Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 356

~ MAITÊ ~

A primeira coisa que noto quando me acomodo na poltrona da primeira classe é como Apolo parece completamente à vontade com todo aquele luxo. Enquanto eu ainda estou tentando descobrir como funciona o controle do assento, ele já pediu um vinho caro para a comissária de bordo — não qualquer vinho, mas algo específico que pronuncia com um sotaque perfeito.

— Champanhe? — Ele oferece quando a comissária retorna com uma garrafa que eu nem sabia que existia.

— Por favor — respondo, observando a naturalidade com que ele manuseia a taça, como se beber champanhe Dom Pérignon a dez mil metros de altitude fosse parte de sua rotina diária.

Achei que ele fosse só um motoqueiro qualquer que apareceu no lugar certo na hora certa. Mas a forma como ele se movimenta neste ambiente, como se pertencesse a ele, me faz questionar se não subestimei completamente quem é esse homem.

— Então... — deixo escapar enquanto observo ele dar uma risada genuína para alguma coisa que está lendo na revista da companhia aérea. — Aposto que você está acostumado a viajar desse jeito.

Ele levanta os olhos na minha direção, e há um brilho divertido ali.

— Não combinamos nada de perguntas pessoais? — rebate, mas seu tom é provocativo, não defensivo.

— Não é pergunta — insisto, inclinando o corpo ligeiramente na direção dele. — É uma suposição. Estou certa?

Ele me observa por um momento, como se estivesse calculando exatamente o que responder. Depois, simplesmente sorri de um jeito enigmático e toma outro gole do vinho.

— Talvez — diz, e não é uma resposta, é uma provocação.

— Talvez? — repito. — Isso é praticamente uma confissão.

— É? — Ele se vira completamente para mim. — E o que mais você está "supondo"?

Aceito o desafio. Se ele quer jogar, vamos jogar.

— Estou supondo que você não trabalha de segunda a sexta, das nove às cinco.

— Interessante teoria.

— Estou supondo que você tem um passaporte cheio de carimbos.

— Continue.

— E estou supondo que você não vive em um apartamento de dois quartos no subúrbio.

Desta vez ele dá uma risada genuína, e o som é mais atrativo do que deveria ser.

— Você é boa nisso — admite.

— No quê?

— Em criar teorias sem fazer perguntas diretas.

— E você é bom em não responder sem rejeitar completamente o jogo — rebato.

— Touché.

O voo continua assim: eu soltando suposições, ele respondendo com meia-palavras e sorrisos misteriosos. É frustrante e emocionante ao mesmo tempo. A cada "talvez" e "pode ser" que ele me dá, mais curiosa fico. E pela forma como ele conduz a conversa, tenho certeza de que essa é exatamente a reação que ele quer provocar.

Quando o avião finalmente pousa no nosso destino final, meu coração está acelerado — não pela viagem, mas pela expectativa do que vem pela frente. Sete dias com um homem que é um enigma ambulante, em um dos lugares mais paradisíacos do mundo.

A transferência para o resort acontece de hidroavião, e mais uma vez noto como Apolo parece perfeitamente confortável com a situação. Enquanto eu me agarro no assento durante a decolagem, ele está observando a paisagem pela janela como se fizesse aquele trajeto toda semana.

— Primeira vez? — Ele pergunta, notando minha tensão.

— É tão óbvio assim?

— Seus dedos estão quase atravessando o assento de couro.

Relaxo as mãos, não percebendo que estava tão nervosa. Apesar da tradição familiar com os parques, já fazia anos que não viajávamos com o mesmo luxo de antes. Os negócios tinham começado a declinar bem antes de eu sair de casa para morar com Lívia, minha prima quase irmã, e desde então eu havia me acostumado com uma vida mais simples. Ainda éramos bem de vida, claro, mas nada ostentoso como aquilo.

— E você? Primeira vez?

— Não é pergunta pessoal?

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