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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 332

A mansão dos Bellucci nas serras gaúchas nunca me pareceu tão acolhedora quanto naquele momento. Mesmo depois de tantos meses morando em Londres, a visão da propriedade familiar aninhada entre as montanhas verdes e o vinhedo exuberante me encheu de uma saudade nostálgica que não sabia que estava carregando. O ar fresco e puro da serra me envolveu como um abraço quando saímos do carro, contrastando com a atmosfera urbana de Londres que havíamos deixado para trás.

Ginger estava absolutamente fascinada com os novos cheiros e sons ao seu redor. Seus olhinhos escuros se movimentavam rapidamente, tentando processar a cacofonia de pássaros cantando, folhas sussurrando na brisa suave e os aromas completamente diferentes da vegetação brasileira. Ela puxava a coleira gentilmente, ansiosa para explorar cada centímetro desse novo território que devia parecer um paraíso canino comparado aos parques urbanos de Londres.

— Mãe! Pai! — gritei assim que vi meus pais saindo da casa, meu coração se enchendo de alegria ao vê-los após tantos meses.

Soltei a coleira de Ginger momentaneamente (confiando que ela ficaria próxima) e corri em direção a eles, me jogando nos braços familiares que sempre conseguiam me fazer sentir completamente segura e amada. Mamãe me abraçou com aquela força maternal característica, sussurrando palavras carinhosas enquanto papai esperava sua vez de me apertar contra o peito.

— Nossa menina está cada vez mais linda — disse papai, me segurando pelos ombros e me observando com aquele olhar orgulhoso que sempre me emocionava. — Londres está te fazendo bem.

— Não é Londres — corrigi, olhando para trás onde Nate estava parado, segurando Ginger no colo e observando nossa reunião familiar com um sorriso terno. — É ele.

Nate caminhou até nós com aquela confiança natural que sempre demonstrava, mas pude perceber um leve nervosismo em seus olhos - a vulnerabilidade de alguém que queria desesperadamente causar uma boa primeira impressão nos sogros.

— Senhor e Senhora Aguilar — disse em português hesitante mas charmoso, estendendo a mão para papai antes de se inclinar respeitosamente para beijar a mão de mamãe. — É uma honra finalmente conhecê-los.

Mamãe imediatamente derreteu com o gesto galante e o esforço dele em falar nossa língua, suas bochechas corando ligeiramente enquanto sorria com aprovação óbvia.

— O prazer é todo nosso, Nathaniel — respondeu. — Anne nos conta tanto sobre você que já sentimos como se o conhecêssemos.

— Coisas boas, espero — Nate brincou, me olhando com aquela expressão travessa que sempre me fazia rir.

— Só as melhores — papai confirmou, apertando firmemente a mão de Nate em um cumprimento masculino de aprovação. — Qualquer homem que faz nossa filha sorrir tanto quanto você conseguiu é bem-vindo nesta família.

Ginger escolheu aquele momento perfeito para latir, lembrando a todos de sua presença e conseguindo toda a atenção instantaneamente.

— E esta deve ser a famosa Ginger — disse mamãe, se agachando para ficar no nível da cachorrinha. — Nossa primeira netinha.

— Hey! — protestou Zoey, aparecendo na varanda com Matteo no colo, fingindo indignação total.

— A primeira menina. Uma netinha de quatro patas — mamãe corrigiu rapidamente, rindo da expressão ofendida de Zoey.

— Melhor assim — Zoey disse, descendo os degraus para se juntar ao nosso grupo. — Senão Matteo ia ter que competir com uma golden retriever pela atenção dos avós, e honestamente, acho que ela ganharia.

Christian apareceu logo atrás dela, me abraçando calorosamente antes de cumprimentar Nate com a familiaridade de velhos amigos.

— Desde que ela não coma os sapatos de Christian como faz com os meus — Nate brincou, fazendo todos rirem.

— Meus sapatos estão a salvo — Christian declarou. — Tenho experiência em proteger pertences valiosos de pequenos destruidores.

— Hey! — Zoey protestou novamente, desta vez genuinamente indignada. — Matteo não é um destruidor!

— Querida, ontem ele conseguiu espalhar todas as roupas do closet pelo quarto em quinze minutos — Christian lembrou com diversão paternal. — Se isso não é talento destrutivo, eu não sei o que é.

A conversa continuou nesse tom leve e amoroso enquanto nos dirigíamos para dentro da casa, Ginger trotando alegremente ao nosso lado como se já fosse parte da família há anos.

— Onde estão os outros? — Christian perguntou, olhando para trás como se esperasse ver mais gente saindo do carro.

— Ficaram para vir no próximo táxi — Nate respondeu. — Logo chegam.

Estar em casa, cercada pela minha família, com o homem que amava sendo aceito tão calorosamente, criava uma sensação de completude indescritível. Mesmo com a pontada dolorosa que o comentário inocente de Zoey havia provocado, eu sabia que estava exatamente onde deveria estar, com as pessoas que mais amava no mundo inteiro.

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