~ MARCO ~
O escritório de Christian na mansão havia se tornado nosso centro de comando improvisado. Ele estava debruçado sobre sua mesa de mogno, cercado por papéis e falando ao telefone com alguém em tom baixo mas urgente. Eu caminhava de um lado para outro próximo às janelas, sabendo que mesmo com os carros tendo saído da propriedade, eles certamente não haviam ido muito longe.
— Os advogados estão revisando toda a documentação — Christian disse depois de desligar o telefone. — Mas vai levar tempo para contestar formalmente os laudos médicos.
— Tempo que não temos — respondi, me virando para encará-lo. — Cada minuto que passamos aqui parados é um minuto que eles usam para fortalecer o caso deles.
Christian suspirou, passando as mãos pelos cabelos.
— Então qual é sua sugestão?
— Helicóptero — disse imediatamente. — Saímos de helicóptero da propriedade, voamos direto para o aeroporto. De lá pegamos o jatinho e sumimos antes que eles tenham tempo de reagir.
Christian me olhou por um longo momento, como se estivesse pesando a viabilidade da ideia. Depois balançou a cabeça lentamente.
— Não vai funcionar — disse com certeza. — Se fizerem isso, quando chegarem ao aeroporto para embarcar no jatinho, a polícia vai estar esperando lá. Eles vão alegar que estamos sequestrando uma pessoa mentalmente incapaz, resistindo à justiça, fugindo com evidências. Vai piorar tudo.
Sabia que ele estava certo, mas a sensação de impotência estava me corroendo por dentro.
— Então qual é a alternativa? Ficamos aqui sentados esperando eles voltarem com um mandado de verdade dessa vez?
— Por enquanto, sim — Christian respondeu, se recostando na cadeira. — É nossa melhor opção no momento.
— Isso não nos dá muito tempo — argumentei, voltando a caminhar pela sala. — Logo eles vão voltar com toda a papelada em ordem, e aí não vamos ter escolha.
— Os advogados da Bellucci já estão no caso — Christian disse, tentando soar confiante. — Se houver algo que possa ser feito, eles farão. Temos os melhores profissionais do país.
Parei de caminhar e o encarei diretamente.
— E se não houver nada que possa ser feito?
Christian hesitou por uma fração de segundo antes de responder, e essa hesitação me disse tudo que eu precisava saber.
— É claro que vai haver algo — disse finalmente. — Maitê não estava em uma clínica, esses laudos são claramente falsos, ela não está mentalmente instável. Qualquer investigação séria vai revelar isso.
— Aparentemente o ex-noivo dela tem contatos muito bons para conseguir toda essa documentação falsa — disse, lembrando da conversa que havia tido com Maitê sobre Dominic. — E se os contatos dele forem melhores que os nossos?
Christian riu, mas não havia humor real no som.
— Somos Belluccis — disse com uma confiança que soou quase automática. — Ninguém tem contatos melhores que os nossos.
— E se não fizermos nada, eles vão levar Maitê embora — respondi. — Prefiro correr o risco de ser acusado de obstrução da justiça do que deixar isso acontecer.
Christian ficou em silêncio por alguns minutos, claramente pesando todas as variáveis. Podia quase vê-lo organizando mentalmente recursos, contatos, possibilidades.
— Teria que ser discreto — disse finalmente. — Nada que pudesse ser rastreado de volta para nós diretamente.
— Obviamente.
— E rápido. Se vamos fazer isso, tem que ser agora, antes que eles voltem com documentação adequada.
— Marco, seja racional, isso é impossível. — Christian disse, se recostando na cadeira. — Eles vão conseguir o mandado. Pode ser hoje, pode ser amanhã, mas vão conseguir. Não temos como montar um ataque contra Dominic antes disso. E quando isso acontecer, não vamos ter escolha senão entregar Maitê.
— Então o que estamos discutindo aqui? — perguntei, frustrado.
— Estamos discutindo como recuperá-la depois — Christian respondeu, e havia algo perigoso na sua expressão. — Porque eles podem ganhar essa batalha, mas nós vamos ganhar a guerra. Vamos atacar Dominic Sforza com tudo que temos.
Senti algo sombrio se espalhando pelo meu peito.
— Agora estamos falando a mesma língua.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...