~ VIVIANE ~
Deitada na cama do apartamento de Dominic, observei as luzes de São Paulo piscando através da janela panorâmica enquanto ele acendia um cigarro ao meu lado. Ainda estava sem roupa, os cabelos bagunçados pelo que acabáramos de fazer, e me sentia completamente satisfeita - não apenas pelo sexo, mas pelo doce sabor da vitória que vinha crescendo a cada dia.
— Ela estava tão patética hoje — comentei, me virando para observar o perfil de Dominic na penumbra do quarto. — Parecia uma bonequinha sendo vestida para exposição.
Dominic deu uma risada baixa, expelindo a fumaça lentamente.
— Perfeito. Dois meses foram suficientes para quebrar qualquer espírito rebelde que ela ainda tinha — disse com satisfação evidente. — Dessa vez ela não escapa antes de assinar o nome naquele contrato de casamento.
A confiança em sua voz me fez sorrir. Era fascinante como algumas semanas de pressão psicológica e ameaças bem colocadas podiam transformar uma mulher teimosa em uma noiva submissa. Maitê havia voltado das Maldivas com uma rebeldia irritante, mas logo aprendemos como lidar com isso.
— Para você é só um contrato mesmo, não é? — perguntei.
Ele me olhou com aquela expressão que eu conhecia bem - metade diversão, metade condescendência, como se eu estivesse fazendo uma pergunta cujo resposta era óbvia demais.
— Claro que é — respondeu, passando a mão pelo meu cabelo com movimentos lentos. — Por mais que eu e os pais dela tenhamos objetivos em comum - eles reerguem os parques e garantem a estabilidade financeira, eu lavo o dinheiro e ganho lugares perfeitos para instalar os cassinos - não podemos simplesmente confiar um no outro baseados apenas em palavras.
Fez uma pausa, dando outra tragada pensativa.
— Palavra de gente como a gente não vale nada, e todos nós reconhecemos isso nos outros — continuou com um pragmatismo que sempre me impressionava. — Agora, se as famílias estão legalmente unidas pelo casamento, é completamente diferente. Não tem como escapar do acordo. Nem eles, nem eu.
A frieza calculista com que explicava a situação me fascinava. Dominic tratava vidas humanas como peças em um tabuleiro de xadrez, sempre pensando três jogadas à frente, sempre considerando todos os ângulos possíveis. Era uma das coisas que mais me atraía nele - a capacidade de ver o quadro completo sem se deixar afetar por sentimentalismos desnecessários que só atrapalhavam. Além, é claro, da capacidade de ganhar dinheiro sujo tão fácil quanto a maioria das pessoas ganha dívidas parcelando no cartão.
— Então você vai gostar muito de saber que a família está mais unida do que você estava imaginando — disse, mal conseguindo conter a satisfação maliciosa que crescia no meu peito. — A sem-sal está grávida.
Dominic parou com o cigarro exatamente no meio do caminho até a boca, se virando completamente para me encarar com uma expressão de surpresa genuína.
Era a verdade mais pura. Uma pequena parte de mim, muito pequena, sentia uma pontada de algo que talvez pudesse ser chamado de pena pela criança que seria inevitavelmente arrastada para dentro dessa situação complicada. Mas não era pena suficiente para me fazer reconsiderar os planos, nem mesmo por um momento. Eu havia esperado tempo demais, planejado com muito cuidado, sacrificado coisas demais para deixar um bebê indesejado atrapalhar agora que estávamos tão próximos da vitória final.
— E se meus planos para me livrar dela forem de uma natureza mais... permanente e efetiva? — Dominic perguntou, a voz baixa mas carregada de uma insinuação que qualquer pessoa inteligente conseguiria captar.
Pausei por alguns segundos, processando completamente o que ele estava sugerindo. Depois, simplesmente dei de ombros.
— Aí a gente j**a o pirralho em um orfanato qualquer.
A simplicidade brutal com que disse isso pareceu diverti-lo enormemente. Dominic soltou uma risada baixa e satisfeita, apagando o cigarro no cinzeiro de cristal na mesa de cabeceira e me puxando para mais perto dele na cama.
— Gosto muito de como você pensa — murmurou, acariciando meus cabelos.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...