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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 394

~ MAITÊ ~

A festa de casamento estava em pleno andamento nos jardins iluminados da mansão, e minha cabeça girava tentando acompanhar todas as apresentações que Marco insistia em fazer. Era como se ele quisesse que eu conhecesse pessoalmente cada pessoa importante da sua vida em uma única noite, uma tarefa que estava se provando impossível para meu cérebro já sobrecarregado.

— Esta é minha mãe, Beatrice — Marco disse, me guiando até uma mulher elegante de cabelos impecavelmente arrumados. Ela irradiava aquela aristocracia natural que algumas pessoas simplesmente nasciam possuindo.

— É um prazer, querida — Beatrice disse, me beijando as duas bochechas com graça praticada. Seus olhos me avaliaram rapidamente, mas não de forma hostil, apenas curiosa.

— E este é meu pai, Giovanni — continuou Marco, me apresentando a um homem mais reservado que cumprimentou com um aceno de cabeça educado mas distante.

Tentei memorizar seus rostos, suas personalidades, mas já sentia os nomes começando a se misturar na minha mente quando Marco me levou para conhecer o próximo grupo.

— Nonno Giuseppe, ele estava ansioso para conhecê-la — disse, me conduzindo até o patriarca da família, que me abraçou com um carinho genuíno que me aqueceu por dentro.

— Benvenuta nella famiglia, cara Maitê — Giuseppe disse, suas mãos calejadas segurando as minhas com firmeza. — Já estava na hora do nosso Marco se assentar. Vejo que escolheu bem.

Antes que eu pudesse processar completamente o peso das palavras dele, Marco já estava me puxando na direção de outros convidados.

— Christian você já conheceu — ele acenou para o primo, que ergueu sua taça na nossa direção com um sorriso — e este é Nathaniel, marido da Anne.

Nathaniel era alto, com leve sotaque inglês e uma expressão genuinamente calorosa quando me cumprimentou.

— Ouvi falar muito de você — disse com um sorriso. — É um prazer finalmente conhecê-la pessoalmente.

— E este é meu irmão Luca — Marco continuou as apresentações, me apresentando a um homem que claramente compartilhava os mesmos genes, mas com uma personalidade visivelmente mais extrovertida.

— Finalmente! — Luca exclamou, me abraçando como se fôssemos amigos de longa data. — A mulher misteriosa das Maldivas.

Sorri educadamente, tentando absorver todas essas informações enquanto mais e mais pessoas se aproximavam para me cumprimentar. Rostos se misturavam, nomes se confundiam, e eu começava a me sentir como se estivesse em um sonho estranho onde todos conheciam minha história, mas eu não conhecia a deles.

Depois de uma hora tentando manter conversas corteses com dezenas de pessoas cujos nomes já havia esquecido, consegui finalmente me desvencilhar e escapar para o bar montado no terraço. Precisava de um momento para respirar, para processar tudo que estava acontecendo.

— Uma água tônica, por favor — pedi ao bartender, sentindo alívio instantâneo só de estar parada em um lugar sem ter que sorrir e fazer pequenos diálogos.

— Aposto que você queria uma bebida de verdade — uma voz familiar disse ao meu lado.

Virei-me e vi Zoey parada ali, segurando o que parecia ser um coquetel colorido. Até aquele momento, eu mal havia reparado que ela estava ao meu lado.

— Mataria por uma bebida! — admiti com uma risada que misturava desespero e diversão.

Zoey riu também, compreendendo perfeitamente.

— Tenho a solução perfeita — disse, se inclinando para sussurrar como se fosse compartilhar um segredo. — Quando estava grávida e precisava relaxar, eu fazia um drink sem álcool que salvava minha sanidade. Suco de cranberry, água com gás, suco de limão, um pouquinho de xarope de gengibre e algumas folhas de hortelã. Não é álcool, mas tem tantos ingredientes palatáveis que funciona maravilhosamente bem para acalmar os nervos.

— Parece perfeito — disse, já sentindo menos sufocada só de imaginar uma bebida que me ajudaria a relaxar.

— Vou pedir para o bartender fazer um para você — Zoey disse, se afastando com um sorriso conspiratório.

Ela fez uma pausa, me olhando diretamente nos olhos.

— Não que já não seja tarde. Mas... antes que seja ainda mais tarde e ele se apaixone de verdade.

Com isso, Mia se afastou, deixando-me sozinha no bar com suas palavras ecoando na minha mente como sinos de alarme.

Estava sendo egoísta com Marco?

A pergunta se instalou no meu peito como um peso físico. Olhei ao redor da festa, vendo Marco conversar animadamente com um grupo de homens mais velhos, provavelmente falando de negócios ou vinhos. Ele parecia completamente à vontade, em seu elemento, cercado por pessoas que o conheciam há anos.

E eu estava ali, uma estranha no meio da sua vida, usando o sobrenome dele como proteção, carregando um filho que talvez nem fosse dele, tendo aceitado sua proposta de casamento porque estava desesperada e sem opções.

Ele havia me oferecido segurança, proteção, uma nova vida. Havia mobilizado toda a sua família, reorganizado seus planos, se casado comigo em questão de dias. E o que eu estava oferecendo em troca?

Gratidão? Isso não parecia suficiente.

Mia estava certa ao questionar minha disposição de me dedicar completamente àquele casamento. Porque, honestamente, eu ainda não sabia se estava. Ainda estava tentando processar tudo que havia acontecido, ainda estava me adaptando à ideia de ser uma Bellucci, ainda estava descobrindo quem era Marco além do homem que me salvou.

Mas ele merecia mais do que isso. Merecia alguém que estivesse ali por escolha, não por desespero. Alguém que pudesse retribuir sua dedicação com algo igualmente valioso.

A questão era: eu conseguiria ser essa pessoa? Ou estava apenas usando sua bondade até encontrar uma saída melhor?

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