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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 155

Cap. 153: Importante para alguém.

Andrews levou aurora para almoçar em um restaurante e Alice tinha voltado com rodrigo até o apartamento dele.

O cheiro de alho dourando na manteiga se espalhava pelo pequeno apartamento de Alice. Ela mexia distraidamente a colher de pau na frigideira, concentrada, enquanto o arroz cozinhava no fogo baixo.

Rodrigo, que até então estava largado no sofá com o braço engessado apoiado numa almofada, se aproximou em silêncio. O cabelo um pouco bagunçado, o rosto ainda marcado por olheiras e o andar meio torto denunciavam o incômodo — mas mesmo assim, havia algo nele que continuava desafiadoramente bonito.

Ele encostou no balcão da cozinha e ficou olhando para ela por alguns segundos, até arriscar com a voz baixa, quase tímida:

— Alice...

Ela não respondeu, apenas ergueu as sobrancelhas como quem dizia "fala logo".

Rodrigo pigarreou, desviando o olhar por um instante e depois encarando-a diretamente.

— Você... sairia comigo? Um jantar. Algo decente. Com a comida feita por alguém... eu também sou bom na cozinha, prometo que te cozinho alguma coisa quando eu melhorar também, o que acha?

Alice riu, mas não de um jeito gentil. Era quase sarcástico.

— Rodrigo, você tá com o braço quebrado. Eu só tô cumprindo minha obrigação por ter te machucado. Não confunda as coisas... — ela comprimiu os lábios em seguida fixando seus olhos distante.

Ele se aproximou mais um pouco, a passos lentos, como se dançasse em campo minado.

— Ah, então você só vem mesmo por culpa? Não foi porque sente... sei lá, uma leve atração por esse meu charme natural, essa minha voz aveludada, esse olhar de cachorro meio surrado? — ele brincou fazendo com que ela sorria.

Alice virou de frente pra ele com a colher de pau apontada como uma arma.

— Eu te trouxe pra cá porque você ameaçou morrer desidratado no estacionamento da universidade, o que posso fazer se você está sempre me seguindo e cobrando o fato de que não pode fazer nada sozinho? Eu não sou tão desumana assim.

Rodrigo sorriu, ousando mais um passo até ficar a poucos centímetros dela.

— Mas você se importa. Eu vejo como você cuida. Isso não é só culpa... é carinho. Vai dizer que não pensou em mim nem uma vez nas últimas noites? Você dorme aqui, mesmo que ainda escolha dormi no sofá todas as noites, estamos quase morando juntos.

— Não estamos morando juntos. E você não contou a ninguém, certo? — A voz dela era firme, mas havia um leve tremor.

— Andrews nem sabe que estou aqui. — Leo sorriu, desconcertado, mas ela não se convenceu. — Claro que ele não sabe. Você arrumou qualquer desculpa só pra me trazer pra cá e me fazer cuidar de você. Eu só não te matei por causa do seu braço quebrado, mas se tentar algo contra mim, vai se arrepender. — A frieza no tom dela era um alerta claro.

Ele tentou suavizar.

— Por que sempre na defensiva? Eu só te convidei por amizade.

Alice arqueou uma sobrancelha.

— Amizade? Depois de perguntar se eu não sinto atração por você? — Passou os dedos pela franja, mantendo o olhar firme nele. Era um desafio mudo.

Ele hesitou.

— Então acho que isso não cola mais, né? — murmurou, visivelmente sem graça. — Você tem uma impressão errada de mim, mesmo que eu nunca tenha...

— Eu não tenho uma péssima impressão de você — interrompeu Alice, mais baixa. — Eu só não gosto de confiar... nos homens. — Baixou os olhos. As palavras vinham de um lugar profundo.

Rodrigo viu uma brecha. Levantou a mão boa, devagar. O toque no rosto dela foi leve, hesitante, quase terno.

— Alice...

Inclinou-se. A respiração quente roçou a pele dela, os lábios próximos demais. Alice entendeu aquilo como uma investida disfarçada.

Num instante, a fragilidade se desfez. Ela agarrou o pulso dele com força e o bateu contra a pia. O som seco ecoou no apartamento. O olhar dela agora era puro aviso e ao mesmo tempo preocupação ao agir de forma descuidada.

