Esposa impostora e o Magnata Sombrio. romance Capítulo 95

Cap. 94: Andrews visita o asilo.

Aurora westwood

Entramos no táxi, e eu só percebi que minhas mãos tremiam quando tentei prender o cinto de segurança. Alice me olhou de canto, mas não comentou. Ela sabia que o motivo da minha tensão não era só Andrews era agora a visita. Aquele momento que eu temia e ansiava com igual intensidade.

O asilo ficava do outro lado da cidade. O caminho foi silencioso, com apenas o som da cidade atravessando as janelas fechadas.

— Você está bem? — Alice perguntou, finalmente, com delicadeza.

Assenti.

— Só... nervosa. — murmurei, olhando pela janela.

Ela não insistiu. Era por isso que eu gostava tanto dela.

Chegamos. O prédio era antigo, mas bem cuidado. Um jardim cercava a entrada com algumas flores e árvores miúdas que tentavam resistir ao tempo. Havia uma quietude ali, uma calma que beirava a tristeza.

Respirei fundo e entrei. O cheiro da mistura de lavanda, medicamentos e nostalgia me envolveu imediatamente. Caminhei pelo corredor até o quarto 112, onde ela estava.

Minha avó.

A única pessoa que me dava paz sem precisar dizer uma palavra.

Quando entrei, ela estava sentada na poltrona, olhando para a janela com o olhar perdido no céu nublado. Os fios de cabelo branco estavam cuidadosamente presos com uma presilha azul — eu que tinha dado para ela anos atrás. Meu coração apertou.

— Vó? — chamei suavemente.

Ela não respondeu, mas seus olhos se moveram na minha direção.

Ela não me reconheceu. Mas sorriu e isso bastava.

Me aproximei e me ajoelhei ao seu lado, pegando sua mão com cuidado, Era frágil e gelada, mas ainda era dela. Ainda era da minha vó, a mesma que foi abandonada pela própria filha um dia, eu me identifico com ela, porque a filha dela também teve coragem de abandonar a própria filha e agora ela estava morrendo aos poucos, esquecendo tudo.

— Oi... sou eu. Aurora. — sorri com os olhos marejados. — Eu vim te ver.

Ela não disse nada. Só olhou pra mim e, num gesto lento, levou a mão até meu rosto, O toque era quase imperceptível, mas ainda assim, tão cheio de significado.

— Eu sinto sua falta, vó, Todos os dias. — minha voz saiu trêmula. — Aqui... é o único lugar em que ninguém inventa coisas sobre mim. Onde eu posso ser só eu e a senhora.

Alice esperava do lado de fora, respeitando o momento, Eu continuei ali, contando coisas da minha vida, do trabalho, da mansão, do Andrews, sem dar muitos detalhes, claro e das coisas engraçadas que aconteceram com Alice.

Minha avó não disse nada, Mas ela me ouviu, E isso, para mim, era tudo, após conversar arrumei ela para irmos passear pelo jardim.

O sol da tarde aquecia de leve, filtrando-se pelas árvores antigas do jardim do asil,. Eu empurrava devagar a cadeira de rodas da minha avó, que parecia mais desperta com o passeio, os olhos semicerrados apreciando o calor suave no rosto, Alice caminhava ao nosso lado.

Estávamos contornando um dos canteiros quando Alice parou de andar, tocando meu braço discretamente.

94: Andrews visita o asilo. 1

94: Andrews visita o asilo. 2

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