Cap.19
O homem a segurava com brutalidade, prensando seu corpo contra a parede fria e áspera. Ela tentou chutá-lo, debater-se, mas ele era muito mais forte.
— eu sabia que você daria uma brecha, e agora? Se sente tão superior assim? Eu disse que ia destruir sua vida! Ele asseverou enquanto branda tentava gritar, mas sem hesito.
Gabriel continuava andando, ouvindo sua música. Passou alguns metros do beco. Quase não percebeu.
Mas então… sentiu algo errado. Parou procurando por Brenda.
Seu olhar varreu a calçada. Nenhum sinal de Brenda.
— Mas ainda não está perto de casa. — ele disse alarmado voltado o caminho.
Seus fones de ouvido foram arrancados de uma vez. Os olhos buscaram com urgência. E foi ali no reflexo do vidro do prédio ao lado, que viu algo se movendo no beco.
Seu peito se contraiu, Sem pensar, correu.
O instinto gritou mais alto que a razão.
O som dos passos de Brenda havia sumido enquanto era arrastada pelo homem encapuzado.
— Brenda? — chamou, virando-se completamente. O tom da sua voz soava calmo, mas seus olhos estavam inquietos.
Nenhuma resposta.
De repente, como se o destino quisesse confirmar seus piores pressentimentos, um grito agudo cortou o silêncio atras de uma das pilastras..
Gabriel disparou. Correu com o coração aos pulos e o sangue gelado. Quando virou, viu a cena que o assombrou:
Brenda caída no chão, sendo agarrada brutalmente por Jonas. Seu rosto estava virado para o lado, os óculos jogados a alguns metros de distância. O braço dela jazia inerte sobre o asfalto, e havia sangue manchando a manga da camisa.
— SOLTA ELA! — Gabriel rugiu.
Jonas se virou, olhos selvagens, a respiração descontrolada. O brilho metálico de um canivete sujo apareceu em sua mão.
Gabriel não pensou. Avançou.
O impacto dos dois corpos ecoou entre as paredes de tijolo do beco estreito.
A luta começou feroz, sem espaço para vacilo enquanto Gabriel tentava o golpear sem ser atingido pela faca.
Gabriel agarrou o punho de Jonas tentando impedir que o canivete se aproximasse. Dessa vez não tinha medo em jonas, mas fúria e sua obstinação o tornava forte, movido por pura adrenalina, mas Gabriel era resistente ainda que jonas tentasse Gabriel conseguia lutar com ele com técnica de alguém que aprendeu um pouco de defesa pessoal.
Eles rolaram pelo chão, chutando caixas, esbarrando em latas de lixo. O canivete deslizou, quase escapando das mãos de Jonas, mas ele o recuperou com um giro e desferiu um golpe, rápido e sem chance de defesa.
Gabriel sentiu o corte quente atravessar sua lateral, uma facada no abdômen que o fez vacilar.
Mas ele não parou, não ao encarar Brenda inconsciente, ele não podia deixar aquele homem escapar impune e continuar a atormentando de todas as formas, ele queria que aquilo acabasse ali ainda que acabasse com ele.
Com um rugido de dor, agarrou o braço de Jonas com força, o torceu para trás, e desferiu um soco certeiro no rosto do agressor o fazendo cair no chão atordoado em seguida desequilibrou por cima do corpo de jonas de joelhos urrando de dor, ao mesmo tempo, motivado pela raiva.
Um segundo soco, terceiro com todas suas forças, O canivete caiu. Jonas tentou reagir, mas Gabriel o empurrou contra o chão com força e o imobilizou.
Seu peito arfava. O sangue escorria por baixo da camisa, mas seus punhos continuavam desesperados.
Quando teve certeza de que Jonas estava desmaiado, Gabriel se arrastou até Brenda.
— Brenda… — sussurrou, com a voz trêmula.
Ela estava inconsciente. A blusa manchada de sangue no ombro esquerdo, onde o canivete a tinha atingido, ele a analisou e assim que percebeu que seu corte não foi grave ele sorriu mais calmo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.