Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 152

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Cap. 150: Um homem mais perigoso do que imagina.

Janete permaneceu em silêncio por alguns segundos após a partida de Aurora. O café ao redor parecia distante, como se sua mente estivesse mergulhada em uma névoa espessa. As palavras da outra mulher ainda ecoavam em sua cabeça, cada uma mais afiada que a anterior.

— Você sabia que ele foi parar na cadeira de rodas porque o seu amante tentou matá-lo?

Uma lágrima solitária escapou antes que ela pudesse impedi-la. Levantou-se abruptamente, os passos vacilantes, e seguiu em direção ao banheiro, querendo apenas se recompor, respirar, fingir que ainda tinha controle sobre alguma coisa.

Mas não teve tempo.

Antes que pudesse alcançar a porta do corredor lateral, foi puxada com violência. Um baque surdo soou quando suas costas bateram contra a parede. Ela arfou, o ar sumindo dos pulmões, e em seguida sentiu uma mão apertando seu pescoço. A visão embaçou. O mundo girou por um instante.

Quando seus olhos finalmente se ajustaram, encontrou o olhar de Andrews.

O ódio nos olhos dele era intenso como uma chama prestes a entrar em combustão.

— Andrews... por favor... — sussurrou, a voz falha, o medo latejando em cada sílaba, sentindo os dedos dele apertarem seu pescoço como se quisessem quebrá-la.

Mas ele a soltou num impulso repentino. As mãos tremiam ao conter o desejo irado que fervia em sua mente — agora apoiadas na parede, os olhos ainda fixos nos dela, como se a cada segundo ele lutasse contra algo que o corroía por dentro.

— Onde estão seus pais agora? — perguntou, com a voz grave, baixa, quase um sussurro envenenado. — Você não está mais no seu palácio dourado, não é? O que eu deveria fazer com você?

— Andrews... eu... por favor... eu sinto muito... — ela balbuciou, com lágrimas escorrendo pelo rosto. Em um rompante de desespero, envolveu-o em um abraço apertado, chorando contra o peito dele. — Nós ainda podemos ser felizes... podemos tentar de novo... eu não sabia o que tinha acontecido naquela época.

Mas Andrews a empurrou com força. A repulsa em seus olhos era visceral. Um sorriso sombrio curvou seus lábios.

— Você está pedindo algo ao antigo Andrews? — murmurou, com desdém. — Mas deixa eu te contar algo sobre o novo...

A sombra se aprofundou em seu olhar.

— Ele te odeia. Desde o dia em que você fugiu com outro homem que tentou matá-lo. E você matou o filho que esperávamos.

— Eu não sabia... — Janete chorava. — Eu juro que não sabia que ele tentou te matar. Se eu soubesse...

— Não faria diferença. — cortou ele, sem piedade. — Você é isso. Uma mulher podre, sem caráter. Deveria começar a se pôr no seu lugar e parar de achar que tem direito a alguma coisa. Saiba que cada centavo que você está extorquindo da Aurora está se acumulando na dívida dos seus pais, com cem por cento de juros. Não se engane achando que está ganhando alguma vantagem. Ninguém fica acima de mim.

Ela caiu de joelhos, suplicando com os olhos, com os gestos.

— Me desculpa pelo que ele fez com você, Andrews...