~ MAITÊ ~
O Uber deslizava pelas ruas de São Paulo enquanto eu me encolhia no banco traseiro, ainda tremendo pela adrenalina da fuga. A Dra. Monteiro havia sido minha salvação - me ajudou a sair pela entrada exclusiva dos funcionários nos fundos da clínica e chamou o carro para mim. Disse que conseguiria segurar Viviane por alguns minutos, demorando par voltar à sala onde ela estava e depois dizendo que eu tinha ido ao banheiro. Tempo o suficiente para o carro se afastar
Mas eventualmente eu não retornaria.
Não queria nem pensar no que ia acontecer quando Viviane descobrisse que eu havia fugido. Menos ainda quando Dominic soubesse. A vingança seria terrível se eu fosse pega, eu sabia disso. Mas quanto mais o carro se afastava da clínica, mais me dava conta de que Lívia estava certa. Marco estava certo. Uma coisa era eu me sacrificar por uma falsa sensação de que assim eu poderia proteger Marco e me colocar em uma posição de falsa segurança. Outra coisa completamente diferente era sacrificar meu bebê.
Desde a noite anterior, no jantar na casa dos meus pais, não conseguia parar de pensar em como Dominic havia sido claro com sua ameaça. Ou o filho era dele, ou não haveria filho nenhum. A forma como mencionou "comprometer a vida" quando falou sobre possíveis problemas genéticos não deixava margem para interpretação. E a insistência desesperada de Viviane para fazer logo o exame de DNA mostrava que eles já tinham conversado e já tinham um plano traçado.
Não tinha certeza se o que a médica havia dito sobre o descolamento de placenta era verdade ou apenas uma desculpa médica para conseguir ficar sozinha comigo. Não tivera tempo de perguntar durante nossa conversa rápida e tensa. Mas uma coisa eu sabia com absoluta certeza: precisaria segurar aquele exame de DNA pelo maior tempo possível. E com Viviane e Dominic demonstrando que se importavam muito pouco com minha saúde e a da criança - desde que conseguissem as informações que queriam -, seria praticamente impossível.
Então eu só tinha uma opção. Aceitar ajuda das pessoas que haviam oferecido ajuda. Fugir, e dessa vez fugir para sempre.
Tateei nervosamente o bolso do meu casaco até encontrar o cartão de visitas que estava carregando ali. Marco havia deixado discretamente comigo antes de sair, sussurrando que se eu mudasse de ideia, se precisasse de qualquer coisa, era só aparecer no endereço. Na época, pensei que jamais usaria. Agora, era minha única tábua de salvação.
Durante todo o trajeto, minha mente não parava de acelerar. O que eu estava fazendo? Fugindo de um ultrassom para me jogar nos braços de um homem que conheci por uma semana? Colocando minha vida e a do meu bebê nas mãos de alguém sobre quem eu não sabia praticamente nada?
Mas a alternativa era voltar para Dominic e Viviane, voltar para um casamento forçado onde meu filho seria uma peça em um jogo sujo que eu não queria jogar. Onde cada decisão sobre minha gravidez seria tomada por outras pessoas, onde eu seria apenas um útero ambulante carregando um herdeiro para planos que eu nem conseguia compreender completamente.
O motorista do Uber estava em silêncio, concentrado no trânsito caótico de São Paulo, ocasionalmente olhando pelo retrovisor para verificar se eu estava bem. Provavelmente achava que eu era mais uma dessas mulheres ricas com problemas de primeiro mundo. Se soubesse a verdade... se soubesse que eu estava fugindo de uma teia de chantagem, manipulação e ameaças que envolviam minha própria família...
O elevador era espelhado, forçando-me a encarar meu reflexo durante toda a subida. Estava pálida, com olheiras pronunciadas, cabelos desarrumados pela pressa da fuga.
Enquanto os números dos andares se sucediam no visor, minha ansiedade só aumentava. O que eu diria? Como explicaria minha presença ali? E se ele se arrependesse de ter oferecido ajuda? E se percebesse que se envolver comigo significava se meter em problemas muito maiores do que havia calculado?
O décimo quinto andar era silencioso, com apenas uma porta. O número 1501. Respirei fundo e me dirigi até lá, mas quando estava prestes a tocar a campainha, percebi que não precisaria.
A porta já estava aberta, e alguém me esperava no hall.
— Então — disse, tentando processar tudo que aquela presença significava — Bellucci? Como nos vinhos Bellucci?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...