Cap. 22
Ele ficou parado ali, o vento batendo forte em seu rosto, enquanto observava Brenda, sem saber se ela acreditaria ou não nas palavras daquela mulher.
E o que ela faria depois.
Brenda escutou, franzindo o cenho sem saber se era o mesmo Gabriel que ela estava procurando. A moça à sua frente ainda sorria com ironia quando ela perguntou, sem entender:
— Maníaco? Mas... o Gabriel que eu conheço não é assim. — Brenda sorriu, sem jeito. — Ele é quieto, sim, mas nunca foi desrespeitoso comigo. Pelo contrário. Sempre foi gentil. Certeza que a senhora está falando da pessoa errada.
A mulher bufou, cruzando os braços. A risada que veio a seguir foi seca, amarga.
— Gentil? O que eu conheço nem sabe o que essa palavra significa. — ela balançou a cabeça, o olhar duro. — Esse Gabriel, moça, é doente. Vive no próprio mundo. Fica atrás das pessoas, olhando como um lunático. Me assediou na frente de todo mundo uma vez!
Brenda arregalou os olhos. A incerteza a fez gaguejar.
— Como assim? A senhora deve estar muito enganada.
— Não. É isso mesmo que você ouviu. Pode perguntar a qualquer um. — a mulher respondeu, com a voz cheia de indignação. — Aquele garoto com os fones de ouvido? É ele. E a gente virou a piada da rua por causa disso.
Brenda sentiu o estômago revirar.
— Mas... você está falando do rapaz que só anda com fones de ouvido?
— Pela descrição... deve ser esse mesmo. — a mulher se aproximou, sussurrando, quase como um aviso. — Me assediou, tentou se declarar no meio da praça. Do nada. Como se eu tivesse pedido. Depois ficou me seguindo por semanas. Ninguém se aproxima dele por um motivo, entende?
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.