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Romance Proibido romance Capítulo 27

No dia seguinte, acordo com um calafrio que atravessa minha espinha. A sensação de bem-estar, envolta nas cobertas macias e cheirosas, dissipou-se por completo. O quarto está gelado, e meu corpo, encolhido, parece implorar por calor. Levanto-me devagar, ainda meio sonolenta, e procuro apressadamente por roupas mais quentes na mala. Troco-me rápido, tentando afastar o incômodo frio que parece grudar na pele.

Antes de sair do banheiro, paro em frente ao espelho. Meu reflexo encara-me com determinação. Carrego um pouco mais na sombra dos olhos, como fiz na véspera de Ano Novo. Quero passar a imagem de uma mulher segura e madura, que sabe o que quer — não de uma garotinha que pode ser manipulada ao bel-prazer de alguém.

De volta ao quarto, a porta se abre de repente, como se soubesse que eu estava pronta. Okan entra, com aquele sorriso que oscila entre a arrogância e o charme. Ele tranca a porta com a chave, um gesto calculado para me lembrar de sua autoridade. Ele retira a chave do lugar e a guarda no bolso, um movimento simples, mas carregado de simbolismo.

Seus olhos deslizam pelo meu corpo, avaliando cada detalhe: da calça de veludo preta à blusa branca que insinua o formato dos meus seios. Quando finalmente encontra os meus olhos, o sorriso cínico que curva seus lábios é impossível de decifrar. Ele está depreciando o que vê? Ou gostando? Difícil dizer.

Dando alguns passos para dentro, ele avança, e eu recuo automaticamente, parando apenas quando ele também para. Aproveito o momento para observá-lo.

Deus! Ele está simplesmente deslumbrante com aquela calça marrom, camisa branca e blazer preto. É um quadro de elegância e poder, uma combinação que me provoca uma avalanche de sensações que eu tento, sem sucesso, conter.

— Você tem problemas para lidar com um "não"? — disparo, tentando esconder minha irritação e o nervosismo que sua presença provoca.

Ele apenas sorri, a audácia estampada em cada linha do rosto.

— Bom dia para você também. Pensei que ainda estivesse encolhida entre as cobertas. Está um frio danado lá fora.

Deus me ajude! Logo cedo tenho que lidar com isso? Respiro fundo e opto pelo ataque.

— Conheço o seu tipo — digo, cruzando os braços em uma tentativa de parecer firme.

Okan cruza os dele também, seu sorriso ampliando-se, como se minha bravata o divertisse.

— Ah, é? Que tipo eu sou?

Reviro os olhos, irritada.

— Você acha que é dono do mundo só porque é um homem bonito e rico. Acha que pode ter tudo o que quer. Um homem caprichoso que não aceita um "não".

Para minha surpresa, ele ri. É um riso alto, natural, que carrega um toque de desafio.

— Você está descrevendo outra pessoa. Nasci pobre. Quando ficamos bem financeiramente, eu já tinha mais de vinte anos. Até então, passei por muitas dificuldades. Tudo o que tenho hoje é fruto de muito trabalho — meu e do meu pai.

As palavras dele me desarmam por um instante, mas não o suficiente para perder a postura.

— Ouça, gazela do mato — ele diz, inclinando a cabeça para o lado, o olhar divertido, mas agora com uma pontada de seriedade. — Não entrei aqui para te seduzir.

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