Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 338

A terceira semana de tratamento estava sendo particularmente brutal. Meu corpo parecia ter declarado guerra contra mim mesmo - inchaço em lugares que eu nem sabia que podiam inchar, mudanças de humor que me faziam chorar assistindo comerciais de papel higiênico, e uma sensibilidade nos seios que tornava até mesmo abraços desconfortáveis. Estava deitada no sofá da sala, vestindo uma calça de moletom folgada e uma camiseta de Nate que havia se tornado meu uniforme nos dias ruins.

Ginger estava sendo minha companheira fiel durante essa fase difícil. Era como se ela entendesse instintivamente que eu não estava bem, porque não saía do meu lado. Estava agora deitada no chão ao lado do sofá, ocasionalmente se levantando para lamber minhas mãos ou apoiar a cabeça no meu joelho com aqueles olhos expressivos que pareciam dizer "eu entendo, está tudo bem".

— Oi, linda — disse Nate, aparecendo na porta da sala com uma bandeja nas mãos. — Trouxe chocolate belga e chá de camomila.

Meu coração se encheu de ternura vendo o cuidado dele. Nas últimas semanas, Nate havia se transformado no namorado mais atencioso do mundo. Chocolate quando eu estava emocional, massagens nos pés quando o inchaço ficava insuportável, paciência infinita quando meus hormônios me faziam implicar com coisas absolutamente irrelevantes.

— Você é perfeito — murmurei, aceitando o chocolate com gratidão. — Você é perfeito — murmurei, aceitando o chocolate com gratidão. — Vai conseguir trabalhar de casa hoje?

— Vou tentar — disse ele, se sentando na beira do sofá e começando automaticamente a massagear meus pés inchados. — Tenho uma reunião às três que não posso adiar, mas o resto posso fazer daqui para ficar perto de você. Como está se sentindo? — perguntou gentilmente.

— Como se tivesse sido atropelada por um caminhão — admiti, derretendo com o alívio da massagem. — E ainda tenho que escolher o vestido de noiva semana que vem. Como vou conseguir se estou toda inchada assim?

Nate parou a massagem para me olhar com uma expressão de ternura pura.

— Anne, você está radiante — disse com convicção absoluta. — Sei que não se sente assim, mas há algo especial em você durante este tratamento. Uma... expectativa, uma esperança que faz você brilhar.

— Deve ser a oleosidade da minha pele — brinquei, mas senti lágrimas se formarem nos meus olhos. Malditos hormônios me fazendo chorar por qualquer demonstração de carinho.

— É amor — corrigiu Nate gentilmente, se inclinando para beijar minha testa. — É amor por nossa futura família se manifestando.

Passei o resto da tarde cochilando no sofá, Nate trabalhando no laptop na mesinha de centro para ficar perto de mim, e Ginger mantendo vigília silenciosa ao nosso lado. Quando ele finalmente saiu para uma reunião que não podia adiar, fiquei sozinha com minha fiel companheira canina e uma necessidade desesperante de conversar com alguém que me entendesse.

Peguei o telefone e disquei para Zoey.

— Oi, mana! — a voz animada de Zoey veio através da linha, imediatamente me fazendo sentir menos sozinha. — Como está se sentindo hoje?

— Como se fosse explodir — respondi honestamente. — Mas não quero reclamar, porque sei que é pelo nosso bebê.

— Pode reclamar à vontade comigo — Zoey disse carinhosamente. — Sei que a gravidez não é nada fácil.

— Como estão as coisas aí? — perguntei, mudando de assunto antes que começasse a chorar de novo.

— Animadas! — Zoey respondeu com entusiasmo genuíno. — Acabamos de finalizar a estratégia de lançamento da nova linha orgânica da vinícola. Christian está completamente empolgado, já está planejando servir as primeiras garrafas no seu casamento, uma espécie de pré-lançamento exclusivo.

— Sério? — perguntei, intrigada apesar do meu estado hormonal.

— Você seria oficialmente a melhor irmã do mundo — declarei solenemente.

— Já sou a melhor irmã do mundo — ela corrigiu com falsa arrogância. — Mas posso aceitar o título de melhor contrabandista de café também.

Conversamos por mais alguns minutos sobre detalhes do casamento e da maternidade. Era reconfortante ter essa conexão familiar, especialmente quando meu corpo estava passando por tantas mudanças estranhas.

— Anne — Zoey disse, sua voz ficando mais suave —, sei que está sendo difícil, mas você está fazendo algo incrível. Está literalmente criando vida.

— Espero que sim — murmurei, tocando inconscientemente meu ventre inchado. — Às vezes tenho medo de que não vá dar certo e todo esse desconforto será por nada.

— Vai dar certo — Zoey disse com convicção. — Tenho certeza. E mesmo que não dê na primeira tentativa, vocês vão continuar tentando até conseguir.

Depois que desliguei, fiquei deitada no sofá observando Ginger, que havia se posicionado de forma que sua cabeça repousava gentilmente sobre meus pés inchados. Era como se ela soubesse exatamente onde eu mais precisava de conforto.

— Você vai ser a irmã mais velha mais protetora do mundo — disse para ela, coçando atrás de suas orelhas. — Nosso bebê vai ter muita sorte de ter você cuidando dele.

Ginger abanou o rabo como se entendesse perfeitamente, e me aconcheguei mais fundo no sofá, deixando-me levar pelo cochilo da tarde com a certeza de que, independentemente de quão difícil fosse esse processo, nós passaríamos por ele.