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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 115

Cap. 114 Quem é a outra?

Ele se inclinou sobre mim me fazendo deitar sobre a cama, prendi a respiração ao sentir as mãos dele correr pela minha cintura, ele era como uma montanha por cima de mim, muito maior e cada parte definida que exalava um pouco de perigo, daqueles que parecia que uma vez quando você esta por baixo não consegue escapar, mas... ao mesmo tempo que eu queria fugir, ele avançou contra meu corpo e de repente meu corpo está a disposição dele sem conseguir me mover com ele pressionado entre minhas pernas com o peso do seu corpo sutilmente sobre o meu.

— Sim... um pouco — respondi, a voz saindo quase como um sussurro hesitante. Seus olhos intensos não facilitavam em nada a minha tentativa de manter a compostura. Senti o calor subir pelo meu pescoço.

Ele suspirou, um som rouco que pareceu ecoar no silêncio do quarto. Seus dedos ainda seguravam meu queixo, mas a intensidade de antes havia se dissipado, dando lugar a uma preocupação genuína.

— Aurora... olha para mim. — Sua voz era mais suave agora.

Levantei os olhos, encontrando os seus. Aquele fogo que ardia há pouco havia sido substituído por algo mais calmo, mais... ponderado.

— Eu não quero que você faça nada que não queira. Nada. Entende? — Ele esperou minha confirmação com um olhar sério.

Assenti levemente, sentindo um nó na garganta se desfazer. Aquele pequeno gesto, aquela pergunta, haviam dissipado parte da minha insegurança. Era como se, naquele instante, ele tivesse se lembrado que havia uma pessoa ali, com seus próprios sentimentos e receios, e não apenas um objeto de desejo.

— Mas... eu quero... — murmurei, a timidez ainda presente, mas com uma nova dose de confiança.

Um leve sorriso curvou os lábios dele.

— Tem certeza? Absoluta?

— Sim — afirmei, um pouco mais alto dessa vez, sentindo um calor diferente me invadir, um misto de excitação e um certo alívio.

Ele pareceu hesitar por um instante, o olhar desviando brevemente para algum ponto do quarto antes de voltar aos meus olhos. Havia uma sombra de frustração ali, mas também uma determinação que eu não compreendia totalmente.

— Merda... — ele sussurrou, a testa franzida. — Eu... eu esqueci completamente.

— Esqueceu o quê? — perguntei, a curiosidade falando mais alto que a minha timidez.

Ele passou a mão pelo cabelo, um gesto de impaciência.

— A proteção. Eu não tenho nada aqui.

Mesmo casados, a responsabilidade de evitar uma gravidez não planejada pairava sobre ele. Senti um misto de decepção e um estranho alívio. Aquele momento intenso, carregado de desejo, esbarrava em uma barreira prática.

Desviei o olhar para o volume em sua calça, que agora parecia ainda mais evidente. Um rubor me invadiu novamente além do receio.

— Ah... — foi tudo o que consegui dizer.

Ele soltou meu queixo e se afastou um pouco da cama, passando a mão pelo rosto.

— Não era para ser assim. Eu... eu me deixei levar. Me desculpa, Aurora.

Percebi a sinceridade em suas palavras, o respeito em seu afastamento. Aquela hesitação inicial, aquele suspiro pesado, mas eu sentia como se tivesse algo mais além disso.

— Tudo bem — respondi, um pequeno sorriso surgindo em meus lábios.

— Certeza? Eu sei que...

E se ele já estivesse com alguém esse tempo todo?

Minutos depois, ouvi a porta do escritório se abrir. Andrews voltou para o quarto. Seus olhos caíram sobre mim e ele parou por um segundo na soleira, observando.

— Desculpa sair assim... era uma ligação importante.

Assenti, sem conseguir responder. Minhas mãos apertaram o tecido da colcha com força.

— Você tá bem? — ele perguntou, com aquela voz que eu conhecia bem — atenta, preocupada.

— Claro — respondi, tentando sorrir. — Só... cansada.

Ele pareceu notar a diferença no meu tom, mas não disse nada. Se aproximou, parou à minha frente e estendeu a mão para tocar meu rosto, mas hesitou no último instante.

— Aurora... — murmurou, mas não completou.

— Eu posso voltar para o meu quarto, se quiser descansar sozinho — falei antes que ele dissesse mais alguma coisa, me levantando com um esforço visível para parecer neutra.

— Não, não quero que vá. Quero você aqui. — Ele tocou minha mão. — eu tive um pequeno imprevisto agora, mas não se preocupe com isso. — ele disse me passando confiança, mas eu estava incomodada.

Engoli em seco. Como ele sabia o que eu estava pensando? Ou talvez só estivesse tentando aliviar a tensão que já pesava no ar.

Andrews me puxou devagar para um abraço. E, mesmo com a cabeça encostada em seu peito, mesmo com os braços dele ao meu redor, o espaço entre nós parecia maior do que nunca, quem era seu amor maior? Isso estava me deixando incomodada de verdade, mas não quero interrogar e saber de qualquer desculpa, já que ela estava vindo a mansão.

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