Entrar Via

Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 451

~ MAITÊ ~

— Muito engraçado, Mia — Marco começou a dizer, se levantando do tronco onde estava sentado. — Eu nem comecei a...

— AHHHHHHH! — outro grito da Mia cortou suas palavras, desta vez ainda mais alto que o anterior.

Marco não hesitou nem um segundo. Saltou por cima da tora e saiu correndo na direção dos gritos, desaparecendo entre as árvores escuras. Levantei rapidamente, tentando acompanhá-lo apesar da minha gravidez tornar movimentos súbitos mais complicados.

— MIA! — Christian também gritou, correndo atrás de Marco, seguido por Luca, Lívia e vários outros membros da equipe.

O som dos nossos passos ecoava pela floresta enquanto seguíamos os gritos. Galhos baixos arranhavam nossos casacos, e a escuridão entre as árvores tornava difícil ver onde estávamos pisando. A luz da fogueira ficou rapidamente para trás, e logo estávamos navegando apenas pela luz de algumas lanternas que alguém havia trazido.

— Por aqui! — Marco gritou de algum lugar à frente.

Quando finalmente chegamos à clareira onde Marco havia parado, levei alguns segundos para processar a cena diante de mim. Mia estava ali, perfeitamente ilesa, mas com os braços cruzados numa postura que eu reconhecia como sua expressão máxima de irritação. E diante dela...

Diante dela estava um homem alto e obviamente charmoso, encostado casualmente numa árvore como se a situação toda fosse perfeitamente normal. Mesmo na luz fraca das lanternas, era impossível não notar que ele era bonito - cabelos escuros ligeiramente desalinhados, postura confiante, e principalmente, aqueles olhos distintivos que eu havia aprendido a reconhecer.

Eram olhos Bellucci. Sem dúvida alguma.

— Quem é esse? — perguntei, olhando de Mia para o desconhecido.

— Minha história de terror materializada — Mia respondeu secamente, não tirando os olhos do homem.

O estranho riu, um som baixo e divertido que ecoou pela clareira.

— Que cruel, Mia — disse, sua voz carregada de um charme estudado. — Eu prefiro pensar em mim mesmo como um sonho realizado.

A arrogância casual na forma como ele falou me fez revirar os olhos internamente, mas admito que havia algo magneticamente confiante nele.

Então ele se virou para Marco, empurrando-se da árvore com um movimento fluido.

— Primo — disse, estendendo a mão para Marco num cumprimento casual — aí está você! Bianca pediu para entregar isso.

Ele tirou um envelope do bolso interno do casaco, um envelope elegante lacrado com o emblema dos Bellucci em cera vermelha. Marco pegou o envelope com curiosidade, quebrando o lacre e desdobrando o que parecia ser uma carta.

Não consegui resistir à curiosidade e me posicionei ligeiramente atrás do ombro de Marco para ler junto com ele. A letra de Bianca era elegante mas claramente apressada:

" Marco,

Encontro-me na posição delicada de ter que redistribuir um certo espécime masculino que tem se mostrado excessivamente... generoso com seus encantos pela metade feminina do continente asiático. Por um momento considerei direcioná-lo ao Nate, mas o coitado já enfrenta a iminente chegada de duas criaturinhas humanas e um quadrúpede peludo - seria cruel adicionar um segundo cão à matilha, ainda mais um que carece completamente do charme natural da Ginger.

Portanto, prezado primo, faça bom proveito desta... doação à filial italiana. Considere-o um presente envenenado com laço dourado.

P.S. - Política de trocas e devoluções permanentemente suspensa.

— Ele é irmão mais novo de Antônio e Alessandra — explicou.

Zoey franziu a testa, processando essa informação com uma expressão que indicava que estava fazendo julgamentos mentais sobre essa parte da família.

— Dante Bellucci — o homem se apresentou, estendendo a mão para Zoey com um sorriso que poderia derreter glaciares. — E posso garantir que essa fruta caiu bem longe do pé.

Quando Zoey foi apertar sua mão, ele suavemente a trouxe até seus lábios, depositando um beijo galante no dorso.

— É melhor — Christian disse numa voz baixa mas claramente ameaçadora — essa fruta se manter longe da minha mulher se quiser continuar de pé.

Não consegui conter uma risada diante da reação protetora de Christian. Mas foi então que percebi algo interessante. Durante toda essa interação, Marco havia discretamente me mantido um passo para trás dele, numa posição claramente protetora. Sua mão havia encontrado a minha cintura quase subconscientemente, e ele estava me posicionando ligeiramente atrás de seu corpo.

E eu gostava disso.

Havia algo primitivamente satisfatório na forma como Marco estava sendo territorialmente protetor sem nem mesmo perceber. Claramente Dante Bellucci tinha uma reputação que precedia sua chegada, e Marco estava instintivamente me protegendo de qualquer charme indiscriminado que o recém-chegado pudesse tentar exercer.

Observei Dante interagir com o grupo, notando como ele naturalmente comandava atenção sem nem mesmo tentar. Era óbvio que ele estava acostumado a ser o centro das atenções, acostumado a que pessoas - especialmente mulheres - reagissem positivamente à sua presença.

Mas também era óbvio que Marco não estava nem um pouco impressionado com o primo charmoso e estava tomando medidas silenciosas para garantir que eu permanecesse fora do raio de ação de qualquer encanto casual.

Ele tinha ciúmes de mim!

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )