Não quero que arrisque seu lindo pescocinho lá fora. Entendeu?
Tento controlar a raiva que suas palavras provocam. Respiro fundo, dominando melhor minhas emoções, e seguro seu olhar, determinada.
─ Bem, então você entende que eu não estou ficando por escolha própria, não é?
Ele arqueia uma sobrancelha e rebate, carrancudo:
─ Sim, perfeitamente.
Por um instante, não sei o que sinto. Uma parte de mim se sente vitoriosa, como se tudo estivesse conspirando contra ele. Mas outra parte, maior, está à beira do pânico. Ficar mais tempo nesta casa, com ele, parece perigosamente arriscado para minha sanidade.
Estendo a mão, buscando neutralizar a tensão:
─ Uma trégua?
Okan olha para minha mão estendida e, em vez de aceitar o gesto, sorri. Não um sorriso amistoso, mas um predador prestes a capturar sua presa.
─ Trégua?
─ Sim. ─ Minha voz soa mais firme do que eu esperava. ─ Agora que sabe que eu não posso ir embora, não precisa usar esse... esse artifício de me seduzir para me forçar a sair daqui.
Ele passa a mão pelos cabelos, o gesto claramente nervoso, embora seu olhar me mantenha em suspense. Seus olhos escuros deslizam pelo meu rosto, estudando cada detalhe com uma intensidade que faz meu coração acelerar. Então, ele sorri novamente, mas dessa vez é diferente. O sorriso é lascivo, cheio de algo que me faz engolir em seco.
─ Então você acha que estou usando de sedução para te fazer ir embora?
Antes que eu consiga responder, ele pega minha mão e me puxa de repente para os seus braços. Meu corpo reage automaticamente, inclinando-se para trás em um reflexo de susto.
─ E... e... não está? ─ Minha voz sai trêmula, quase um sussurro.
Ele abaixa o olhar, fixando nos meus lábios por um momento que parece se estender para sempre. Quando fala novamente, sua voz é baixa, quase um murmúrio que vibra entre nós:
─ Não. Meu desejo é real. Imediato.
Suas palavras me atingem como um choque elétrico, e meu corpo inteiro parece congelar. Ele levanta os olhos, encarando os meus com uma intensidade que quase me faz esquecer como respirar.
─ Estou te mandando embora porque ficar perto de você me faz perder o controle. E me enfurece suas negativas. ─ Ele faz uma pausa, a voz carregada de algo que não consigo identificar completamente. ─ Você tem tirado o pior de mim. Mas o que eu queria mesmo era te mostrar o meu melhor. Entendeu?
E então, como se para completar o golpe, ele acrescenta com aquele tom provocativo que só ele sabe usar:
─ Suzy.
O nome que dei naquela noite escapa de seus lábios com um peso que me faz estremecer. A maneira como ele o pronuncia me faz lembrar de tudo o que quero desesperadamente esquecer. Seus olhos descem novamente, agora focados nos meus lábios, e meu coração dispara, descontrolado.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Romance Proibido
Não consigo liberar para leitura, mesmo tendo saldo disponível....
Fiz a compra e não desbloqueia para ler , falta de respeito com o leitor!!!...