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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 450

~ MAITÊ ~

A fogueira crepitava alto na floresta, iluminando os rostos dos trinta membros da equipe Bellucci que se espalhavam ao redor do fogo numa grande roda irregular. O ar estava gelado, mas as chamas proporcionavam um calor reconfortante que tornava a noite agradável apesar do inverno rigoroso das montanhas.

Era um momento de leveza depois de um dia intenso. Apesar de termos perdido a atividade da ponte, nossas duas vitórias nos colocavam na liderança geral da competição. E o melhor de tudo: a Monteiro estava em último lugar.

— Brinde à equipe mais unida que já vi! — Christian gritou do outro lado da fogueira, erguendo sua taça de vinho.

Gritos de aprovação ecoaram pela floresta, e várias pessoas bateram palmas. A atmosfera estava festiva, com conversas animadas acontecendo em pequenos grupos ao redor do fogo.

Marco estava sentado ao meu lado, nossos ombros se tocando para compartilhar calor. O brilho das chamas dançava em seu rosto, criando sombras que o faziam parecer ainda mais bonito. Lívia se acomodara numa pedra próxima, Luca estava sentado no chão com as costas apoiadas numa árvore, e Mia segurava um espeto com marshmallows sobre as chamas.

— Alguém quer? — Mia ofereceu, mostrando um marshmallow perfeitamente dourado.

— Eu quero — disse, estendendo a mão.

O doce estava quente e pegajoso, com uma textura estranha que me fez rir enquanto tentava mastigar.

— Primeira vez? — Marco perguntou, notando minha expressão de surpresa.

— Comendo marshmallow ao redor de uma fogueira? — Ri, finalmente conseguindo engolir. — Definitivamente.

Marco me olhou com genuína surpresa.

— Você nunca acampou antes?

— Acampei sim — respondi, observando as fagulhas que subiam em direção às estrelas. — Mas era bem diferente.

— Como assim?

Suspirei, organizando as memórias da infância que eram uma mistura estranha de privilégio e pressão constante.

— Nos tempos áureos, a Salvani organizava acampamentos numa reserva próxima à unidade matriz dos parques — expliquei. — Era uma das atividades promocionais mais famosas. Famílias vinham de todo o país.

— Parece divertido — alguém comentou do outro lado da fogueira.

— Poderia ter sido — concordei. — Mas como filha dos donos, meus pais sempre estavam por perto. Eu não podia me divertir de verdade porque tinha que ser perfeita o tempo todo.

— Perfeita como? — Marco perguntou, se inclinando ligeiramente para me ouvir melhor sobre o crepitar das chamas.

— Bem — comecei a enumerar, contando nos dedos — tinha que estar impecavelmente vestida mesmo depois de horas de atividades ao ar livre. Não podia sujar a roupa, não podia desarrumar o cabelo, não podia gritar ou correr como as outras crianças porque sempre havia fotógrafos documentando tudo.

— E se é por falta de história de terror — continuou, seus olhos brilhando maliciosamente à luz das chamas — eu posso começar a remediar isso agora mesmo.

Várias pessoas ao redor da fogueira se aproximaram, claramente interessadas na ideia de uma história de terror.

— Ai, céus, não! — Mia protestou imediatamente, se levantando da sua posição. — Eu prefiro dormir cedo a ouvir uma das suas histórias de terror, Marco!

Ela começou a se afastar da fogueira, acenando para todos.

— Vocês se divirtam — disse, sua voz já se distanciando na escuridão. — Mas não me culpem se eu tiver pesadelos só de ouvir vocês gritando!

— Que exagero — Marco riu, se virando para o grupo expectante. — Minhas histórias nem são assim tão assustadoras...

— Ah, não vai ser de medo! Vai ser de tédio! — ela explicou, rindo, antes de se afastar.

Ele fez uma pausa dramática enquanto revirava os olhos para a fala da irmã, o silêncio da floresta se instalando ao nosso redor enquanto todos aguardavam o início da história.

— Era uma noite de inverno, exatamente como esta — Marco começou com voz baixa e misteriosa — quando uma família decidiu acampar numa floresta isolada nas montanhas...

— AHHHHHHH! — um grito agudo e aterrorizado cortou o ar da noite, vindo da direção onde Mia havia desaparecido entre as árvores.

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