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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 154

Cap. 152 Onde Mais, Andrews?

Ele virou o rosto devagar para ela, e um sorriso torto surgiu nos lábios dele. Levantou a mão e pousou suavemente no topo da cabeça dela, como se ela fosse uma coisa preciosa que ele ainda não sabia como lidar.

— Só quando se trata de você — murmurou. — Não queira saber como eu resolvo com as outras pessoas.

Ela arqueou uma sobrancelha, mas não respondeu. Apenas soltou um suspiro e se moveu, apoiando as pernas sobre o colo dele enquanto se inclinava para frente, ajudando-o a abotoar a camisa ainda meio desalinhada. Andrews observava cada movimento com um sorriso divertido, tentando arrumar os fios rebeldes do cabelo dela.

Logo, no entanto, as mãos dele deslizaram de volta para as coxas dela, acariciando a pele com delicadeza. A textura macia aveludada parecia ter ficado impressa na memória de seus dedos.

— Pode me deixar na universidade? — ela perguntou, com a voz um pouco mais baixa.

Minutos depois, o carro estacionava discretamente em frente à entrada principal. Mas o discreto durou pouco.

Aurora desceu e sentiu, de imediato, os olhares sobre si. Alguns eram de surpresa. Outros, de pura malícia. E os piores os sorrisos cúmplices — a cercaram como flechas invisíveis. Um grupo de colegas a cumprimentou com acenos e até alguns “legal, hein”, como se ela tivesse ganhado na loteria.

Ela entrou na sala como quem atravessa um campo minado. Mal sentou e já estava com os braços cruzados sobre a mesa, apoiando o rosto nas mãos, os olhos pesados. O cansaço era físico e emocional.

Alice a observava com suspeita.

— O que foi que aconteceu com você? — perguntou, semicerrando os olhos.

Aurora gemeu baixinho, escondendo o rosto entre os braços.

— Andrews... ele tá me dando trabalho, como um homem pode ser tão intenso?

— Que tipo de trabalho ele tem te dado? Não seria ao contrario?

Ela virou só o rosto, revelando os olhos semicerrados.

— Eu nunca pensei que ele fosse do tipo que resolve o estresse de forma tão... depravada, dormitório, carro... onde mais? Ele me deixa constrangida. — murmurou, escondendo o rosto novamente e encostando a testa na mesa.

Alice arregalou os olhos, escandalizada, e imediatamente olhou ao redor, sussurrando apressada.

— Aurora! Fala mais baixo!

Mas já era tarde demais.

Duas colegas haviam escutado e começaram a se aproximar. Em segundos, toda a mesa estava cercada por meninas curiosas.

— Olha só — comentou uma delas, sorrindo. — A Aurora não se diverte mais quebrando o coração dos caras…

— Parece que agora ela anda se divertindo se quebrando em cima deles — disse outra, soltando uma gargalhada.

Aurora resmungou um “me deixem em paz” abafado contra a mesa.

Alice, mesmo tentando manter a compostura, acabou rindo.

— Bem feito — provocou. — Quem manda ter a língua solta?

Aurora virou o rosto, semicerrando os olhos como quem jurava vingança silenciosa.

— Eu vou fingir que não ouvi isso... — murmurou.

E as garotas seguiram rindo, como quem saboreia um escândalo recém-saído do forno. Aurora, por sua vez, não sabia se ria ou cavava um buraco para se esconder.

Era hora do almoço. A universidade começava a esvaziar, os alunos se espalhando pelos corredores, em direção à cantina ou aos bancos do jardim. Aurora caminhava distraída pelo corredor principal quando seu celular vibrou.

“Estou te esperando no estacionamento.”

Era Andrews.

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