— AHHH! — Rodrigo caiu de joelhos com um grito abafado, levando a mão engessada ao peito e curvando-se de dor. — Porra, Alice! Você quer me matar?

— Você é louco?! — ela se desesperou, jogando o pano de prato no chão e se abaixando ao lado dele. — Eu nem toquei forte! Acho que foi no susto! Você que se aproximou assim do nada! Como pode ser tão descarado, eu disse que não gosto!

— Doeu! Meu osso gritou! Eu ouvi ele me xingar! — ele gemeu, contorcendo-se.

— Ai, meu Deus. — ela passou a mão nos cabelos. — Eu juro que isso tá virando um ciclo, De novo no hospital...

— É, mas da próxima vez que eu tentar me aproximar, vou usar um capacete e um colete à prova de Alice. — ele disse se acalmando enquanto segurava a dor.

Ela tentou conter o riso, mas não conseguiu.

— Levanta, vai. Eu te levo.

— depois disso tudo... acho que você vai morar comigo, o que acha?

— Cala a boca, Rodrigo.

Eles seguiram novamente para o hospital, assim que chegaram ele foi atendido e levado para fazer Raio-x

Rodrigo estava deitado na maca, o cenho franzido em dor e a testa coberta de suor. O médico terminou de observar o raio-X e soltou um suspiro pesado, virando-se para eles.

— Infelizmente, a fratura agora é completa. Vai ser necessário fazer uma cirurgia para corrigir... com pinos.

Alice o olhou nos olhos e, pela primeira vez, sua expressão estava completamente desarmada.

— Bom... Eu ferrei o seu pulso de vez. Agora vou ter que cuidar de você como uma enfermeira dedicada, não sei o que pode acontecer com duas pessoas vivendo no mesmo espaço, mas porque não tentar?

Rodrigo fechou os olhos, girou de lado teatralmente e murmurou com falsa indignação:

— Meu Deus... eu me apaixonei por uma mulher louca. E agora? Como vou viver com isso?

Alice riu, empurrando o ombro dele com cuidado.

— Vai viver com antibiótico, repouso e talvez sopinha.

— Se for sua sopinha, acho que vale a pena, você cozinha bem, espero que meu pulso esteja melhor daqui a uma semana, ainda mais com que Andrews tem planejado.

— do que está falando?

— ele está planejando uma festa surpresa para o aniversário de aurora.

— Não sabia...

— você está planejando algo? Andrews sugeriu que todos os conhecidos ajudassem a organizar porque será uma festa surpresa e um evento oficial que a torna uma figura ligada a Andrews de forma oficial, você acha que é um problema essa comemoração?

— bom... ela nunca gostou de seu aniversário, mas... tinha alguém que sempre comemorava no seu dia, era alguém que.... acho que nunca vamos descobrir de verdade.

— como assim?

— bom... quando aurora entrou no orfanato, ela era a única criança que recebia um urso por mês, era um pequeno ursinho com um bilhete que dizia... era tipo... Hoje faz exatamente 2.922 dias que você nasceu.

Dois mil novecentos e vinte e dois dias desde que o mundo ficou mais bonito, mais leve e infinitamente mais especial, te amo minha filha.

— ela tem uma caixa com todos esses bilhetes, era a coisa que ela mais amava, mas... — ela abaixou a cabeça como se fosse algo triste.

— o que aconteceu?

— Pensávamos que fosse a mãe dela, mas não era, aurora chorou tanto naquele dia... ela jogou aquela dezenas de ursos fora e a caixa com todos os bilhetes que ela guardava com amor.

— você se preocupa tanto com sua amiga, está sempre colocando ela em primeiro lugar, mas você já pensou em cuidar de como você se sente?

Enquanto isso na mansão, aurora tinha acabado de chegar com Andrews, Jascy saiu para os encontrar com um aviso.

— chegou um pequeno pacote para você aurora, já foi averiguado e está na sua cama. — ela avisou e aurora encarou Andrews de forma confusa, perguntando se foi ele, mas ele apenas balançou a cabeça negativamente indicando que não, era estranho aurora receber um pacote na diretamente na casa de Andrews.

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