Cap. 148 Em harmonia.
Andrews me encarava de forma descaradamente interessada, o olhar percorrendo minha camisola com uma lentidão provocadora.
Havia algo nos olhos dele como desejo e surpresa, como se não esperasse me ver assim. Aquele olhar me atravessou feito fogo e me senti vitoriosa por dentro, como se tivesse acabado de ganhar uma aposta silenciosa.
Tive vontade de pular feito criança, mas me contive com um sorriso contido nos lábios.
— Vem cá, não quer relaxar? — murmurei com a voz mais suave que encontrei, estendendo a mão para ele. — Deita de bruços pra mim?
Ele arqueou uma sobrancelha e caminhou até mim, com aquele sorriso cético e meio divertido brincando no canto dos lábios.
— Parece algum pedido indecente, mas não gostei desse “pra mim”. — provocou, me olhando de esguio com fingida desconfiança.
— Você pode tirar a calça, se quiser ficar mais confortável — sugeri, mordendo um sorrisinho.
— Minha calça? — Ele riu, balançando a cabeça. — Que intenções você tem, Aurora? Vou ficar com a minha calça, até porque… estou sem nada por baixo dela.
— Ah... — sorri largamente, fingindo inocência. — Consegui perceber bem, mas ainda assim te ofereci uma massagem, não uma provocação.
Ri e o empurrei de leve pelo ombro.
— Não parecem boas intenções, mas as melhores intenções. — ele me deu uma piscadela em seguida apertando o ombro com desconforto.
— As melhores intenções possíveis, seu bobo. Só quero cuidar de você. Relaxa.
Ele finalmente cedeu, deitando-se de bruços na cama espaçosa do quarto. O tecido fino da calça escura deixava evidente a firmeza de suas pernas e a curva bem definida dos glúteos. Observei enquanto ele se esticava preguiçosamente, os músculos das costas se alongando sob a pele como os de um felino relaxado. Meu coração deu um salto silencioso. Era difícil não encarar e apreciar.
Subi na cama com cuidado, posicionando-me sobre ele com um movimento ágil. Ele soltou um murmúrio baixo ao sentir meu corpo sobre o dele, as minhas pernas de cada lado da sua cintura. A proximidade era quente, envolvente. A tensão era sutil, mas presente e deliciosa.
— Confortável? — perguntei, inclinando-me sobre ele. Senti o leve enrijecer dos músculos sob mim.
— Mais do que você imagina — murmurou com a voz rouca, sem abrir os olhos.
Peguei o frasco de gel de massagem na mesa de cabeceira. O aroma suave de lavanda preencheu o ar, e despejei um pouco na palma das mãos antes de esfregá-las para aquecer o líquido. Comecei a espalhar o gel pelas costas largas dele, sentindo os músculos tensos sob meus dedos. Passei pelas omoplatas, desci pela coluna, explorando com calma e atenção.
— Está doendo em algum lugar específico? — perguntei, agora mais concentrada no que fazia.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.