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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 19

19 - O Peso do Orgulho

Aurora terminou de limpar tudo com grande dificuldade, Cada músculo de seu corpo estava tenso, a dor latejante na mão enfaixada tornava cada movimento mais difícil, Mas ela ignorou tudo, Apenas termine, Vá para o quarto e acabe com isso. Ela repetia isso em sua mente enquanto limpava suportando a dor.

Seguiu em direção à escada, ela estava tão dispersa que nem percebeu que Andrews ainda estava ali sentado no sofá quando atravessou a sala, ela apenas continuou até a escada, sentindo o alívio crescer dentro de si, Finalmente poderia descansar, ele observava enquanto ela subia lentamente cada degrau, como se suas pernas estivesse com algum peso.

Mas seu corpo não suportou mais.

Na metade do caminho, suas pernas fraquejaram, A visão escureceu, Sentiu o mundo girar antes de tudo simplesmente desaparecer, o desespero lhe tomou quando tentou se equilibrar segurando no degrau, mas não conseguiu perdendo a consciência, ela podia sentir que estava caindo e esperava a dor do impacto, mas o tombo veio macio e curto e sentiu como se braços a envolvesse.

O impacto contra o peito de Andrews foi o que lhe amorteceu, Ele a segurou com firmeza, mas sem pressa, como se já estivesse esperando por aquilo, Seu rosto não demonstrava qualquer surpresa, apenas a acomodou em seus braços por um momento ele se manteve parado a analisando, como se esperasse que ela acordasse.

Donovan e Jacy estavam próximos, A governanta arregalou os olhos e, instintivamente, puxou Donovan para se esconder atrás da parede.

— O que está fazendo? — Donovan sussurrou, intrigado.

— Shhh... quero ver o que ele faz. — Jacy respondeu, de olhos atentos.

Andrews olhou para Aurora em seus braços, Ela estava leve, pequena, frágil em comparação à sua presença dominante.

— Ridículo. — Andrews murmurou para si mesmo.

Ele a segurou com mais firmeza e, sem esforço algum, carregou-a escada acima.

Jacy apertou o braço de Donovan puxando para outro quarto antes que Andrews os vissem no corredor.

— Você viu o olhar dele? sei que está escondendo mais por um momento ele demonstrou preocupação.

Donovan apenas balançou a cabeça, observando pela brecha da porta enquanto Andrews sumia pelo corredor a levando até o quarto a colocou na cama.

Aurora foi voltando à consciência aos poucos, Seu corpo estava quente, sua mente confusa, A última coisa de que se lembrava era de limpar o salão... e depois, nada, Como se um véu tivesse se abaixado sobre suas lembranças.

Quando abriu os olhos, a luz fraca do abajur iluminava o quarto, banhando tudo em tons âmbar, O cheiro de madeira e lençóis limpos a envolveu, um aroma reconfortante que contrastava com a confusão em sua mente.

Andrews não estava lá,

Tentou se levantar devagar, mas o mundo ainda parecia girar, Seus músculos estavam fracos, como se ela tivesse corrido uma maratona.

No corredor, Andrews caminhava em direção ao quarto de Jacy, Queria que alguém supervisionasse Aurora, já que ela claramente não conseguia se cuidar sozinha, Mas, ao mesmo tempo, sentia-se estranhamente culpado por tê-la deixado sozinha.

Ao bater na porta da governanta, ninguém respondeu, O silêncio era tão denso que ele podia ouvi-lo zumbir em seus ouvidos.

Ele franziu o cenho, Onde estavam todos? Mas mesmo que procurasse não encontrou ninguém, não lhe restou outra opção então voltou ao quarto de Aurora.

Quando entrou, viu que ela já estava de pé, mas pela sua cara, ela parecia que estava embriagada sem nem ter bebido, caminhou em direção ao espelho e tentou abrir o zíper do vestido com dificuldade, puxando-o sem sucesso, Seus dedos estavam vermelhos e crispados, sua respiração entrecortada.

Ela obedeceu, Seu corpo estava rígido, como se ela estivesse se preparando para um golpe.

Andrews parado atrás dela, Sua altura fazia ela parecer ainda menor, Seus olhos desceram pelo reflexo, analisando a pele pálida e o olhar vago dela, Ele sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao fitar a nuca de Aurora, Quando seus dedos tocaram o tecido frio do vestido para puxar o zíper, sentiu o calor da pele nua que ia sendo exposta aos poucos, E o perfume dela, uma mistura embriagante de rosas e especiarias, invadiu seus sentidos.

Ela não se moveu, se manteve imóvel na mesma posição enquanto esperava, mas Andrews podia ouvir sua respiração entregando seu cansaço e tédio.

Quando seus olhos encontraram os dela pelo espelho, Aurora ainda não demonstrava nenhuma emoção, Nenhum embaraço, nenhuma resistência, Era como se ela estivesse anestesiada, insensível a tudo ao seu redor.

Mas uma vez ela reforçou seu desconforto, E o fez querer sacudi-la, despertá-la daquele torpor, o que ela estava pensando enquanto um homem estava abrindo seu vestido?

Ele desviou o olhar, soltando o zíper com um movimento rápido e recuando um passo, sentia vontade de correr dali sentindo como se estivesse ficando ainda mais tenso.

— Pronto.

Aurora assentiu, sem agradecer, Apenas puxou o vestido para baixo, fazendo o tecido deslizar por sua pele, O movimento era gracioso, mas Andrews desviou o olhar, sentindo um calor estranho subir-lhe ao rosto, com a liberdade dela se despindo com ele tão perto.

Ele virou-se bruscamente, saindo do quarto sem dizer mais nada, aquele quarto que parecia sufocante, daquela moça que o perturbava de maneiras que ele não compreendia.

O coração dele estava batendo mais forte do que já foi um dia, nem ele entendeu o que se passou agora mantendo a mão no peito ainda estranhando a si mesmo, Seus dedos roçaram de leve em sua própria pele, lembrando-o do calor que havia sentido ao tocar Aurora, E ele odiava isso a forma como ela estava o afetando agora, o fazendo sentir coisas que ele não queria sentir.

Mas, naquele momento, enquanto seus dedos ainda formigavam com o toque na pele dela, ele se perguntou se o ódio era a única coisa que ele sentia por Aurora.

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