~ MAITÊ ~
As malas estavam arrumadas no hall principal da mansão, organizadas com a eficiência típica de Carmem, que havia insistido em preparar pessoalmente tudo que eu pudesse precisar nos primeiros dias na Itália.
— Podemos comprar qualquer coisa que precise lá — explicou Marco.
Era surreal ver minha vida condensada em apenas duas bagagens, como se todo meu passado coubesse naquele espaço limitado.
— Não vai ser para sempre — disse para Lívia pela décima vez enquanto caminhávamos pelos jardins da propriedade, aproveitando os últimos minutos juntas antes da partida. — Só até o bebê nascer e conseguirmos resolver toda essa confusão legal.
Lívia me olhou com aquela expressão que conhecia desde criança, a mesma que usava quando duvidava das minhas tentativas de minimizar situações complicadas.
— Maitê, você está falando de pelo menos sete meses — disse, parando próxima à fonte de pedra que decorava o centro do jardim. — E isso presumindo que tudo corra perfeitamente.
— Eu sei — admiti, sentindo um aperto no peito. — Mas você pode nos visitar quando quiser. Marco disse que seria até bom ter você lá por um tempo, que a Toscana é linda na primavera.
— A Toscana — ela repetiu, balançando a cabeça com uma mistura de admiração e preocupação. — Minha prima casou com um Bellucci e agora vai morar na Toscana. Se alguém me contasse isso três meses, eu teria rido.
Sorri, tentando aliviar a tensão do momento.
— É, eu tinha planos completamente diferentes... — as palavras saíram com um tom mais amargo do que eu pretendia.
Lívia me abraçou espontaneamente, um abraço apertado que carregava todas as preocupações que ela não estava verbalizando.
— Promete que vai me ligar assim que chegar? — sussurrou. — E que vai me contar se alguma coisa der errado?
— Prometo — murmurei contra seus cabelos, sentindo lágrimas queimando meus olhos.
Quando voltamos para a mansão, encontramos a família Bellucci reunida no hall, todos prontos para as despedidas finais. Giuseppe estava visivelmente emocionado, segurando uma pequena caixa de sapato antiga que claramente continha algo especial.
— Cara Maitê — disse, se aproximando de mim com passos cuidadosos — quero que leve isso com você.
Abriu a caixa, revelando um par de sapatinhos de bebê em couro macio, claramente antigos mas bem conservados. Eram pequenos e delicados, com pequenos botões dourados nas laterais.
— Eram do Marco quando era bebê — explicou, seus olhos brilhando. — Guardei todos esses anos. Agora que um novo pequeno Bellucci está a caminho...
Fiquei sem palavras por alguns segundos, tocada pela generosidade e pelo significado do gesto. Era algo simples, mas carregado de história familiar e esperança para o futuro.
— Grazie, Giuseppe — consegui dizer, segurando a caixa cuidadosamente.
— Para o nosso bambino — ele disse, beijando minha testa com ternura.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Cadê o restante do livro? Parou no capítulo 449....
Estava lendo sem pedir para comprar com moedas, e desde o capítulo 430 já não consigo mais. Fiquei bem chateada!...
A melhor foi a história da Zoey e Christian mesmo. Foi a mais emocionante....
Site tá uma porcaria cheio de propagandas que não tinha antes, atrapalhando a leitura....
21984019417...
Alguém mais está dando erro nos capitulos 426, 427 e 428?...
Cadê o capítulo 85 🥲...
Queria o final. Como faço?...
O meu travou no 406, mais as moedas estão sumindo...
O meu travou no 325...