Cap: 56: Um homem viciado em ganhar.
Donovan havia enviado uma foto de um contrato sendo assinado, acompanhada de uma mensagem curta e direta:
"Cinquenta por cento de tudo agora é seu. Kenner já está sendo levado para casa."
Andrews ergueu o olhar para Aurora, um brilho desafiador nos olhos.
— Vai me denunciar?
Ela abriu a boca, mas corou, desviando o olhar.
— Na verdade... — mordeu o lábio, hesitante. — Quando vi você lidando com Kenner, confesso que fiquei com medo de que fosse me torturar também.
Andrews piscou, surpreso.
— O quê?!
— Bom... você parecia bem determinado a fazer aquele empresário sofrer.
Ele cruzou os braços, encarando-a com um misto de desdém e incredulidade.
— Você realmente acha que eu torturaria um acionista influente? Acha que eu preciso disso?
Aurora estreitou os olhos, desconfiada.
— Você me diz.
Ele suspirou, exasperado.
— Eu não precisei levantar um dedo contra ele. Kenner abriu mão de cinquenta por cento das ações dele em troca da própria liberdade. Só deixei claro que, se a mídia descobrisse que ele tentou me envenenar e sequestrou minha esposa, ele perderia muito mais do que isso.
Ela piscou, surpresa.
— Espera... Ele tem uma das maiores empresas do setor. Se você conseguiu metade dela assim, tão facilmente... — ela inclinou a cabeça, avaliando-o. — Você é um homem inalcançável, não é? Seu poder vem desse tipo de jogada?
Andrews sorriu de lado, satisfeito.
— Exato.
Aurora soltou um riso baixo, balançando a cabeça em incredulidade.
— Você é um canalha, sabia?
O sorriso dele se alargou, perigosamente encantador.
— Prefiro "gênio dos negócios".
Ela riu, erguendo as mãos em rendição.
— Certo, certo. Eu retiro o que disse. Você não é um torturador, só um oportunista sujo.
— Sujo é a palavra perfeita para esse momento. — Ele resmungou, olhando novamente para as roupas.
Aurora soltou mais uma gargalhada.
— Isso vai ser engraçado para sempre. Vou lembrar desse momento e rir todas as vezes que você aparecer todo elegante e impecável, sua cara está cheia de lama e seu cabelo está duro de lama.
Andrews revirou os olhos.
— Vamos sair daqui antes que eu perca o resto da minha paciência. Você sempre sabe piorar as coisas, — ele deu as costas, caminhando enquanto afundava os pés na lama.
Os dois começaram a caminhar pela estrada de terra, ainda cobertos de lama. O silêncio se instalou entre eles, mas não era desconfortável.
Depois de alguns minutos, Andrews quebrou o silêncio.
— Enfim, eu sinto muito.
Mas Aurora não ouviu, distraída observando a estrada à frente.
Antes que Andrews pudesse dizer mais alguma coisa, um carro preto surgiu no horizonte. Donovan parou ao lado deles e abaixou o vidro.
— Vocês dois parecem saídos de um filme de guerra, o que aconteceu?
— Cale a boca e nos leve para casa. — Andrews resmungou, abrindo a porta e entrando no carro.
Ele se virou para Aurora, esperando que ela o seguisse.
— Entre logo.
Ela cruzou os braços, desviando o olhar.
— Não vou. Tenho outra coisa para fazer, além disso, estou suja demais para entrar em seu carro, ao mesmo tempo você tinha um blazer para te proteger. Você pode ir embora.
Ele estreitou os olhos.
— E posso saber o que está tentando fazer agora?
Aurora sorriu.
— Não, você disse que eu poderia sair, certo? Me deu essa liberdade, é sua palavra?
Andrews revirou os olhos e bateu a porta do carro com força.
— Faça o que quiser. — Ele disse, demonstrando mau humor.
— Então, como ela veio parar aqui?
— Nós acabamos trazendo ela.
— Não é perigoso deixá-la à beira da estrada?

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