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Romance Proibido romance Capítulo 26

Quando ele finalmente se vira e caminha até a porta, a tensão que me sufoca começa a se dissipar. Ele gira a chave na

fechadura, abre a porta e olha para o corredor antes de sair. Quando a porta se fecha, a tensão dentro de mim se dissolve em ondas de alívio e exaustão. Ofegante, deixo meu corpo cair pesadamente sobre a cama.

Passo a mão pelos olhos enquanto suas últimas palavras dançam em minha mente. Preciso tomar cuidado, manter o distanciamento e, acima de tudo, não me deixar envolver por ele. Se eu ceder, de luxúria terei um coração partido. Deus! Nunca conheci um homem como Okan.

Seus encantos e persuasão me desafiam a todo momento. Mas sua cultura, seu machismo e seus julgamentos criam um abismo intransponível entre nós. Mesmo assim, a intensidade de sua presença me faz questionar minha força. Determinada, levanto-me da cama e começo a me preparar. Retiro o colar e os brincos, guardando-os no fundo da mala como se quisesse trancar junto as lembranças dessa noite tumultuada.

Visto minha camisola e me deito, mas o sono parece distante. A imagem de Okan ao piano surge na minha mente. Sua paixão ao tocar aquela melodia era tão autêntica que contrastava com tudo o que ele representa para mim. Este homem é um enigma, uma tempestade que preciso atravessar sem me perder no caminho.

No silêncio do quarto, uma pequena voz interna sussurra: “Vá embora.” A ideia é tentadora, mas logo a rejeito com firmeza. Não vou dar o gostinho de sair com o rabo entre as pernas. Não admito que ele pense que fui fraca ou que fugi de seus caprichos.

Ainda assim, sei que os dias que virão serão desafiadores. Okan é como uma força magnética, e lutar contra essa atração será um teste constante à minha determinação. Fecho os olhos e respiro fundo, tentando acalmar meu coração agitado. Preciso ser mais forte do que nunca.

Um homem que sente tanto a música quanto ele, um dia se unirá a uma mulher sem amor. Tudo pelas tradições, para manter os costumes vivos. Essa certeza pesa em meu peito. Okan pode ser um tornado de emoções, mas também é uma tempestade contida pela obrigação de honrar seus costumes.

Lembro-me da expressão de amor em seu rosto ao falar de seu pai, a devoção que carrega pelo homem que está morrendo. Não há dúvida de que ele fará tudo ao seu alcance para alegrar aquele homem que tanto admira. Esse mesmo Okan que é voraz em seus desejos também é o filho leal que jamais fugirá de suas responsabilidades.

Revivo os últimos acontecimentos, o calor de seu beijo ainda gravado em minha pele, um arrepio que percorre minha espinha e me deixa confusa. Nunca senti algo assim. Ele desperta em mim emoções que parecem contraditórias: desejo e cautela, atração e resistência.

Meu olhar recai sobre a mala ao lado da cama. Há um closet vazio esperando para acomodar minhas roupas, mas não consigo me animar a guardar nada. Tenho a sensação de que, cedo ou tarde, terei que partir antes do tempo esperado. Essa história não terá um final fácil.

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