Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 20

: 20: Te vendo com outros olhos.

Ele se manteve no corredor, olhou o relógio, já eram 22 hm, mas, ao invés de ir direto para seu próprio espaço, seus passos o guiaram de volta ao salão, ele queria um momento para se recompor, para organizar seus pensamentos confusos.

A bandeja de petiscos intocados ainda estava sobre a mesa, então se lembrou das diversas vezes que o estômago dela roncou, Ele olhou para aquilo por um momento, depois suspirou, organizando os pequenos quitutes em fileiras ordenadas antes de pegar a bandeja e subir as escadas retornando pelo corredor,

Quando entrou no quarto de Aurora, o que viu o fez parar por um instante, seu coração palpitou no peito, um misto de surpresa e... desejo? Ele não queria admitir, mas a visão de Aurora daquela forma o afetou de uma maneira que ele não esperava, porque ela estava o afetando tanto naquele momento, ele apertou os olhos e tentou acordar de algo que sua mente acusava ser algum pesadelo.

— Não posso estar sentindo pensa dessa coisinha... — ele murmurou para si mesmo com desgosto.

Ela estava deitada de lado, voltada para a porta, os lábios entreabertos em uma respiração lenta e tranquila, Seu cabelo longo se espalhava sobre o travesseiro como um véu sedoso, A luz do abajur incidia sobre seus fios, transformando-os em ouro líquido.

A camisola que usava era fina, feita de um tecido quase etéreo, que aderiu suavemente às curvas delicadas de seu corpo, As alças finas escorregaram sobre seus ombros, e a barra curta terminava logo acima das coxas, O tecido, de um branco perolado, refletia suavemente a pouca luz do abajur, dando à pele dela um brilho aveludado,

Andrews engoliu em seco, Ele nunca havia reparado em Aurora com tanta atenção antes, Ela era linda, mesmo dormindo, com essa beleza natural que o deixava sem palavras, suas curvas, cada uma delas em evidência e seu decote quase aparente.

Andrews desviou o olhar, sentindo um incômodo repentino, Que droga, Ele não podia ficar ali, parado como um idiota, admirando Aurora como se ela fosse uma pintura, Ele precisava sair dali, antes que ela acordasse e o flagrasse ali, com essa expressão de... torpe? Ele não queria nem pensar nisso.

Ele quase saiu dali de imediato, mas viu o que estava sobre a cômoda, Os produtos para higienizar a mão dela, Ela não havia conseguido usá-los, E, por alguma razão, isso o tocou e o motivou a ficar, Ele não sabia porquê, mas sentiu uma pontada de ternura.

As ataduras estavam removidas, jogadas de lado, e o corte em sua palma ainda estava ali, os pontos segurando a pele de forma precisa, Mas havia sangue seco ao redor.

Ele deixou a bandeja de petiscos sobre a cômoda e, com um gesto contido, pegou um lençol e o puxou sobre Aurora, cobrindo-a, Não sabia ao certo por que estava fazendo aquilo, apenas o fez.

Seus olhos pousaram mais uma vez sobre o rosto dela, A pele pálida, os cílios longos repousando contra a curva das bochechas, Tão tranquila agora… mas ele lembrava do fogo nos olhos dela quando o enfrentava e a ardência em seu rosto com o tapa que ela usou toda a determinação que tinha.

— Tão desafiadora... deve ter gasto suas forças naquele tapa, ainda ta doendo... o que faço com você? — ele resmungou comprimindo a mandíbula com força deixando em evidência o traço de seu rosto.

Ele pegou um cotonete, embebeu no antisséptico e segurou delicadamente a mão dela.

Aurora se mexeu um pouco, mas não acordou.

Andrews sorriu de canto, lembrando-se do que ela lhe dissera antes, durante a discussão mais cedo.

— Defender sua honra? — murmurou, enquanto passava o cotonete suavemente sobre o corte.

Então soltou uma risada baixa, irônico.

— Por acaso, você é virgem aos vinte e dois anos? Para defender sua honra? Até parece...

Ele saiu quando terminou e seguiu para seu quarto, Como um mantra, tomou alguns comprimidos e se deitou para dormir, Em poucos minutos, apagou.

Aurora acordou pouco depois, Seu primeiro instinto foi checar a mão ferida, esperando encontrar a atadura desalinhada e precisar refazer o curativo, Mas, para sua surpresa, alguém já havia feito isso por ela.

Ela piscou, confusa, Os curativos estavam limpos, o corte protegido com precisão, mas ela não se lembrava de ter feito e tinha certeza que não fez.

— Ele fez isso? Ou a governanta? — perguntou-se, mas então sorriu, cética ao pensar em Andrews. — É óbvio que ele não faria esse tipo de coisa.

A ideia a incomodou mais do que deveria, Em seguida, percebeu a bandeja com petiscos e seu estômago a traiu, revelando que ainda estava faminta, Sem pensar duas vezes, começou a comer até não restar nada.

20: Te vendo com outros olhos. 1

20: Te vendo com outros olhos. 2

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