~ MAITÊ ~
— Como você entrou aqui? — perguntei, tentando manter minha voz firme apesar do choque de vê-lo ali, ocupando o espaço que deveria ser meu refúgio, mesmo que forçado.
Dominic sorriu, aquele sorriso que eu costumava achar charmoso mas que agora me fazia o estômago revirar.
— Pessoas importantes aqui dentro me devem favores — respondeu casualmente, como se estivesse falando sobre o tempo. — É impressionante como algumas dívidas de jogo podem criar relacionamentos duradouros.
Senti meu sangue gelar. Dívidas de jogo. Claro que ele usaria isso como alavanca.
— Favores o suficiente para manter uma pessoa internada sem questionar? — perguntei, embora já suspeitasse da resposta.
Ele riu, um som que não carregava nenhum humor real.
— Isso é só o começo, meu amor. Você ainda não viu nada do que eu sou capaz de fazer.
Tentei não demonstrar o medo que estava crescendo dentro de mim como uma onda escura, mas podia sentir minhas mãos tremendo ligeiramente. Cerrei os punhos para esconder o tremor.
— E isso inclui todos os laudos fraudados para me fazer parecer mentalmente instável? — perguntei diretamente, decidindo que não tinha nada a perder o confrontando.
A expressão dele mudou para algo que poderia ser interpretado como surpresa inocente, mas eu estava começando a conhecer bem demais aquela máscara, especialmente vindo de pessoas nas quais eu costumava confiar.
— Não sei do que você está falando — disse com uma voz que tentava soar genuinamente preocupada. — Afinal, você realmente está mentalmente instável. Só isso explicaria fugir do nosso casamento e depois se casar com um completo desconhecido.
A forma como ele distorcia a realidade, como transformava minha fuga de uma situação abusiva em evidência de insanidade, me fez perder completamente a compostura.
— Para! — gritei, toda a frustração e raiva acumuladas explodindo de uma vez. — Para de fantasiar as coisas! Fala comigo a verdade, pelo menos uma vez na vida! Nós dois sabemos porque eu fugi, para de fingir!
Dominic se recostou na cadeira, um sorriso satisfeito se espalhando pelo seu rosto.
— Tá vendo? — disse calmamente. — É exatamente para evitar esse tipo de comportamento que você vai ficar aqui, sendo devidamente medicada até se acalmar.
A palavra 'medicada' me atingiu como um soco. Eles realmente pretendiam me drogar para me manter submissa.
— Claro — respondi com sarcasmo venenoso —, porque você quer que eu seja um cachorrinho obediente, não é? Como sua amante. Mas não vai dar certo, Dominic. Marco vai vir me buscar.
Mal terminei de pronunciar o nome de Marco quando vi a transformação instantânea na expressão de Dominic. A máscara de civilidade desapareceu completamente, revelando algo primitivo e perigoso por baixo.
Ele se levantou da cadeira com uma velocidade que me assustou e, antes que eu pudesse reagir, suas mãos estavam ao redor do meu pescoço, me pressionando contra a parede fria do quarto.
— Aliás — disse com aquela voz falsa e carinhosa que eu aprendera a odiar —, trouxe chocolates, meu amor. Seus preferidos. Aproveite, dizem que a comida aqui não é das melhores.
A porta se fechou atrás dele com um clique suave, deixando-me sozinha no quarto que subitamente pareceu muito menor e mais claustrofóbico.
Foi só quando o som dos seus passos se afastou pelo corredor que finalmente me permiti render ao estresse acumulado. Um grito de frustração e raiva escapou da minha garganta, ecoando pelas paredes brancas e estéreis.
Peguei a caixa de chocolates que ele havia deixado, exatamente os que eu costumava adorar quando ainda acreditava que ele me conhecia e se importava comigo - e a joguei com toda a força contra a parede oposta.
A caixa se despedaçou, espalhando chocolates pelo chão do quarto, cada pedaço representando uma migalha da vida que eu pensava que teria com ele, agora destruída e irreconhecível.
Me deixei escorregar pela parede até ficar sentada no chão, abraçando meus joelhos contra o peito, tentando processar tudo que havia acontecido. As ameaças, a violência, a confirmação de que ele realmente havia orquestrado tudo.
Mas no meio de todo aquele desespero, uma fagulha de determinação começou a se acender dentro de mim. Dominic achava que tinha vencido, que me tinha exatamente onde queria. Mas ele havia cometido um erro fundamental.
Ele havia subestimado o que eu era capaz de fazer para proteger meu filho. E havia subestimado completamente o homem com quem eu havia me casado.
Marco viria por mim. Tinha certeza disso.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...