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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 183

Cap. 181

Fiquei em silêncio por um instante, tentando absorver o que acabara de ouvir. As palavras ecoavam na minha mente como um trovão abafado. Quando finalmente falei, minha voz saiu baixa, firme, quase rouca de tanto conter o turbilhão por dentro.

— Ninguém se aproxima dela. Mantenham distância. Não quero que ela saiba de nada... ainda. Eu mesmo vou até lá. Vou observá-la com os meus próprios olhos.

Desliguei sem dizer mais nada. Já estava de pé antes mesmo de guardar o celular no bolso. Pela primeira vez em meses, eu tinha um destino — um propósito.

Mas assim que vi o nome da cidade, algo se contorceu dentro de mim. Eu conhecia aquele lugar. Minha cidade de infância. Uma parte do meu passado que eu havia enterrado tão fundo que nem lembrava mais como era andar por aquelas ruas. E agora... ela estava ali. Aurora. Com quem? Por quê?

Fui até o endereço que meus homens me passaram. Não sabia o que esperar. Talvez encontrá-la arrasada, perdida... ou até mesmo fria como da última vez. Mas o que vi me tirou o ar.

Ela estava sentada num banco de praça, sob o sol suave da tarde. Usava um vestido simples, e a curva arredondada da barriga era evidente, impossível de ignorar. Um sorriso sereno repousava em seu rosto — cansado, sim, mas... em paz. Ao lado, algumas sacolas de supermercado e um caderno pequeno de anotações. Ela rabiscava algo, concentrada.

Eu não consegui me mover. Só observei, escondido entre as árvores, com o coração disparado como se tivesse voltado no tempo. Ela parecia outra pessoa. Ou talvez... a mesma, só que livre de mim.

Não me aproximei. Não podia. Sabia que, se ela me visse, fugiria de novo, e também sabia que não me perdoaria com facilidade. E eu... eu não suportaria vê-la ir embora outra vez.

Mais tarde, a vi novamente. Estava trabalhando em um pequeno café da esquina. Limpava as mesas com cuidado, com uma das mãos apoiada na lombar e o corpo exausto, mas ainda firme. Seus olhos... seus olhos não tinham desistido. Havia força neles. Força suficiente para dois.

À noite, ela voltava para uma casa modesta. Lá, uma senhora a esperava com o jantar pronto. Pela janela entreaberta, eu ouvia a voz de Aurora. Ela falava com os bebês. Acariciava a barriga com uma ternura que me esmagava por dentro. Cantava baixinho, como se embalar uma promessa invisível a fizesse mais real.

E foi ali, parado do lado de fora daquela janela, com o rosto escondido pela sombra da noite, que eu entendi. Ela nunca me odiou o suficiente para fazer mal aos filhos.

Pelo contrário. Ela estava fazendo de tudo para mantê-los vivos... longe de mim, na verdade ela nunca faria mau a eles mesmo que me odiasse um dia, ou se tivesse outros interesses e eu deixei as feridas do passado ferir nos dois de novo.

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