~ MAITÊ ~
O refeitório estava mais movimentado na hora do almoço, mas conseguimos uma mesa num canto mais reservado, apenas nós quatro - eu, Zoey, Mia e Lívia. Christian, Luca e Marco ainda estavam em reunião com os organizadores, provavelmente tentando registrar uma queixa formal sobre os materiais defeituosos.
Zoey estava visivelmente frustrada, mexendo no prato sem muito apetite. A botinha ortopédica que agora usava no pé direito era um lembrete constante de como as coisas haviam saído do controle na atividade da manhã.
— Como está a dor? — perguntei, observando como ela ajustava a posição da perna sob a mesa.
— Suportável — resmungou. — Mas é humilhante estar fora das atividades mais radicais. Vim para competir, não para ficar sentada assistindo.
— Mas você foi super corajosa e salvou a Maitê — Lívia observou, tomando um gole de água. — Poderia ter sido muito pior.
— Exato — Mia concordou. — E falando nisso, é muito estranho que só os materiais da nossa equipe parecessem deteriorados dessa forma.
— Não teve nada de estranho — declarei firmemente. — Zoey estava certa. Foi sabotagem. Eu poderia ter me machucado seriamente se tivesse caído.
Lívia me olhou com aquela expressão analítica que reconheci como seu modo de processar problemas logicamente.
— Mas vamos ver o lado lógico? — disse Mia, gesticulando com o garfo. — Não tinha como saberem que justamente você ia pisar numa tábua ruim.
Zoey concordou com um aceno, mas acrescentou:
— Mas tinha como saber que alguém pisaria. Talvez a Monteiro só esteja querendo nos amedrontar, criar instabilidade psicológica na equipe.
— E está funcionando? — uma voz perguntou atrás de Zoey.
Todas nós nos viramos simultaneamente. Vivianne estava parada ali com uma bandeja na mão, sorrindo como se nossa conversa fosse a coisa mais normal do mundo.
Sem esperar por um convite, ela puxou uma cadeira vazia de uma mesa próxima e se sentou conosco.
— Reunião de meninas? — perguntou, arrumando sua bandeja com movimentos precisos. — Sinto falta disso. Minha equipe é quase toda masculina.
O silêncio que se seguiu foi tenso. Zoey, Mia e Lívia trocaram olhares desconfortáveis, claramente não sabendo como reagir à intrusão inesperada.
— Sabem como é liderar homens sendo uma mulher? — Vivianne continuou conversando como se fosse amigas de longa data de todas ali.
— Não sei — respondi, minha voz carregada de uma frieza deliberada. — Me diga: você tem que recorrer a sabotagens para ganhar respeito?
Vivianne riu, um som genuinamente divertido que me irritou ainda mais.
— Já disse, Maitezinha — retrucou com aquela doçura falsa que me fazia ranger os dentes. — Pare de pensar que tudo é sempre sobre você. Não tivemos nada a ver com isso.
Ela se virou para Zoey com uma expressão de preocupação perfeitamente ensaiada.
— Inclusive, Zoey, como está o pé?
— Eu e você? Unidas contra Dominic? Seria épico!
O absurdo da sugestão me deixou momentaneamente sem palavras. Depois de tudo que havia acontecido, depois de todas as manipulações e traições, ela realmente achava que eu consideraria me aliar a ela?
Me levantei da cadeira, encontrando seus olhos diretamente.
— Vivianne — disse, minha voz saindo mais firme e fria do que havia imaginado ser capaz — você pode ter enganado Dominic, pode ter roubado a Monteiro, pode até conseguir sabotar algumas cordas podres. Mas há uma coisa que você jamais vai conseguir.
Fiz uma pausa, observando como sua expressão confiante começava a vacilar ligeiramente.
— Jamais vai conseguir me convencer de que não é exatamente a mesma pessoa manipuladora e traiçoeira de sempre. E jamais — minha voz subiu ligeiramente — jamais vou me unir a você contra qualquer pessoa neste mundo.
Vivianne piscou algumas vezes, claramente não esperando uma rejeição tão categórica e pública.
— Porque sabe de uma coisa? — continuei, sentindo toda a raiva e frustração dos últimos meses finalmente encontrando uma saída. — Prefiro enfrentar Dominic sozinha do que ter que sequer respirar o mesmo ar que você.
O silêncio que se seguiu foi absoluto. Até mesmo o barulho das outras mesas pareceu diminuir. Vivianne me olhou por um longo momento, seu sorriso finalmente desaparecendo completamente.
— Interessante — disse finalmente, sua voz perdendo toda a falsa cordialidade. — Muito interessante.
E com isso, ela se afastou, deixando as quatro de nós sentadas numa mesa carregada de tensão.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...