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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 157

Cap. 155 afastamento de um pai.

Andrews avisou que pediria uma sala particular e assim seria melhor para conversarem e seguiu com o garçom para ver os disponíveis e escolher, assim que fez chamou aurora e o pai dela para seguir.

Aurora e o pai caminharam em silêncio pelo corredor estreito até a sala indicada por Andrews. Ele havia resolvido tudo com o barman com a naturalidade de quem conhecia aquele lugar mais do que deveria. A sala era pequena, mas elegantemente decorada — luz amarelada, uma mesa redonda com apenas quatro lugares e taças dispostas com delicadeza. Era um contraste gritante com o clima pesado que os acompanhava.

Assim que entraram, Aurora se aproximou da mesa e, quase sem pensar, colocou o pequeno urso de pelúcia sobre ela, com o bilhete ainda preso ao pescoço.

O pai dela observou a cena e sorriu com os olhos marejados, como se aquilo quebrasse décadas de distância. Sentou-se devagar, os ombros pesados por um peso que não era físico.

— Você... gostava dos presentes? — perguntou com a voz hesitante, como se tivesse medo da resposta.

Aurora o encarou com dor e surpresa, os olhos cheios d’água.

— Por que nunca se identificou?

Ele abaixou o olhar, os dedos se cruzando nervosamente sobre a mesa.

— Porque eu não podia. — disse. — Eu fui fraco... quanto à sua mãe... e quanto à mãe de Janete também me proibiram... Mulheres de gênios fortes. Mulheres que exigiam o mundo. A intenção nunca foi te abandonar, Aurora, eu juro...

Mas Aurora se adiantou, magoada.

— Você me mandava esses ursos desde que eu era criança. Quando eu nem sabia ler! — ela chorava agora, a voz trêmula, o coração despedaçado. — Essas coisas... eram as únicas que me faziam feliz. Me davam esperança de que minha mãe só estava me protegendo, que algum dia você apareceria. E era você. O tempo todo era você...

Ela fungou, tentando respirar fundo, mas a emoção parecia não caber no peito.

— Eu senti tanta falta... tanta falta de um pai, de uma família. E enquanto isso você estava construindo outra. Depois de largar a mim e ao meu irmão.

— Aurora! — ele exclamou, os olhos arregalados pela dor. — Eu jamais abandonei vocês três!

A frase ficou suspensa no ar como uma pedra no estômago.

Aurora congelou.

Aurora, em choque, não conseguia dizer nada. As palavras ecoavam como um trovão atrasado em sua cabeça. Pérola não era filha de seu padrasto. A traição silenciosa entre seus pais. E aquele homem diante dela... não era só o pai ausente, era um homem quebrado, tentando consertar os estilhaços do passado.

Ela olhou para o urso sobre a mesa. Aquele pequeno símbolo de carinho. Um amor paternal, disfarçado de pelúcia.

— querida... eu não queria fazer nada disso, mas se eu não me mantesse longe, sua mãe levaria vocês para onde eu não poderia alcançar, ela tentou se vingar de mim te mandando para o internato e eu tive que mentir para que algo meu chegasse até você e você lembrasse que não estava sozinha, foi tudo culpa minha, me perdoe queria, por favor.

— me diga? É isso então? Minha mãe me mandou embora porque você queria conviver comigo? Como sua filha?

— sim. — ele confirmou abaixando a cabeça. — eu deveria ter sido mais rígido e lutado por vocês, mas eu fui fraco, me perdoe.

— Eu não sei se consigo te perdoar agora — disse, finalmente, com voz baixa e sincera. — Mas obrigada, Por ter me dado isso., por todos os anos ter cuidado de mim e se lembrado da minha existência, estou feliz no final das costas, mas ainda tem tantas coisas...

— eu soube depois! — ele comentou interrompendo aurora. — eu soube por Andrews que elas estavam tentando te vender, e ele fez o acordo e deu muito dinheiro a nossa família, ele decidiu manter segredo para não ver você magoada por saber que sua família queria te vender.

— elas não são minha família, mas com certeza eu me sentiria humilhada se tivesse sido o senhor. — ela confessou abaixando a cabeça. — obrigada. — ela suspirou se retirando, Andrews a esperava do lado de fora, assim que ela o viu estendeu a mão e saiu dali e mãos dadas e um agradecimento silencioso por ter tirado suas duvidas naquele momento.

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