Cap. 157 decisão drástica.
— É a minha mãe — sussurrou, quase sem voz.
Atendeu com mãos trêmulas.
— Alô?
Do outro lado, a voz de Kelly Bloonson explodiu como uma tempestade.
— Sua ingrata! você perdeu o juízo de vez? o que pensa que está fazendo?
Aurora recuou um passo, como se tivesse levado um tapa.
— Eu não fiz nada, mãe. Eu só...
— Não minta pra mim, sua vadia! — gritou a mulher, com ódio puro na voz. — Você seqüestrou os seus irmãos! EU vou ligar pra delegacia agora mesmo! Você vai pagar por isso!
Aurora sentiu os joelhos fraquejarem, sua respiração ficou rasa. Seus olhos se voltaram para Andrews, em busca de ajuda, de proteção. Ela parecia uma criança prestes a desmoronar.
— Eu... eu não fiz nada — repetiu, tentando se defender.
Kelly não a ouviu. Do outro lado da linha, continuava despejando insultos e ameaças.
Aurora apertou o celular contra o ouvido, mas sua mão tremia tanto que quase o deixou cair. Seus olhos estavam fixos nos de Andrews agora — grandes, assombrados, suplicantes. Um pedido silencioso de socorro.
Ele deu um passo à frente, firme, os olhos faiscando em alerta.
— Me dá o telefone — disse ele, com calma, mas a firmeza de um homem que não admitiria mais um segundo daquela violência.
Aurora hesitou, mas por fim entregou o aparelho, como quem passa uma bomba prestes a explodir.
— Pode repetir? — Andrews perguntou a kelly que ficou em silencio por um segundo.
— O que você quer? Não deveria se meter em assuntos da minha família.
— Eu posso me meter na vida da minha esposa, dona Kelly Bloonson, não é? — repetiu ele, com um sorriso sombrio nos lábios.
Do outro lado da linha, o silêncio era pesado. Por um segundo, só se ouviu a respiração irregular da mulher. Então, ela murmurou:
— O que você disse?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.