Romance Proibido romance Capítulo 24

Eu ofego, minhas defesas quase desmoronando.

— E você está aqui para me intimidar? — Tento enfrentá-lo, mas sua expressão muda, os olhos brilhando perigosamente. — O que foi? Por... que você está... me olhando desse jeito? — Minha voz gagueja enquanto ele ergue a mão, deslizando os dedos pelo meu braço.

— Pare de me olhar assim. Você... está me assustando.

— Por que ficou, Emily? Foi para me desafiar? Ou para me atormentar?

Sua pergunta me deixa nervosa e sem palavras. A intensidade no olhar dele me prende no lugar, e sinto que o verdadeiro confronto está apenas começando.

Eu deveria ter negado o convite de Kayra, mas como eu ia adivinhar que ele levaria a chave da porta do quarto?

Ele se aproveita do meu momento no vácuo, e seus braços me tomam e me cercam. Um arrepio percorre meu corpo, deixando-me completamente sem reação. Quando sinto o calor dele ao meu redor, seu cheiro maravilhoso me envolve, e eu fecho os olhos, permitindo-me um instante de rendição. Parece que seus braços são meu lugar seguro, embora eu saiba que não deveria pensar assim.

Deus, ele cheira tão bem.

Seu nariz se enterra em meu cabelo, e sua voz ressoa, baixa e rouca:

— Emily, um nome bonito. Suzy não combinava com você.

Meu corpo estremece novamente quando seus lábios deslizam pelo meu pescoço. Droga! Não posso deixar esse desejo tomar conta de mim desse jeito. Ele é um idiota arrogante. Tento racionalizar, mas minha mão, quase que por instinto, se espalma em seu peito, adorando o calor e as batidas fortes de seu coração sob minha pele. Meu olhar se abaixa para que ele não leia o desejo em meus olhos, um desejo que me devora por dentro.

— Okan... Não podemos! — digo, ofegante, a voz carregada de incerteza.

— Você quer isso tanto quanto eu... — Ele lamenta, a dor evidente em seu tom. — Estou quase louco. Insano. Fora de mim. Precisamos disso. Allah! Não me negue. Por favor. Meu desejo dói. Nunca senti isso antes. Não sei o que você tem... Juro que já me perguntei, mas não consigo tirar os olhos de você.

Ele me puxa mais para perto, e eu luto para não reagir à sensação de seu corpo contra o meu. Tudo isso é tão insano que meu cérebro simplesmente não consegue funcionar direito. Admito para mim mesma que ele tem uma presença arrebatadora, mas eu tento, desesperadamente, manter o controle.

Relutante, ergo meu rosto, encontrando seus olhos fixos nos meus. Ele está consumido por desejo, e isso deveria me assustar, mas só me atrai ainda mais. A palavra "corre" grita na minha mente enquanto ele se inclina com a boca entreaberta, o ar quente de sua respiração tocando meu rosto. Meu coração salta no peito, e eu leio o tamanho da necessidade nos olhos dele. Suas pupilas estão dilatadas, sua respiração irregular. Ele é como um predador hipnotizando sua presa.

Quando seus lábios estão prestes a encontrar os meus, reúno forças para virar o rosto e digo, firme:

— Por favor, não podemos. Sinto muito por ter provocado isso em você.

Minha própria mentira ecoa em meus ouvidos. Ele não é o único consumido por essa paixão louca. Seus olhos se tornam tempestuosos, cheios de uma mistura de desejo e frustração. Sua voz, quando finalmente fala, é rouca:

— Bom que sente, pois me deixar assim depois de ter insistido para eu ir até o final não é algo que se faz com um homem. Um homem de verdade.

Ofego, minhas mãos tremem. Fecho os olhos, tentando apagar as lacunas daquela noite, mas as memórias vêm à tona em flashes confusos. Quando abro os olhos novamente, encontro o olhar dele. Ele está tão perto, seus olhos brilhando como brasas.

— Por favor, esqueça aquela noite. — Minha voz é um lamento, e meu olhar suplica dentro do dele.

— Não consigo. Já tentei esquecer, mas você aqui agora só piorou as coisas. — Ele fala com acidez, como se também odiasse essa situação.

Seu rosto desce, e seus lábios quentes percorrem meu pescoço e minha nuca. Meu corpo inteiro estremece em resposta, os sentidos tomados por uma onda avassaladora de sensações. Fecho os olhos, incapaz de raciocinar. Seu perfume, o calor do seu corpo, a firmeza dos seus lábios... Tudo isso me deixa completamente desarmada. Não foi só a bebida que me levou a desejá-lo naquela noite.

Não! Isso é um erro!