Cap. 24
Em seguida saiu do quarto e assim que saiu encontrou Andrews o esperando encostando no capo do carro.
— Preparado? — Andrews perguntou, surgindo à porta com seu café na mão. Gabriel assentiu, sem olhar para ele.
Eles seguiram para a universidade em silêncio. A brisa da manhã era leve, mas Gabriel sentia um peso no peito. Os corredores já começavam a se encher, e os degraus da entrada estavam cheios de alunos conversando. Foi então que ele a viu.
Brenda.
Lá estava ela, sentada sozinha na escadaria, os olhos atentos à entrada. Vestia uma blusa de tricô clara e jeans, os cabelos soltos emoldurando um rosto que parecia exausto de esperar. Um caderno estava apertado entre as mãos dela. Assim que os viu, um vislumbre de esperança brilhou em seu olhar.
Ela se levantou de imediato. — Gabriel... — chamou, a voz quase um sussurro esperançoso.
Mas ele não parou. Ele passou por ela como se ela fosse uma estranha, o olhar fixo em um ponto à frente. Sua expressão era vazia, uma máscara de indiferença.
Brenda sentiu o mundo parar. O chamado dela ecoou no ar e a resposta, ou a falta dela, foi um golpe direto no peito.
O ar fugiu de seus pulmões, deixando um vazio doloroso. Ela ficou imóvel, vendo-o desaparecer entre a multidão, ao lado de Andrews, como se nunca tivessem se conhecido.
Andrews, no entanto, notou a tensão. Ele lançou um olhar rápido para trás e seus olhos se encontraram com os de Brenda. O cenho dele se franziu em confusão e reprovação. "O que diabos aconteceu?" a expressão dele parecia perguntar.
Brenda, sem saber o que responder, apenas baixou o olhar. Ela também não entendia. A última vez que o viu foi quando tentou vê-lo em casa… ele não respondeu. Não apareceu. E agora, agia como se ela não existisse.
Sentou-se de novo, sentindo as pernas fracas, como se o peso da rejeição fosse mais do que podia suportar.
Gabriel, por outro lado, caminhava com passos firmes, mas por dentro, era um vendaval contido.
— Você viu ela ali, né? — Andrews comentou em um tom leve, mas não conseguiu disfarçar a curiosidade.
— Vi — Gabriel respondeu, cortando o assunto.
— Vai me explicar por que você tá tratando a garota como se ela fosse ar, ou eu tenho que adivinhar?
Gabriel não respondeu de imediato. Respirou fundo, a tensão em seu corpo quase palpável.
— Não quero esse tipo de gente perto de mim. É só isso.
Andrews parou no meio do caminho, surpreso com a frieza.
— "Esse tipo de gente"?
— É. — Gabriel olhou para a frente, o olhar fixo. — tipo de pessoas que se mistura com pessoas que considero como um inimigo.
Andrews ficou em silêncio por um instante, então entendeu.
— Eu não faço ideia... você vai contar?
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Esposa impostora e o Magnata Sombrio.