Cap. 136 Encontro planejado.
Ele sorriu. Um sorriso preguiçoso, com uma arrogância disfarçada de simpatia.
— Relaxa, Aurora. Não vou fazer nada com você. Só vim fazer um favor para minha irmã.
Ela hesitou, olhando ao redor. Não havia mais ninguém por perto.
— Você sabe que se tentar algo vai se arrepender, não sabe?
— Eu sei, mas não vou tentar nada, eu só vim fazer o que sua irmã me pediu.
— Por que vocês estão próximos assim?
— Ah... bom... — ele hesitou coçando a cabeça. — é que ela já foi casada com meu irmão, é uma longa história, mas não vamos falar disso, eu tenho só que fazer isso para ela.
— Aqui está o que ela pediu. — disse sem delongas, entregando o pacote com firmeza, sem se aproximar mais do que o necessário.
Ronald pegou o envelope e o sacudiu levemente como se conferisse o peso. Satisfeito, guardou-o sob a jaqueta.
— Não quer uma carona? — perguntou com um tom casual demais. — Sei que você não gosta de andar por essas bandas sozinha.
— Não. Estou bem. — respondeu com firmeza, dando um passo para trás.
Mas antes que conseguisse se afastar, ele a segurou pelo braço com rapidez.
— Ei… — disse em voz baixa, puxando-a para perto, uma das mãos agora firme em seu ombro. — Não precisa fugir de mim assim. Sabe… eu ainda penso em você.
Aurora tentou se desvencilhar, mas Ronald apertou um pouco mais.
— Eu juro, vou te conquistar de novo, Aurora. Uma hora ou outra, você vai ver que esse seu marido só tá brincando de amar você.
Os olhos dele queimavam com uma confiança doentia, como se ela ainda lhe pertencesse.
Aurora sentiu um arrepio percorrer a espinha. Havia algo naquele olhar que a fazia querer correr, mesmo que ele ainda estivesse sorrindo. Mesmo que fingisse que era só um reencontro inocente.
— Solta o meu braço, Ronald — disse, firme, mantendo o olhar direto, apesar do medo crescendo dentro dela.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, um carro preto virou discretamente a esquina, e o segurança de Andrews se posicionou a poucos metros de distância, observando, pronto para agir.
Ronald pareceu perceber. Ele soltou o braço de Aurora devagar, sorrindo como se nada tivesse acontecido.
— A gente se vê, princesa — disse, piscando.
Aurora virou e saiu dali o mais rápido que pôde, sem correr, mas com o coração disparado.
No carro, o segurança pegou o telefone e ligou para Donovan.
— Já sei quem ela foi encontrar.
— Quem? — Donovan perguntou, já tenso.
— Um rapaz chamado Ronald o mesmo que Andrews disse para manter vigilância para que ele não se aproximasse de aurora, mas ela mesma foi o encontrar.
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