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Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 81

Cap. 80 Na empresa de Andrews.

No dia seguinte, Aurora e Alice se preparavam para a entrevista. Enquanto Alice mantinha um sorriso confiante, Aurora lutava para disfarçar o nervosismo.

A sensação piorou ainda mais quando chegou em frente à imensa empresa. O prédio, com mais de cem andares, parecia um monstro gigante diante de Aurora.

— Como uma empresa desse tamanho nos contratou? — ela perguntou, engolindo em seco.

— Não sei, demos sorte. Isso não é bom? — perguntou Alice, tentando disfarçar seu próprio nervosismo.

Ao passarem pela recepção, seguiram até o andar indicado, chegando à sala de espera, onde a tensão no ar era evidente.

— Vai ficar tudo bem. Só precisamos passar despercebidas. É uma empresa grande, seremos apenas formigas aqui. — Alice tentou tranquilizá-la, mas mantinha os olhos nervosos fixos na tela do celular.

Ainda assim, Aurora não conseguia se livrar da sensação de que algo estava fora do lugar.

Enquanto isso, Rodrigo lia a mensagem de Alice com preocupação. Ele precisava manter Andrews na mansão no dia da entrevista. Sempre que Andrews aparecia na empresa, causava um verdadeiro alvoroço, e mesmo com o prédio sendo enorme, todos comentavam sobre sua chegada. Aurora poderia suspeitar. Além disso, havia o risco de ele querer assistir às entrevistas, sendo um homem tão rigoroso.

— Não deixe Andrews aparecer. Sugira uma vaga em serviços gerais para nós duas. É mais seguro. — digitou rapidamente.

Rodrigo concordou.

Logo, foram chamadas. Para a surpresa delas, não havia muitos concorrentes e, inesperadamente, ambas foram contratadas. Saíram do escritório perplexas, mas aliviadas.

Na casa de Andrews

Rodrigo sentia a pressão crescer, como se estivesse com a corda no pescoço. Sentado em sua cadeira, Andrews o observava com olhos afiados, analisando cada movimento.

O escritório estava trancado, e Rodrigo permanecia de pé, como um sentinela, enquanto Andrews, despreocupado, fitava o portão da frente através da janela.

— Não pense que eu esqueci o que você fez. — Andrews avisou, o tom calmo, mas carregado de ameaça.

— Eu não fiz nada, só tentei juntar vocês.

— É um pouco tarde. Não existe nenhuma possibilidade desse casamento dar certo. Tanto eu quanto ela estamos certos disso.

— Mas a culpa foi sua. Fez um monte de besteira... Mas ainda há algo que pode ser feito para que vocês dois se entendam. — Rodrigo comentou, lançando um olhar discreto para o pote de remédios na estante, sem que Andrews percebesse.

— Você acha que é tão fácil assim? Quando um não quer, dois não brigam. E, no caso, nenhum de nós quer.

— Você só está sendo orgulhoso. Afinal, se fosse assim, então por que se preocupa tanto com ela?

— O que Aurora vai fazer na empresa? — Andrews perguntou, ignorando a provocação do amigo. — Você não me disse qual seria o cargo dela.

Rodrigo manteve a expressão neutra.

— Ela está onde deveria estar. Apenas por segurança.

Andrews soltou uma risada curta.

— Segurança? Eu sou a segurança dela. Você deve ter cuidado com a vaga que escolheu para ela numa empresa daquele tamanho. Aurora precisa estar onde meus olhos possam vê-la.

Ele se inclinou, a voz carregada de desafio.

No quarto dia, foi novamente chamada para aquele andar. Assim que saiu do elevador, avistou o líder da equipe de vendas sussurrando algo para a secretária da recepção.

A mulher confirmou com a cabeça e, ao notar Aurora, ele disfarçou, como se tivesse acabado de pedir algo impróprio. A secretária abaixou a cabeça.

— Bom dia, Aurora. O líder de equipe Jones pediu que você levasse esses documentos até a mesa dele, por favor. — disse a secretária, sem nem mesmo olhá-la nos olhos.

Aurora hesitou.

— Senhora... Mas ele estava aqui agora há pouco. Por que eu preciso cumprir essa função?

A mulher ignorou sua pergunta.

— Desde quando subordinadas têm o direito de questionar suas funções? O que te mandarem fazer, você faz e pronto! — advertiu com um tom ríspido, mas controlado.

Sem espaço para mais questionamentos, Aurora pegou os papéis e entrou na sala, seguindo em direção à mesa do líder de equipe Jones.

Ela sabia que havia algo de errado. Desde o primeiro dia, aquele homem a olhava de forma persistente, sem desviar.

Olhou ao redor. A sala ainda não estava cheia. As poucas pessoas ali estavam concentradas em suas próprias mesas de trabalho, a alguns metros de distância.

Aurora comprimiu os lábios, apreensiva, praguejando em pensamento por ter chegado tão cedo.

Naquele momento, só queria que Alice aparecesse.

Caminhou devagar, cada passo aumentando a tensão conforme se aproximava do homem sentado à mesa.

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