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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 223

Cap.38

— O viciado em drogas? Aquele que trabalhou na minha empresa e que você me disse que estava envolvido com uns criminosos da organização que você investigava? O mesmo que eu tive que demitir para não prejudicar a empresa?

— Exatamente. Aquele mesmo homem, de dois anos atrás.

Andrews parou. Literalmente parou no meio do caminho. Seu corpo congelou, e ele encarou Donovan, o rosto contorcido em uma mistura de surpresa e descrença.

— Tem... tem certeza? — perguntou, com a voz baixa e lenta, como se estivesse com medo de que a resposta fosse um eco da realidade que não queria enfrentar.

— Absoluta. — Donovan confirmou, com a voz firme. — Dois anos atrás, eu me livrei daquele cara. E foi ele mesmo que vi na foto, na casa daquela mulher, junto com ela e as duas crianças.

Andrews se recostou na cadeira, absorvendo a informação. A gravidade da situação pairava no ar.

— Na época, ele me disse que tinha uma família. Eu investiguei, como sempre faço, mas... a vizinhança agia de um jeito estranho. Não era só medo de mim, era medo dele. Naquele lugar, ele era uma figura de mau presságio.

Donovan fez uma pausa, os olhos fixos em um ponto distante, como se revivesse a cena.

— Uma senhora, com os olhos cheios de medo, me pediu para deixar tudo quieto. Disse que já era a segunda vez na semana que ele tinha mandado a esposa para o hospital. Eu não entendi na hora... até ela me contar que ele agredia a própria família. Naquela mesma época, eu o mantive em cativeiro porque estava com uma arma, dizendo que ia matar alguém. Eu não sabia quem era o alvo, se era eu ou você, mas tive a certeza de que ele tinha sido demitido há pouco tempo, e me restou apenas fazer isso com ele. Mas nunca consegui encontrar a esposa dele, e saber se o que ele dizia era verdade, porque até então ele dizia que tinha um filho doente, que estava morrendo.

Andrews franziu o cenho, a confusão e a preocupação marcando seu rosto enquanto tentava conectar os pontos daquela história chocante.

— E agora você reencontrou essa mulher? Quais as chances disso acontecer... é quase uma em um milhão.

Donovan confirmou com um aceno lento, sem tirar os olhos de Andrews.

— E ela tá com problemas. Problemas grandes. Mas eu… não quero me meter nisso.

— Você tá sentindo algum tipo de culpa?

Donovan segurou o olhar dele por um segundo e depois respondeu, firme:

— Isso. Deve ser isso. Afinal, pode ser que eu tenha uma parcela de culpa nisso, certo?

— Na verdade... por mais que sua situação agora seja delicada, se analisar bem, você acabou ajudando aquela mulher se ela sofria violência doméstica. E não é do seu feitio. — Andrews estreitou os olhos. — Você nunca sente culpa de nada. Tô começando a achar que seu coração tá querendo abrir espaço... não é não? Você não corre riscos que não acha que valham a pena.

Donovan se inclinou para frente, apontando para ele.

— Claro que não, isso nunca! Só estou um pouco surpreso que, entre milhões de pessoas, eu acabei encontrando essa mulher e a vida dela está pior do que eu poderia imaginar. Mas não me importo, só estou surpreso com as coincidências.

Andrews soltou uma risada baixa.

— Tá bom, vou fingir que acredito. E vai fazer o quê? Vai deixar isso de lado? Vai ignorar essa situação?

Cap.38 1

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