Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 39

Resumo de Capítulo 39: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo de Capítulo 39 – Uma virada em Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário de GoodNovel

Capítulo 39 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

~POV Christian~

Eu a vi assim que entrei no salão principal. Era impossível não notar Zoey, mesmo de costas, organizando algo com sua equipe. A forma como ela gesticulava, como inclinava a cabeça ligeiramente quando escutava alguém — eram detalhes que eu tinha memorizado sem perceber durante nosso tempo juntos.

Evitei olhar em sua direção pelo resto da manhã, concentrando-me nos representantes da Bellucci e nas reuniões agendadas. Mas minha consciência dela permanecia, como um campo magnético sutil puxando minha atenção sempre que ela se movia pelo espaço.

Foi Marco quem mencionou o incidente primeiro.

— Parece que houve uma confusão com a equipe da Vale do Sol — ele comentou casualmente, consultando o celular. — Algo sobre uma briga entre Zoey Aguilar e Elise Costa.

Minha cabeça virou instantaneamente, todos os meus sentidos em alerta.

— Briga? Que tipo de briga?

Marco ergueu as sobrancelhas, surpreso com minha reação.

— Pelo que estou ouvindo, um tapa foi dado. Os seguranças tiveram que intervir.

Sem pensar duas vezes, abandonei nossa conversa, ignorando os chamados de Marco enquanto me dirigia para o lado oposto do salão. Uma aglomeração de pessoas perto de um dos corredores laterais confirmou a história. Consegui ouvir fragmentos de conversas: "a ex do Bellucci", "perdeu a compostura", "completamente antiético".

Então a vi. Zoey estava sendo conduzida por Eduardo Mendez, que segurava seu cotovelo com uma intimidade que fez meu sangue ferver. Seu rosto estava marcado por uma mancha avermelhada na bochecha esquerda. Ela parecia menor, de alguma forma, mais frágil do que a mulher confiante que eu havia visto dirigindo a equipe mais cedo.

Nossos olhares se cruzaram brevemente, o suficiente para eu ver a mistura de vergonha e confusão em seus olhos. Então Eduardo a conduziu por um corredor, em direção às salas de reunião privadas.

Segui-os instintivamente, mantendo uma distância discreta. Parei quando os vi entrar em uma pequena sala no final do corredor. Eduardo fechou a porta atrás deles, mas não completamente — uma fresta de alguns centímetros permaneceu aberta.

Aproximei-me lentamente, dividido entre a preocupação por Zoey e a consciência de que estava invadindo um momento privado. Através da fresta, podia ver parcialmente a sala. Eduardo sentado muito próximo a Zoey, inclinando-se em sua direção, sua mão ocasionalmente tocando o braço dela em um gesto que parecia mais do que profissional.

A proximidade entre eles me atingiu como um soco. Será que havia algo entre os dois? Será que Zoey havia realmente seguido em frente? Tentei ignorar a pontada de ciúmes que me atravessou, lembrando a mim mesmo que não tinha qualquer direito sobre ela. Eu mesmo havia recusado seu convite naquela manhã, havia escolhido deixá-la ir.

Em um movimento rápido, Eduardo passou os dedos pelo rosto de Zoey, afastando uma mecha de cabelo num gesto quase íntimo. Foi o suficiente. Recuei, sentindo-me subitamente intruso, como se estivesse espionando algo que não me dizia respeito.

Enquanto voltava pelo corredor, tentei racionalizar minhas emoções Zoey era livre para seguir sua vida, para encontrar alguém novo. Alguém que, diferentemente de mim, não carregava o peso de um império familiar, de expectativas tradicionais, de uma ex-namorada traiçoeira.

Alguém normal. Exatamente o que ela merecia.

~Zoey~

— O incidente chamou bastante atenção — Eduardo disse, seu tom surpreendentemente leve enquanto me servia um copo d'água. — Os rumores já estão circulando sobre o que foi dito entre vocês duas.

Bebi a água em silêncio, ainda tentando processar o que havia acontecido. A humilhação da cena, o tapa de Elise, os olhares dos espectadores. E pior, o breve vislumbre de Christian me observando enquanto Eduardo me afastava dali. O que ele devia estar pensando de mim agora?

— Não foi meu momento mais brilhante — admiti finalmente.

— Pelo contrário. — Eduardo sentou-se ao meu lado, próximo demais para meu conforto. — Foi exatamente o tipo de... faísca que precisávamos.

Franzi o cenho, não entendendo.

— Como assim?

Ele sorriu, um sorriso que não alcançava seus olhos.

— Zoey, preciso te contar um segredo. A verdadeira razão pela qual te contratei.

Meu estômago se contraiu. As advertências de Christian ecoaram em minha mente.

— Estou ouvindo.

— A Vale do Sol está prestes a assinar um contrato exclusivo com a maior rede de importação de vinhos da Ásia. Um contrato que a Bellucci também está disputando. — Ele fez uma pausa, observando minha reação. — Um contrato que define o futuro da nossa vinícola.

— E isso tem a ver comigo porque...?

Eduardo piscou, claramente não esperando essa reação.

— Não seja precipitada. Pense bem no que está fazendo.

— Já pensei. — Tirei o crachá e o coloquei sobre a mesa. — Não vou sabotar Christian. Não vou trair a confiança de ninguém, nem mesmo de Elise. Não sou esse tipo de pessoa.

— Você está jogando fora uma carreira promissora por causa de um homem que te descartou? — A incredulidade na voz dele era quase cômica.

— Não. Estou escolhendo não ser a pessoa que você quer que eu seja.

Ele deu um passo em minha direção, sua expressão subitamente ameaçadora.

— Você assinou um contrato, Zoey. Com cláusulas de confidencialidade.

— Que não incluem participar de sabotagem industrial. — Dirigi-me à porta.

— Você vai se arrepender disso — ele disse enquanto eu abria a porta. — Ninguém dá as costas para mim e simplesmente segue em frente. E definitivamente, ninguém escolhe os Bellucci ao invés da Vale do Sol.

Parei, virando-me uma última vez.

— Não estou escolhendo os Bellucci. Estou escolhendo a mim mesma.

Com isso, saí da sala, caminhando rapidamente pelo corredor. Passei pelo salão principal sem olhar para os lados, ignorando os olhares e cochichos. Só parei quando alcancei o estacionamento, o ar fresco da Serra Gaúcha finalmente enchendo meus pulmões.

Estava desempregada. Novamente. Em uma cidade longe de casa, sem transporte próprio, com uma mala no hotel e nenhum plano.

Mas apesar de tudo, senti um peso sair dos meus ombros. Pela primeira vez em muito tempo, tinha certeza absoluta de que havia feito a escolha certa.

Agora, eu só precisava descobrir para onde ir.

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