentimos como se o conhecêssemos.
— Coisas boas, espero — Nate brincou, me olhando com aquela expressão travessa que sempre me fazia rir.
— Só as melhores — papai confirmou, apertando firmemente a mão de Nate em um cumprimento masculino de aprovação. — Qualquer homem que faz nossa filha sorrir tanto quanto você conseguiu é bem-vindo nesta família.
Ginger escolheu aquele momento perfeito para latir, lembrando a todos de sua presença e conseguindo toda a atenção instantaneamente.
— E esta deve ser a famosa Ginger — disse mamãe, se agachando para ficar no nível da cachorrinha. — Nossa primeira netinha.
— Hey! — protestou Zoey, aparecendo na varanda com Matteo no colo, fingindo indignação total.
— A primeira menina. Uma netinha de quatro patas — mamãe corrigiu rapidamente, rindo da expressão ofendida de Zoey.
— Melhor assim — Zoey disse, descendo os degraus para se juntar ao nosso grupo. — Senão Matteo ia ter que competir com uma golden retriever pela atenção dos avós, e honestamente, acho que ela ganharia.
Christian apareceu logo atrás dela, me abraçando calorosamente antes de cumprimentar Nate com a familiaridade de velhos amigos.
— Desde que ela não coma os sapatos de Christian como faz com os meus — Nate brincou, fazendo todos rirem.
— Meus sapatos estão a salvo — Christian declarou. — Tenho experiência em proteger pertences valiosos de pequenos destruidores.
— Hey! — Zoey protestou novamente, desta vez genuinamente indignada. — Matteo não é um destruidor!
— Querida, ontem ele conseguiu espalhar todas as roupas do closet pelo quarto em quinze minutos — Christian lembrou com diversão paternal. — Se isso não é talento destrutivo, eu não sei o que é.
A conversa continuou nesse tom leve e amoroso enquanto nos dirigíamos para dentro da casa, Ginger trotando alegremente ao nosso lado como se já fosse parte da família há anos.
— Onde estão os outros? — Christian perguntou, olhando para trás como se esperasse ver mais gente saindo do carro.
— Ficaram para vir no próximo táxi — Nate respondeu. — Logo chegam.
Estar em casa, cercada pela minha família, com o homem que amava sendo aceito tão calorosamente, criava uma sensação de completude indescritível. Mesmo com a pontada dolorosa que o comentário inocente de Zoey havia provocado, eu sabia que estava exatamente onde deveria estar, com as pessoas que mais amava no mundo inteiro.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...