Cap. 7
Gabriel finalmente tinha chegado em casa fechou o portão de casa atrás de si e entrou no pequeno corredor da frente, tirando os tênis ainda na porta. As luzes da sala estavam acesas, e o cheiro de chá de camomila pairava no ar.
Sua tia Magda, estava sentada no sofá com um cobertor nos joelhos, assistindo a um programa qualquer que falava sobre culinária e hortas em apartamentos.
— Voltou finalmente... como ir para academia toma tanto tempo? — ela comentou, olhando por cima dos óculos.
— É. O treino foi bom. — respondeu, já caminhando em direção ao corredor.
— Você parece tranquilo… — ela disse com um meio sorriso. — Aconteceu algo diferente? Conseguiu interagir?
Gabriel parou por um momento e coçou a lateral do pescoço.
— Não falei com ninguém, e nem quis, eu queria muito treinar e só, mas após sair Tinha uma moça me seguindo. — disse com simplicidade, como se relatasse o tempo.
A senhora sentou-se melhor, com a expressão tensa.
— Te seguindo? Que moça? Era perigosa?
Ele balançou a cabeça negativamente.
— Não. Ela… era quem estava em perigo. Um carro seguia ela enquanto ela me seguia, Então, esperei ela entrar em casa. Só isso.
Dona Magda o observou em silêncio, tentando entender o que ele dizia. Com o tempo, aprendera que Gabriel carregava o mundo em frases curtas.
— Vocês são amigos? Já que ela estava te seguindo... não sei... — ela coçou a cabeça tentando entender o que estava acontecendo.
— Nunca vi. Nunca falei com ela hoje... e nem vou falar com nenhuma mulher nunca mais, eu só estava fazendo o que um homem deve fazer! — respondeu com sinceridade antes de seguir direto para o banheiro, já puxando a gola da blusa para tirá-la.
A mulher ficou no sofá por um instante, confusa. Mas não insistiu. Ela sabia que ele enxergava coisas que os outros não viam e era mais perceptível mesmo que as vezes parecesse estar sempre disperso.
Na manhã seguinte, o céu ainda estava pálido quando o celular de Gabriel vibrou sobre a mesa de cabeceira.
Ele atendeu de imediato como se já esperasse por aquela ligação.
— Gabriel? Lembra que você disse que era muito bom em computação e que gostava dessa área? — Andrews perguntou com a voz calma.
— Claro, é minha área preferida, eu te disse, eu até fiz o curso que aurora tinha pago para mim. — ele contou com empolgação.
— disse a voz firme de Andrews do outro lado. — Consegui sua matrícula. Engenharia Computacional. Começa hoje. Vou te buscar em trinta minutos.
Gabriel ficou imóvel por alguns segundos, assimilando a notícia. Então, sorriu de forma contida e se levantou num pulo. Vestiu-se com rapidez, uma camisa social azul-marinho, jeans escuro e a jaqueta de couro uma das peças que tinha escolhido, e se olhou no espelho aprovando cada peça e como tudo se encaixava perfeitamente.
Quando Andrews estacionou em frente à casa, Gabriel já esperava do lado de fora. Entrou no carro sem dizer muito, como sempre, mas com o olhar aceso pela expectativa.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.