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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 18

18 - O Preço da obediência.

A reunião já havia terminado, O silêncio dominava o grande salão, exceto pelo leve estalar da lareira ainda acesa, Aurora esperou até que todos tivessem saído antes de finalmente entrar para limpar os vestígios do jantar luxuoso.

O cheiro forte do vinho derramado e os estilhaços da garrafa quebrada ainda marcavam o tapete caríssimo no centro do salão, Sem olhar para os lados, ela pegou um pano e começou a esfregar o chão de forma ansiosa sem se importar nem com os cacos.

Andrews ainda estava lá, Sentado no sofá, com as pernas cruzadas e um copo de uísque na mão, observava cada movimento dela com um olhar indecifrável, como se fosse a cena já esperava quando se tratava de aurora.

— Sabe quanto custou esse tapete que você manchou? — Sua voz soou calma, porém intimadora que fez o estomago de Aurora se contrair.

Mas não respondeu, Apenas continuou esfregando os dedos, apertando o pano como se sua vida dependesse disso.

— Talvez eu desconte do seu salário, Mas, considerando que você está aqui de favor, sem um contrato, acho que terei que encontrar outra forma de pagamento.

Ela sentiu o sangue ferver, mas manteve a boca fechada enquanto pressionava o pano sobre a parte manchada.

— Nada a dizer? — ele provocou.

Silêncio.

Aurora se recusava a reagir, Havia aprendido que qualquer resposta seria usada contra ela, Em vez disso, continuou seu trabalho, ignorando deliberadamente sua presença, enquanto ele a observava, até sua atenção ser tomada por um barulho.

Mas então seu estômago roncou.

Baixo, quase imperceptível, Mas para Andrews, que estava observando cada detalhe, foi impossível não notar.

Ele arqueou uma sobrancelha e, sem dizer nada, observou enquanto ela hesitava por um instante, segurando o pano com mais força, A fome já estava nublando sua visão, Passara o dia inteiro cozinhando para a reunião e sequer tivera tempo de comer algo, ainda mais por medo de Andrews a estar observando pronto para cobrar por cada petisco consumido.

Ela oscilou ligeiramente ao se levantar, como se o chão tivesse se tornado instável de repente, e se apoiou na mesa de vidro, Andrews a observou com cautela, inclinando-se para frente, mas disfarçou quando ela se endireitou, fingindo estar bem.

— Se vai desmaiar, avise antes, Não quero ter que carregar você. — O sarcasmo em sua voz era evidente apesar da ausência de humor..

— Estou bem. — ela murmurou apertando os olhando tentando ajustar a visão.

Ela voltou a esfregar a mancha no tapete.

O barulho do gelo se chocando contra o vidro do copo dele foi a única coisa que interrompeu o silêncio, Andrews tomou um gole do uísque e, por um momento, ficou apenas observando, suspirando entediado, Aurora não tinha ideia do porquê ele ainda estava ali.

— Olha... eu não posso trabalhar em paz? — ela perguntou, cansada, encarando-o de joelhos ao erguer o tronco.

— Não estou te incomodando, Após ter manchado um tapete de quase oitenta mil, tenho que me certificar de que não vai quebrar mais nada além de uma garrafa cara de vinho, Só hoje foram quase cem mil dólares.

— Fico feliz em te lembrar que posso estragar sua sala luxuosa ao morrer nela.

— Sua... — Ele a encarou, mas foi interrompido ao se engasgar com um dos petiscos. — Que merda! — praguejou, bebendo um copo de suco e batendo no peito para desengasgar.

Ele desviou o olhar, mas não pelo que ela disse, e sim pela forma como ela agia depois daquilo, Aurora simplesmente se ajoelhou no chão e inclinou o corpo, começando a esfregar novamente, Só que nem mesmo ela percebeu que seu vestido estava curto demais para aquela posição.

— Você parece um velhote rabugento, Nunca para de reclamar. — Ela resmungava enquanto tentava esfregar o chão.

— Então eu devo reclamar de estar quase vendo sua calcinha? — ele perguntou, desviando o olhar.

Aurora congelou, Em seguida, ajoelhou-se de imediato e se levantou, constrangida, puxando a barra do vestido para baixo com as mãos.

— Seu... que depravado! — Ela bateu o pé, vermelha como um pimentão.

— Não fui eu que fiquei de quatro para um homem agorinha. — Ele resmungou, constrangido, levantando-se e levando consigo a garrafa de uísque antes de sair a passos largos, deixando-a sozinha em meio à sua vergonha.

— Deus... que vergonha... — ela choramingou, mantendo a cabeça baixa, ainda tentando se recompor. — Mas a culpa foi dele, que me deu esse vestido ridículo!

Andrews seguiu para a sala principal e se sentou no sofá, ainda pigarreando, sem a mínima coragem de continuar no salão, Então ficou ali, apenas para se certificar de que ela conseguiria subir a escada.

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