~ MARCO ~
Três dias. Três dias desde que havia visto Maitê ser levada pelos próprios pais, e cada hora que passava parecia uma eternidade. O Instituto de Saúde Mental no qual ela estava era um prédio discreto e bem cuidado, nada que sugeria o tipo de lugar onde alguém poderia ser mantido contra a vontade com documentação fraudulenta. Mas eu estava aprendendo que as aparências enganavam quando se tratava do mundo de Dominic Sforza.
Lívia estava sentada ao meu lado na sala de espera, suas mãos entrelaçadas sobre o colo, mas podia ver a tensão em cada linha do seu corpo. Ela não havia parado de se culpar desde que saímos da mansão Bellucci, insistindo que deveria ter feito mais para impedir que Maitê fosse levada.
— Alguma novidade dos investigadores? — ela perguntou em voz baixa, como se temesse ser ouvida.
Não nos víamos ou nos falávamos desde que ela deixou a mansão, apesar de termos combinado de vir juntos tentar visitar Maitê.
— Estamos com tudo em cima do Dominic — respondi, mantendo minha voz igualmente baixa. — Tentando reunir provas concretas sobre os cassinos ilegais, a lavagem de dinheiro, tudo. Mas o cara sabe como se cobrir.
Passei as mãos pelos cabelos, frustrado com nossa falta de progresso tangível.
— Parece que muita gente tem dívidas de jogo com ele, e ele usa isso para mantê-los como aliados — continuei. — Porque do contrário... a pessoa simplesmente desaparece.
Lívia assentiu com uma expressão sombria.
— Deve ser assim que ele conseguiu manter Maitê internada aqui — disse. — Alguém na administração deve estar nas mãos dele.
— Mas não deveriam ser os pais dela a tomarem essa decisão? — questionei, tentando entender a legalidade de toda a situação. — Mesmo que eles tivessem os documentos, ainda que fossem falsos, não seriam os tutores designados a tomarem essas decisões?
Lívia bufou, uma mistura de raiva e desespero.
— Dominic tem eles nas mãos também — disse com amargura. — Não sei como, mas tem. Você deveria ter visto como eles estavam agindo no carro aquele dia. Não eram mais os tios que eu conhecia.
Antes que eu pudesse responder, fomos interrompidos pela chegada de uma enfermeira de meia-idade, uniformizada impecavelmente e carregando uma prancheta. Sua expressão profissional não revelava nada, mas havia algo na forma como evitava nosso olhar direto que me deixou imediatamente alerta.
— Senhor Bellucci? — perguntou, embora claramente já soubesse quem eu era.
— Sim — respondi, me levantando. — Vim visitar minha esposa, Maitê Bellucci.
— Infelizmente — ela disse com um tom que tentava soar pesaroso, mas carregava uma firmeza inflexível —, vocês não vão poder entrar hoje. A paciente ainda não pode receber visitas.
— Por quê? — Lívia perguntou imediatamente, também se levantando. — Ela está bem?
— Ela está bem, mas ainda está em período de adaptação e muito instável — a enfermeira explicou como se estivesse recitando um script decorado. — Precisando ser medicada em horários exatos e tendo reações adversas que não permitem visitações no momento.
Senti minha mandíbula se contrair. Medicada. A palavra ecoou na minha mente como um alarme.
— Não aguento essa incerteza — desabafou, caminhando rapidamente ao meu lado. — Não sabemos o que estão fazendo com a Maitê ali dentro. E se a estiverem drogando? Essas medicações são muito suspeitas! E se estão tentando quebrar ela psicologicamente?
— Eu sei — respondi, tentando manter minha própria ansiedade sob controle. — Mas temos que agir com a cabeça fria. Se fizermos alguma coisa impulsiva, pode piorar a situação dela.
— Agir com a cabeça fria? — Lívia parou abruptamente. — Marco, são três dias! Três dias que ela está lá dentro, sozinha, com pessoas que podem estar fazendo qualquer coisa com ela!
Eu entendia perfeitamente a frustração dela, porque sentia a mesma coisa amplificada por dez. Cada instinto que eu tinha gritava para invadir aquela clínica e tirar Maitê de lá à força. Mas eu sabia que isso só daria mais munição para Dominic usar contra nós.
— Vamos dar mais alguns dias para os investigadores — disse, tentando convencer a mim mesmo tanto quanto a ela. — Se não conseguirmos nada concreto até o final da semana...
— O que? — ela perguntou. — Vamos fazer o quê?
Eu não tinha uma resposta para isso, e ambos sabíamos.
Estávamos chegando ao carro quando ouvimos uma voz às nossas costas:
— Ela está tão destruída. Vocês precisavam ver! Pena que não podem.
Viramo-nos simultaneamente.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...