Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 385

~ MAITÊ ~

— Sim — respondeu a garota na porta, um sorriso travesso brincando nos lábios —, Bellucci como nos vinhos. E você deve ser a Maitê Salvani. Salvani como nos parques.

Ri apesar da tensão que corroía meu estômago. Era impossível não sorrir diante daquela energia contagiante que emanava dela como se fosse uma força da natureza.

— Entra, entra... — ela gesticulou animadamente, abrindo a porta completamente — Meu nome é Bianca.

— Eu não queria incomodar, mas...

— Incomodar? — Bianca me interrompeu, fechando a porta atrás de mim com um clique suave e me conduzindo para dentro do apartamento luxuoso. — Você não está incomodando coisa nenhuma! Somos praticamente irmãs!

Parei no meio da sala, confusa com aquela revelação inesperada vindo de uma completa desconhecida. O apartamento era ainda mais impressionante por dentro do que eu havia imaginado. Pé-direito altíssimo, janelas enormes que ofereciam uma vista panorâmica de São Paulo, móveis que claramente custavam caríssimo. Havia algo quase irreal naquele lugar, como se eu tivesse entrado em um mundo paralelo onde problemas como o meu simplesmente não existiam.

— Como assim? — consegui perguntar, ainda absorvendo o ambiente ao meu redor.

— Sabe, quando eu tinha sete anos, gostava tanto dos parques Salvani que decidi que ia morar lá para sempre. Fugi da minha mãe — ela contou com os olhos brilhando de diversão, como se fosse a memória mais preciosa que tinha — e me escondi naquele brinquedo que era uma casa gigante de bonecas. Você lembra dela? Era toda cor-de-rosa e tinha três andares, com móveis de verdade em miniatura.

Claro que eu lembrava. A Casa da Boneca Gigante havia sido uma das atrações mais populares do parque quando eu era criança. Meu pai ficava orgulhoso dela, dizia que havia sido inspirada nos castelos da Disney, mas com um toque brasileiro.

— Ficava gritando para todos os funcionários: "Vocês trabalham para mim agora!" — Bianca continuou, gesticulando dramaticamente. — Imagina o caos que uma criança de sete anos comandando um parque de diversões pode causar!

Apesar de tudo — da fuga, do medo, da incerteza sobre o futuro —, não consegui conter uma risada genuína. A imagem de uma menina pequena tentando dar ordens para adultos uniformizados era absurdamente adorável.

— Virei uma verdadeira atração — continuou Bianca, me guiando até um sofá de couro creme. — As pessoas faziam fila para ver a "pequena diretora" dando ordens. Minha mãe ficou desesperada, claro, mas o pessoal do parque achou hilário. Só aceitei sair quando me ofereceram uma chave do parque, sabe? Aquelas chaves simbólicas douradas que vocês davam para visitantes especiais.

— Sei! — Respondi, sorrindo com a memória dela.

— Até hoje tenho ela guardada como um tesouro — disse. — Passei semanas contando pra todo mundo que eu era dona dos parques.

Ela me encarou com uma intensidade que não combinava com a leveza da história.

— Ainda me considero uma herdeira, sabe? O que faz de você como fosse minha irmã — disse. E finalmente ela mudou para uma expressão séria pela primeira vez desde que abriu a porta —, e irmãs se ajudam.

Fiquei hipnotizada olhando para aquela garota sem entender muito bem o que ela estava dizendo. Havia algo quase mágico na forma como falava, como se realmente acreditasse que aquela chave dourada tivesse criado um vínculo que ia além de qualquer documentação legal.

Bianca riu, quebrando o momento solene com aquela gargalhada cristalina que parecia conseguir iluminar qualquer ambiente.

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