Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 376

~ MARCO ~

Cheguei cedo em frente ao estúdio de yoga, estacionando alguns metros adiante para observar discretamente. O local era pequeno e acolhedor, com uma fachada de vidro que permitia ver parte do interior iluminado por luz natural. Eram 10h15 da manhã quando vi um grupo de mulheres saindo, a maioria carregando tapetes de yoga e conversando animadamente.

Foi fácil identificar Lívia no meio do grupo, através das fotos que tinha recebido. Tinha os mesmos olhos de Maitê, mas os cabelos eram mais curtos e escuros, cortados em um long bob que balançava enquanto caminhava. Usava roupas esportivas simples - legging preta e top cinza - mas havia algo em sua postura que me chamou atenção. Mais prática, mais pé no chão que Maitê. Enquanto ria com as outras mulheres, seus olhos continuamente escaneavam o ambiente ao redor, como se estivesse sempre alerta.

Quando o grupo se dispersou e Lívia começou a caminhar sozinha, decidi me aproximar.

— Com licença — chamei quando ela estava guardando a chave do estúdio na bolsa. — Vocês aceitam iniciantes?

Ela se virou, me avaliando rapidamente dos pés à cabeça. Havia algo cuidadoso em seus olhos, como se estivesse calculando se eu era apenas mais um curioso ou se tinha outras intenções.

— Claro — respondeu, educada mas reservada. — Temos aulas para todos os níveis. Você já praticou antes?

— Nunca — menti. — Mas um amigo recomendou. Disse que yoga ajuda com o stress.

— Ajuda mesmo — ela confirmou, mas mantinha a postura ligeiramente rígida. — Quais são os horários que te interessam?

Fiz algumas perguntas triviais sobre valores e modalidades, notando como ela respondia de forma profissional mas sem se entregar completamente à conversa. Não parecia o perfil típico dos alunos que frequentavam o estúdio, e ela claramente havia percebido isso.

— Tem uma cafeteria ali na esquina — disse finalmente. — Sempre tomo um café depois da aula. Se quiser conversar melhor sobre as modalidades...

— Seria ótimo — aceitei, satisfeito por ela ter oferecido. Roberto havia acertado na informação sobre a rotina dela.

Caminhamos lado a lado pela calçada. Tentei manter a conversa leve, comentando sobre o trânsito matinal de São Paulo, sobre como Vila Madalena havia mudado nos últimos anos. Mas mesmo assim, percebi que ela mantinha o corpo levemente inclinado para trás, sempre me observando pelo canto do olho.

A cafeteria era pequena e cheia de plantas, com mesinhas de madeira que criavam um ambiente acolhedor. Lívia pediu um café com leite e uma tapioca doce, eu pedi apenas um expresso. Nos acomodamos em uma mesa no fundo, longe das outras pessoas.

— Então — ela disse, mexendo o açúcar no café — você trabalha aqui na região?

— Não exatamente — respondi. — Ando meio... desencontrado ultimamente. Tentando organizar as prioridades.

Ela assentiu, mas continuava me analisando. Decidi avançar devagar, testando o terreno.

— Engraçado... — comecei, fingindo casualidade — você tem o mesmo olhar de alguém que eu conheci.

Vi uma reação mínima - um leve levantar de sobrancelha, uma pausa quase imperceptível antes de levar a xícara aos lábios. Mas ainda não se entregou.

— Ah é? — disse simplesmente. — São Paulo é pequeno às vezes.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )